Capítulo 27: "Recepção" nada agradável

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Encontrei com Kasten pela manhã, fizemos o nosso exercício de Kundalini Yoga e após, terminamos a minha tatuagem com a Kastenna - animada como sempre - voltei pro meu quarto, e como a mesma relatou estar cansada demais para interagir e comer alguma coisa, a deixei descansando. Tomei um banho demorado, e como o estômago roncava de fome por ter acordado cedo, abrir a porta na esperança de encontrar na cozinha o café delicioso que Eva fazia todos os dias! Porém, tudo que encontrei, foi uma mulher confusa e olhando pra uma porta fechada. Claro, nem me impressiono por ela estar ali, perdida como cega em tiroteio. Problemas no paraíso?

- Eva, algum problema?

O pulinho de susto a trouxe a realidade. Obviamente tinha algo ali, mas claro que mulher nunca fala seus problemas com um homem.

- Problemas?! Aaaaa ... - Ela falou desconcertada por ter sido pega no flagra, e claro desviou do assunto jogando as perguntas de volta para mim, porque elas gostam de enrolar a gente? Lembrei então, de mais um motivo por estar apaixonado por Akya: Ela era direta e sincera comigo, isso tornava uma relação ainda mais saudável para ambos - Pelo visto as coisas vão indo bem agora né?!

Respondi com um sorriso confirmando sua pergunta. Citei o café, e ela se animou para fazer panquecas! Claro, que no processo aceitei o convite de ajudá-la e assim conversamos ainda mais sobre Akya.

- E como vão as coisas?

Preparando a massa, relatei um pouco da noite da festa e de como nos divertimos juntos, e que, gostava bastante dela! Mas como um bom conhecedor, eu sabia que aquela ruiva estava planejando algo maquiavélico se caso eu pensasse em magoar a amiga dela.

- Eu te CASTRO! - Concluiu com o seu sorriso maligno, balançando uma faca na minha direção. Como defesa, só pude rir e explicar que com aquela mulher tudo seria diferente. Vi alívio em seus olhos, e ela relatou do episódio do espelho. Eu odiava pensar nisso, é tanto que me concentrei na massa, enquanto Eva falava de cortes e sangue ... Isso me deixou totalmente aborrecido e pensativo. "Não tinha nada nos pulsos da Akya, quando conversamos". Ela insistiu mais um pouco, tentando me fazer enxergar algo que não existia. Eu poderia estar bêbado, mas não cego! E deixei que ela mesma conferisse suas dúvidas. Nisso, o motivo da conversa chega na cozinha, visivelmente aborrecida. Tratei de beber o café, e entrei no mundo onde somente meus pensamentos se manifestavam. Eu não parava de pensar no rompimento do perímetro. De como havia acontecido a fuga, e dessa coisa maluca que nos cercava. Seria possível sair sem se machucar? Ou para isso teria um preço? Só voltei a realidade quando as duas perguntaram por Sam.

- Sam não estar mais no Reality! - Soltei, deixando as duas indignadas com a informação - Chris havia confirmado a Kasten e a mim, que ela tinha ido para não fazerem mal a ela!

As memórias de estar ali voltaram, eu não havia feito inscrição alguma! O Reality apareceu de surpresa e foi o que me tirou das grades da cadeia. Um trato! Me manterem no programa - por uma razão desconhecida - até o julgamento, que seria assim que eu pisasse fora daquele quadrado estranho. E se eu não aceitasse, coisas aconteceriam! Questionado sobre isso, tratei de desconversar e pela primeira vez, agradeci por ouvir a voz do Perito soar pelos altos falantes da casa.

- Gente nova no Perímetro - Informou ele - Chamada inicia-se em 2 minutos!

Realmente aquilo era ridículo, mal tinham esquentado a "cova" de uma, e já estavam colocando outros no lugar. E logo dois deles.

- Alô, alô! Confinadas e confinados!! Cadê?! - Começou Jaqueline.

- Alguém vai lá rapidinho? Temos participantes no jardim com malas pesadas!

Watch-Pad: O Reality Show de Papel [ Will ]Onde histórias criam vida. Descubra agora