Meu Pequeno Grande Segredo

O Passado Bate a Porta

Com uma satisfação de dever cumprido, e com uma alegria não sentida há muito tempo, Bulma dava por findo, mais um dia de labor. Um dia que começou de uma forma desastrosa, e que tinha tudo para terminar de forma pesarosa, acabou findando de uma forma inacreditável.

Bulma sorria plenamente, contagiando todos que cruzavam seu caminho. Antes de sair bateu na porta da sala de Vegeta para avisá-lo, que já estava indo embora.

— O que você quer? Inquiriu Vegeta enquanto digitava algo em seu notebook, dando indícios que ficaria ali ainda por muito tempo. O que para ele tinha se tornado um refugio, só de imaginar ir para casa e encarar os questionamentos de sua noiva, os quais ele não sabia responder, ou simplesmente não queria admitir, preferia ficar trabalhando até mais tarde.

— Eu só vim avisá-lo que eu já estou indo, até amanhã! Ela disse sorrindo.

Com olhos ágeis e perceptivos, Vegeta notou a leveza da azulada e o brilho intenso que ela resplandecia, naquele final de expediente. O aprazimento ao vê-la tão descontraída, foi tão grande, que inesperadamente e surpreendendo a mesma, que esperava que ele a ignorasse, ou simplesmente não respondesse seu cumprimento, ou respondesse com um simples aceno.

Vegeta respondeu com um sorriso de canto — Tenha uma boa noite Bulma!

Ela sorriu de volta, surpresa e um pouco corada, fechando a porta. Deixando-o imerso em seus pensamentos.

Bulma ainda viajava dentro de si, tentando entender seu contraditório e surpreendente chefe, enquanto caminhava a passos lentos em direção a sua casa. Ela seguia distraidamente, sem se dar conta da figura masculina que se aproximava dela, chamando-a de forma incessante. Sendo despertada de seus devaneios por uma voz velha conhecida de seus ouvidos. Ela se virou para olhar quem a chamava, sendo surpreendida, a ponto de tremer dos pés a cabeça, quase perdendo o equilíbrio tamanho o impacto da surpresa ao reconhecer quem a chamava.

"Mamãe você tá ai? O que é isso? O que está acontecendo lá fora eu tô ouvindo coisas!"

Agitada fitou o homem, e quando em fim sua boca conseguiu emitir algum som ela balbuciou: — Raditz!?

— Desculpe se eu te assustei Bulma! Ele justificou-se rapidamente, demonstrando o quanto estava feliz em vê-la. — Depois de tanto tempo você não mudou nada, continua linda como sempre!

Seu ex- namorado e amigo, prontamente a abraçou de uma forma tão calorosa chegando ao ponto de tirá-la do chão. O brilho de seus olhos transmitia a alegria em revê-la depois de tanto tempo.

— Pode me contar agora o que tanto você refletia? Ele perguntou enquanto um sorriso terno se instalava em seus lábios.

— Não se pode arrancar tal confissão, de forma tão fácil da mente de uma mulher, Ratidz! Ela respondeu com elegância fazendo-se confiante a si mesma.

— Um tanto burocrática você em Bulma, como nos velhos tempos. Bem, deixe-me convidá-la para um jantar, para refletimos então. Disse ele com um sorriso nos lábios. A azulada conhecia aquele sorriso. Ele o usara com frequência quando eles saíam juntos, e ele a envolvia com os braços. — Que tal, um reencontro despretensioso, para uma rápida conversa diplomática?! Entre velhos amigos?

— Tudo bem pelos velhos tempos! Ela respondeu aceitando de forma terna e gentil o braço oferecido pelo amigo que a admirava sem pestanejar.

Como um cavalheiro, ele a conduzia de braços dados. Os dois seguiram o caminho até o restaurante, conversando sobre coisas triviais família, planos para o futuro entre outras coisas. Até que adentraram ao Ínsula Papaya que um bistrô elegante e calmo muito famoso em Orange City. Chegando ao bistrô foram recebidos pelo maître de restaurante, que de forma muito educada conduzi-os, para uma mesa mais reservada no local.