Louise
— Olha esse ponto que estou fazendo! — Dona Genevieve me mostrou a pequena tira branca de tricô que estava tecendo.
— É muito lindo!
— Vai ser um casaquinho para seu bebê. — Contou e eu sorri encantada.
— Muito obrigada! — Falei e dona Delfine também ergueu suas grandes agulhas no ar.
— E eu estou tecendo sapatinhos! — Ela contou animada. — Vermelho para dar sorte.
— Obrigada, meninas! — Falei tocando na minha barriga. Ainda era estranho imaginar que em alguns meses sairia um serzinho dali de dentro que usaria roupinhas de lã. Aliás, muitas roupinhas de lã já que todas as vovôs do asilo decidiram tricotar presentes para o meu bebê. Eu não via a hora de poder usar os casacos e toucas fofas.
— Será que vai ser menino ou menina? — Rose perguntou ao meu lado e Lola sorriu agitando seu leque colorido no ar.
— Independente do sexo vai trazer uma alegria tão grande para essa casa.
— Tomara, Lola! — Comentei sentando devagar na cama. — Tomara que eu consiga levar a gravidez até o final.
— Mas é claro vai conseguir, querida. Pensamento positivo. Aposto que depois do exame de hoje você vai poder voltar a andar por aí tranquilamente.
— Assim espero. Não aguento mais ficar nessa cama. — Reclamei e Rose sorriu tocando carinhosamente na minha mão.
— Mas é por um bem maior.
— Sim, somente por isso eu continuo firme no repouso. Mas sinceramente, ficar dez dias trancada no meu quarto está sendo uma tortura. Ainda bem que tenho vocês, sempre tão atenciosas e prestativas. Muito obrigada, meninas!
— Não precisa agradecer, agora seremos bisavós. Estamos animadas. — Anna disse sorrindo e Rose a olhou com desdém. Ela morria de ciúmes dela, mas estava se comportando bem.
Sorri ao ver seu esforço e ouvi um bipe do meu celular. Era mais uma mensagem do Nicolas.
"Eu te amo!" — Ele mandou pela milésima vez. Eu não conseguia compreender o nível de loucura que ele estava imerso. Nunca tivemos nada. E mesmo assim ele cismou comigo.
"Amo você e o nosso filho." — Mandou outra e eu suspirei enojada. Loucura era a única coisa que explicava o estado dele. Abandonei meu celular de lado.
Lea chegou e me ajudou a levantar e tomar um banho para ir ao médico. Eu estava sonhando com a alta do repouso. Precisava voltar a trabalhar o quanto antes, afinal teria que juntar o máximo de dinheiro possível para no resguardo poder ter bastante tempo livre para cuidar do meu bebê.
***
— Me aceita de volta? — Perguntei receosa e Jules me analisou em silêncio.
— O médico te liberou mesmo?
— Sim, está tudo bem com meu bebê agora.
— Eu estou de prova. Ele liberou e até orientou Louise a fazer exercícios físicos. — Lea me apoiou.
— Bom, nesse caso então é claro que você pode voltar. — Jules concordou abrindo os braços e eu o abracei forte.
— Muito obrigada!
— Vá logo se aprontar então que a primeira dança será sua para marcar seu retorno triunfal. — Avisou me deixando animada.
Segui com Lea para o camarim e peguei na arara uma fantasia de pirata. Coloquei um lenço vermelho nos cabelos e um top branco com uma saia de couro.
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Quanto Cu$ta O Amor
Любовные романыEm uma era onde absolutamente tudo tem preço, pagar para ter apenas algumas horas com uma pessoa não é nada de outro mundo. E isso é reconfortante para o milionário francês Oliver Bresson, piloto de fórmula 1, que pretende apenas reviver momentos es...