Entro porta a dentro sem pedir licença nem nada, estava tão concentrada em tudo isto que me esqueci por completo de bater há porta.
Eu: Peço desculpa não queria entrar assim.
Psicologo: Não faz mal.-ele sorri- a Dona.Mi não me avisou que vinhas.
Eu: Desta vez fui eu que quis vir por escolha propria.- expliquei
Psicologo: Mas aconteceu alguma coisa?
Eu: Bem...mais ou menos...- suspiro- decidi seguir o seu concelho de falar de tudo o que aconteceu com alguém.
Psicologo: E como correu? sentes-te melhor?
Eu: Não aliás...ainda me sinto pior. Mas a culpa não é sua de maneira nenhuma, eu é que escolhi a pessoa errada para falar sobre o assunto.- suspiro mais uma vez e engulo em seco.
Tenho de me acalmar ou vou chorar e eu não quero isso, não aqui.
Eu: Conheçi um rapaz há pouco tempo, e pensei pelo seu passado, que ele era o unico que não me ia julgar pelo que me...aconteceu. Mas, ele fez-me coisas e eu fiz-lhe coisas e agora estamos zangados e sinto receio de tudo...que ele conte a alguém o que aconteceu, que brinque ainda mais comigo, que me deixe...não o vou perdoar de maneira nenhuma, mas por outro lado não o quero perder. É muito dificil de explicar...pode não estar a fazer sentido, nem a mim faz, mas é isto que sinto amor e odio, é normal?- pergunto como se não soubesse a resposta.
Psicologo: Totalmente normal- ele explica e eu fico confusa- tu amaras-o e de repente ele deixa-te, é normal sentires-te confusa com os teus sentimentos. Porque tu já o amavas antes de o odiares e agora que o odeias os teus sentimentos misturam-se. E não achas que odiar é uma palavra muito forte? voces são jovens é normal terem as vossas zangas.- ele sorri
Eu: Eu confiei-lhe o meu segredo, ele disse-me que me ia ajudar, confiei nele, entreguei-me a ele. E no final ele traiu-me com outra, atira-me há cara que nunca gostou de mim e que isto tudo não passou de uma brincadeira, chamou-me cadela, riu-se da minha cara e ainda não me disse mais nada. ACHA MESMO QUE ISTO É SÓ UMA BIRRA DE ADOLESCENTE?- grito e meto as mãos nos olhos, sentindo os a ficarem molhados com as minhas lágrimas.
Nem quero saber o que lhe acabei de dizer, nem quero saber das minhas figuras. Talvez mais tarde me arrependa, mas ia-me arrepender mais se continua-se a guardar isto para mim. Nem quero saber a cara com que ele olha para mim, nem quero saber da sua pena, só quero morrer.
Eu sinto-me tão sozinha.
Quando era criança só pensava, que o meu unico problema no futuro ia ser qual o verniz que condiz mais com o vestido que ia levar para sair com as minhas amigas e namorado, e agora? Agora estou-me a preocupar se consigo ou não manter-me viva. A vida dá muitas voltas e isso da felicidade? morreu quando vi a minha mãe a ser queimada mesmo há minha frente.
Nunca se pode dizer que a vida é uma merda quando há pessoas em situações bem piores. Há pessoas que não tem pais, não tem familia, passam fome e sede, vivem todos os dias a pensar numa vida sossegada porque infelizmente no país delas está a haver uma guerra qual quer, pessoas que lutam por uma vida porque por causa de uma doença, estão a perder a sua a cada segundo. Isso sim são casos de pessoas que podem dizer que a vida é uma merda, mas secalhar não o dizem porque nem tempo para pensar nisso tem.
O senhor há minha frente da-me a mão e eu levanto a cabeça.
Psicologo: Eu sei que neste momento te sentes sozinha, mas lembra-te que terás sempre a tua avó e a tua mãe perto de ti.
Eu: Que quer dizer? a minha mãe morreu.-irrito-me
Psicologo: Mas ela estará sempre a olhar por ti Alice! Diz-me, quando foi a ultima vez que foste ver a campa dela?
Eu: Não vou lá há anos...
Psicologo: E porque?
Eu: Porque me sinto culpada...porque não tenho coragem.- confesso
Psicologo: Devias ir lá falar com ela, é tua mãe, nela poderas confiar melhor do que ninguém. E quanto a esse rapaz. ele não merece o teu tempo, és melhor que isso. Se acreditas que isso vai a algum lado luta por ele, se não...desiste. Ás vezes é preciso desistir de certas coisas e certas pessoas para sermos felizes e vermos o que é melhor para nós. E ve por este lado há males que vem por bem. Se estiverem destinados ele volta, se não vem outra pessoa ocupar o lugar dele.- ele sorri e eu também.
Eu: Obrigado, a serio obrigado- dou-lhe um abraço e este retribui- Obrigado pelo conselho.
Psicologo: Acho mesmo que devias ir e da-lhe um beijo por mim- ele pisca o olho e eu riu, levanto-me mas antes de sair.
Eu: Vou passar a vir aqui mais vezes, voce ajudou-me muito.
Psicologo: De nada é o meu trabalho. E adorava ter-te aqui mais vezes, adoro conversar contigo.
Eu: Nunca me disse o seu nome.
Psicologo: H-ham...é-é R-Robert- ele engasga-se
Eu: Que engraçado...era o nome do meu pai.- digo com um ultimo sorriso e saiu.
Mais uma vez reflito sobre as suas palavras, ele realmente fez-me sentir melhor. Mas agora por quanto tempo? Queria falar também com Harry, mas do que me serve, ele vai continuar o mesmo idiota de sempre. E como o Robert disse... o destino sempre volta.
Fim do capitulo 45
Este capitulo foi um pouco serio xd. Só vou ter testes para o mes que vem o k quer dizer k....vou poder publicar caps mais frequentemente :)
Estive a ver telemoveis com o meu pai e ele vai-me dar um novo no natal, yupiii (já não era sem tempo, o meu telemovel é tão mau que é considerado um nokia!!!).
AGORA OTIMAS NOTICIAS!!! Tive 9,5 no teste de frances (aquilo era até 10). A minha nota foi igual há da rapariga mais inteligente da turma e sinceramente....eu nem faço a minima ideia do que fiz xD.
_Little_popcorn_
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Life is the problem || Harry styles
Ficção AdolescenteA minha vida não passa de um jogo,em que mentir é a ideia principal e a verdade é proibida. E se para te protegeres acabarias por matar a pessoa mais importante na tua vida? E tudo por um estúpido jogo,um jogo psicopata que aquele mostro me obri...