Numa manhã em pleno dia de aula, Sabishi Okami, uma garota tímida e insegura, se sente infeliz pelo fato de ter uma vida sem emoções e por não ter amigos, apesar de seu senpai, o deslumbrante Akira Akabane, falar com ela de vez em quando, gerando os...
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Narrador
No seu quarto, Okami se encontrava, dormindo e pensando a respeito dos últimos acontecimentos. Embora sua evolução como heroína tinha sido resultado de sua vontade de viver ao devorar um oni, ela ainda teme pelas palavras que foram ditas por Arwen, a maga cientista.
— Consequências é? — perguntou para si mesma, enquanto fechava os olhos.
Na manhã seguinte, ela acorda e mais uma vez vai até onde seus amigos estão. Observando, ela encontra Akira e Maneru conversando e decide passar ali para dar um oi.
— Eae Okami. Parece que teve uma ótima noite depois de voltar para cá. — disse Maneru esbanjando um sorriso amigável.
— Oi Okami-san, eu... estou muito feliz, muito feliz mesmo que você está viva mas...
Okami fica em silêncio, porém responde:
— É minha aparência não é? Eu sei que eu mudei desde a Dungeon, mas não precisa se preocupar tanto comigo. — diz, e ao mesmo tempo coloca os braços atrás do pescoço de Akira e olha em seus olhos, o beijando.
Maneru apenas observa e solta um assobio.
— Eu estou perfeitamente bem. — morde os lábios do mesmo, deixando excitado.
— Querem fazer isso em outro lugar? Pode ser? — diz Maneru, se sentindo desconfortável.
— Espera Akira. Antes eu vou bater um papo com aquela cientista maluca. — se dirige apressadamente até onde Arwen estava.
Nos corredores do castelo, a garota de cabelos brancos e olhos azuis andava, até encontrar sua sala, em seguida ela bate três vezes na porta.
— Sou eu, a Okami.
— Pode entrar, senhorita Sabishi Okami.
A garota se encosta na parede e fica de braços cruzados, olhando para a mesma com frieza.
— Vou ser direta. Na nossa última conversa, você disse que haviam consequências ao ingerir sangue de Oni. Que tipo de consequências são essas? — perguntou seriamente.
— Ah, pelo visto vou ter que te explicar tudo. — ajeitou os óculos — O sangue de Oni possui propriedades mágicas dentro de si. Essas propriedades na verdade são um conjunto de seres simbióticos chamados Oniuns, que se instalam na corrente sanguínea após a digestão.
A garota presta bastante atenção.
— Continuando, ao entrar eles liberam uma substância no corpo, altamente tóxica e que pode causar a morte do indivíduo, mas se caso ele sobreviver, ele tem suas habilidades físicas e mágicas ampliadas a um nível superior a de suas raças.
— Continua. Agora fiquei curiosa.
— Enfim, os Oniuns ainda presentes no corpo se instalam em um sistema do corpo humano, e por fim, alteram as funções desse sistema. No meu caso, meu sistema nervoso foi afetado, então eu sofro *boceja* de insônia. E... se eu fosse você, também tentaria descobrir qual a sua consequência, pois não vai demorar até que apareça.
— Tsk! Que seja! — Okami sai da sala de Arwen.
Mesmo não tendo acreditado muito nas palavras da cientista, a jovem ficou com receio de que algo ruim poderia acontecer.
— De qualquer forma, eu tenho que- *Ronco do estômago*. Mas antes, tenho que almoçar.
No salão de jantar real, vários heróis/aventureiros estavam ali, incluindo Hayato que não parava de observar a donzela de cabelos brancos. Era como se uma deusa estivesse diante dele e ele não conseguisse chegar perto, pois não passava de relés mortal.
Então se vêem a tona um pouco sobre o passado de Hayato.
Antes de conhecer a garota, Hayato era um delinquente que andava sempre junto de sua melhor amiga Rias. Eles eram dois estudantes populares e o que mais os deixavam irritados era ver alguém que não tinha nenhuma beleza ou popularidade se dar bem com pessoas populares.
Akira os achava uns babacas por conta disso, mas não queria se meter em problemas então deixava quieto, isso até o alvo deles ser Sabishi Okami. Depois, ele vêem nutrindo uma obsessão por ela, querendo tê-la somente para si.
Boates de que ele tinha algum fetiche bizarro ainda não foram confirmados, isso até Rias descobrir, que ele tinha um moe por garotas tímidas e frágeis. Em outras palavras, ele também sente prazer ao machucar alguém, em outras palavras, ele é o que chamam de sadomasoquista.
Porém, sua visão a respeito da garota mudou completamente depois de seu retorno triunfal. Ele a vê uma estrela que estivesse no céu e ele não conseguisse pegar. Hayato agora não queria mais dominar, mas sim ser dominado por ela. É um cara indeciso, nunca sabe o que quer, por isso ninguém além da ruiva o entende.
Mas saindo um pouco do ponto de vista do garoto, Okami se senta ao lado de uma pessoa um tanto conhecida, sua professora Sukuwaia Sumire.
— Buáaaa!!! Que bom que voltou Okami! Sensei sentiu tanto a sua falta! — chora de alívio, abraçando-a.
— Tá bom sensei, pode me soltar agora. — Sumire desfaz o abraço, mas continua sorrindo.
— Falando nisso sensei, você decidiu se tornar uma heroína também? — perguntou curiosa.
— Eu sou uma Defensora. É uma classe em que você pode usar mais a defensiva do que a ofensiva, não é demais? — diz empolgada.
— Em que nível você tá? — perguntou parecendo preocupada.
— Nível 15. — respondeu com clareza.
A garota apenas fez dar um suspiro. Mais uma vez, ela sente a sua barriga roncar, o que era estranho já que ela havia acabado de comer.
— Posso falar com você a sós? — perguntou séria.
— Claro! — Sumire sensei segue a aluna.
Elas então foram para o quarto de Okami, sendo que a mesma não estava se sentindo muito bem. Logo, Sumire fica preocupada e tenta socorre-la.
— Calma Okami, está tudo b- Kya!! — solta um pequeno grito, pois a garota de cabelos brancos se encontrava em cima dela, com baba escorrendo da sua boca e olhos pareciam de animais.
Porém, Okami acaba percebendo que havia algo de errado com ela, e deixa sua sensei ir embora. Trêmula, ela se senta na cama enquanto olha para a palma de suas mãos.
