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Eduardo

Desço do carro em seguida do Gustavo com a Vitória no colo.

Abro o portão e já vou andando pelo quintal em procura da coroa.

Duzinho:Mãe!

Márcia:Para de gritar infeliz!- aparece com a camisa molhada com pregadores pendurados na mesma que estar virada pra cima .

Duzinho:Também te amo- me faço de ofendido.

Márcia:Cadê minha neta?

Vivi:Vovó- sai do coloco do Gustavo pro da minha avó.

Márcia:Que menina linda. Senti sua falta- beija ela.

Duzinho:Viu ontem po. Conversa fiada.

Márcia:Cala boca menino- me bate com uma camisa molhada.

Duzinho:Porra mãe, me molhando.

Márcia:Merece mais seu filho da puta.

Duzinho:Se xingando, dona Márcia.

Márcia:Não me faça perder a paciência. Tu tem 28, mas vou continuar te batendo.

Duzinho:Disse que enquanto eu morasse debaixo do seu teto, iria me bater. Já sai e continua me agredindo.

Márcia:Eu sou sua mãe, te bato até quando eu quiser. Até mesmo morta puxo o teu pé se fizer merda.

Duzinho:Nem debaixo da terra tu fica quieta. Vai fazer os esqueletos levantar pra dançar um pagode contigo.

Márcia:Deus que me perdoa, vou mesmo.

Opala:O tio Lu que te perdoe, né. Tu vai pra lá mesmo.

Márcia:Sou tua tia mas te arrebento hein garoto. Vai trabalhar seus moleques piranhas.

Duzinho:Minha filha ai mãe.

Márcia:Caralho. Desculpa a vovó- tapa os ouvidinhos da Vi que rir.

Duzinho:Bença- beijo minha coroa- Pai volta amanhã- beijo a bochecha da minha princesa.

Saio junto com o Gustavo voltando pra Coreia.

Fico com um aperto em deixar minha garota.Odeio ficar longe dela, dormir sem ela então.Sem seu pequeno corpinho deitada em meu peito fazendo carinho na minha barba.Vitória é muito carinhosa, e dorme muito agarrada comigo.

Fico o dia inteiro na ativa bem ligado na movimentação.Corro atrás do meu cuidando de cada detalhe.

Assim que anoitece, ficamos mais na ativa ainda.

-Subindo por trás- avisam no radinho.

Primeira vez que os caras se ligam que os ratos estão entrando por trás. Nunca se ligam nesse detalhe.

Só esperamos ver um deles e atacamos com tudo.Só foi rajadão atrás de rajadão.

Tinhamos avisado mais cedo pra ninguém sair de casa e nem vazar. Duvido que não tenha vazado, essas porra só sabe fazer fofoca.

Matamos uma grande quantidade e uns fugiram.Tinha um que tinha ficado ferido assim como tinham deixado dos nossos.Nenhum dos nossos morreu dessa vez.

Deixamos o cana por ali mesmo.Só demos uns tiros no peito e pé, nada certeiro. Só pra fazer ele sofrer e morrer naquele esforço todo.

Voltei pra casa, tomei um banho e deitei sem minha princesa ali comigo.

[...]

Meu Recomeço [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora