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Cinzento. Tudo tão cinzento. Era tudo tão cinzento. Tudo tão borrado.

"J..."

A minha voz, ela estava saindo? No meio do borrão?

"Ji... min-ah..."

"Jungkook? Jungkook, está acordado?"

O ardor vinha da ponta do cílios até a minha pálpebra e cobria-a toda de forma tão dolorosa. O cinzento não era melhor do que o olhar fechado por tantas horas.

Na ponta dos dedos gelados tinha tecido e nos ouvidos o meu nome vezes sem conta.

"Jungkook... Jungkook? Jungkook..."

Mas a voz era de quem? Devia abrir os olhos?

"Acho que ele estava sonhando... Com Jimin..."

Jimin?

Jimin estava no borrão?

O meu corpo foi para cima, por mim. Não era mais cinzento. Era um borrão de claridade, o garrido do casaco de alguém ofuscando o olhar e tudo tão claro.

O frio foi contra o meu peito nu, fazendo-me tossir uma vez, abrindo os olhos mais uma vez. Zonzo. Um borrão. O meu corpo foi trás, quase caiu, mas o quente contra a minha omoplata não deixou.

"Jungkook!"

Um grito esganiçado. Tae... Taehyung?

"Jimi... Onde..." Tentei eu dizer, sem ar nos pulmões, sem força nos lábios, o olhar dele preso em mim naquele segundo instantâneo.

Com as pálpebras baixas, incomodadas pela luz, eu olhei Taehyung, que me segurava a coluna, implorando como podia, fosse a respiração pesada ou o coração caído.

"Ele está no quarto do lado." Lamentou ele, subindo o olhar para além de mim e prendendo o lábio entre os dentes, receoso. "Ele está..."

O movimento repentino calou-o, o assustando tanto quanto outra coisa qualquer que ele tenha medo, e eu vi o borrão vermelho do casaco de Yugyeom e a minha mãe calada quando deixei os pés tocarem o chão.

"Jungkook, você não po-" Tentou ela, dando um passo em frente para me parar, quando Yugyeom a parou, mantendo a mão na frente dela, percebendo a minha determinação.

Algo em mim me parou, quando olhei o meu braço e o vi ali, o que me ligava a um pacote de soro, o que me ligava a tudo. A minha mão tocou-o, reconsiderando, quando o puxei e fiquei de pé, cambaleando.

"Jungkook, por favor!"

Pela primeira vez eu fingi não ver a minha mãe, caminhando daquele modo tonto para fora, olhando para os lados no corredor e depois novamente para o quarto.

Taehyung tinha as mãos nos bolsos, negando e sem me olhar, e Yugyeom apontou com o queixo para a esquerda, me fazendo apoiar na parede e seguir essa direção.

A porta do quarto a seguir estava aberta, só tinha uma secretária e duas camas. Muitas estantes. Uma enfermaria.

Ele estava sozinho, sentado na cama e de costas para mim, de frente para a janela. Ali não era cinzento nem borrão. Ali era Jimin.

"Ji..." Eu quase disse, tropeçando para a frente e me segurando na porta.

Ele suspirou, olhando os pés e esfregando os olhos, sem me saber ali, vestindo o casaco dele, ali pousado, e resmungando quando moveu os ombros para trás.

"Jimin." Eu disse de uma vez, curvado sobre mim mesmo, dores no abdômen, e ele virou-se de repente, os cabelos colados na testa e triste.

"Jun." Por um segundo ele sorriu de canto, antes de me ver realmente e entender, apressando-se até mim e segurando-me as mãos, mesmo a que protegia as costelas.

Ele me puxou levemente, me levando para a cama dali, sentando-me nela e ficando de pé em frente a mim. As mãos voaram até as minhas bochechas, erguendo-me o rosto, tão perdido e com tanta atenção.

"Você está bem?"

Eu? Ele é que tinha um curativo na testa, logo ali acima do olho dele.

O polegar dele tocou-me o lábio inferior, e doeu, mas eu não disse nada.

"Você... Você esta sangrando!" Ele percebeu então.

Mas não era do lábio. Era da mão, logo ali, de onde tinha arrancado o cateter.

Eu olhei, um borrão vermelho. Mais um. E depois um castanho, dele, logo ali, o olhar tão perto.

"Me perdoe, eu não..."

A minha voz saía rouca, a minha mão ali entre nós, na dele.

"Ei, Jungkook..." Yugyeom disse da porta, apanhando a atenção de nós dois e depois entrando. "Voce e Jimin podem conversar depois..." Ele não queria dizer aquilo, eu sabia, via-se, mas ele disse. "Você precisa... Ver um médico agora."

"Está tudo bem." Jimin disse-me, a mão afegando os meus cabelos por um segundo. "Te vejo já, ok? Eu espero."

Eu acenei, ficando de pé e aceitando o apoio de Yugyeom, de todo o encosto dele para voltar a um borrão cinzento.

No entanto, ao entrar ali, de novo, nada era mais um borrão. Tudo passou tão rápido. Tudo foi tão descido, tudo desceu, tudo foi... uma cor só. E não era cinzento.

"Jungkook!"

"Jungguk!"

"Jungkook!"

E embati.

《》《》《》《》

]n/a[

Em minha defesa, esse cap é minúsculo porque há uma grande diferença deste para o próximo e por isso...

SEGUINDO, EU VI O MELHOR DORAMA DA HISTÓRIA E VCS PRECISAM DE ASSISTIR, SE CHAMA THE K2 E TEM NO NETFLIX OK

AQUI, FOTOS DO MEU AMOR

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Vol, tas. ]JIKOOK/KOOKMIN[Onde histórias criam vida. Descubra agora