Meu Pequeno Grande Segredo

Alguns Dilemas

Bulma tinha adorado os últimos dois dias que passara ao lado de Bojack Monroe, um executivo escocês que fora designado para coordenar a elaboração do briefing da campanha para as Indústrias Potara.

— Vegeta quer que você tome conhecimento dos vários aspectos que envolvem a campanha Bulma. — Explicou o escocês.

— Eu darei o melhor de mim. — Bulma prometera com sinceridade. Estava muito empolgada por estar tendo aquela chance proporcionada por Vegeta.

— Compreendo. — Bojack lançou um olhar inquiridor a Bulma.

Bulma franziu a testa e olhou para ele.

— Por quê? — perguntou um pouco ríspida.

O escocês demonstrara desconforto ao responder:

— Porque eu imaginava que Vegeta só havia colocado-a para participar dessa campanha por vocês serem ... Amigos. — Bulma podia concluir facilmente que ele pensara na palavra amante. Um calor incômodo lhe subira às faces quando se lembrara dos colegas que vivia apostando quem seria a nova vítima de Brolly. Será que eles também não estariam pensando a mesma coisa dela com relação a Vegeta? Tinha certeza de que suas faces deveriam estar ruborizadas, ainda assim, empinou o nariz e fitou o homem diretamente nos olhos.

— Por qual motivo você imaginaria isso?

Acontecera uma pausa antes de Bojack exibir um sorriso e se desculpar:

— Desculpe-me o engano foi meu. — Como você já deve saber... — Ele se interrompeu para corrigir. — Ou talvez não saiba, Vegeta tem muito interesse em expandir seus negócios na Europa e se tudo der certo com as Indústrias Potara aceleraria o processo.

Bulma apenas esperava que ele não compartilhasse o seu suposto engano com outras pessoas.

A azulada não encontrara maiores problemas durante os dias que trabalhara com Bojack quando, infelizmente, fora informada que ele estava de licença por conta de uma forte gripe. Para substituí-lo na tarefa indicou Lunch, uma loira elegante de trinta e poucos anos de idade.

Nos dias anteriores, o trabalho tinha superado as expectativas de ambos e Bulma estava ansiosa pelo que eles ainda tinham para discutir a respeito da campanha. Agora, sua esperança de progresso parecia prejudicada. Já que Lunch exercia seu papel com óbvia relutância e a maior parte do tempo simplesmente a ignorava. Perder aquele tempo valioso era realmente frustrante. Mas o que Bulma poderia fazer? Apenas rezar para que Bojack retomasse em breve, caso contrário, ela teria grandes problemas.

Naquela manhã, Lunch decidira que não queria que Bulma a acompanhasse. E para mantê-la ocupada, a outra colocara sobre sua mesa uma pilha de documentos para que ela os analisasse um a um.

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Já passava das quatro horas da tarde quando Bulma sentiu um desconforto no estômago e se deu conta de que havia se esquecido do horário de almoço. A contrariedade que sentia somada à falta de alimentação acabou lhe ocasionando uma forte dor de cabeça. Ela apanhou um remédio para dor de dentro da bolsa e saiu para o corredor na direção do bebedouro a fim de conseguir um pouco de água para tomar o analgésico.

Enquanto ela se servia de um copo descartável, Bulma notou o homem que se aproximava com um sorriso largo nos lábios. Reconheceu que se tratava de Yamcha.

— Isso é o que eu chamo de destino! — Yamcha falou depois que Bulma lhe explicou sua razão por estar ali. Contudo, ela não concordava que se tratasse de destino.