Aprisionados

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Vegeta esfregou a parte de trás do pescoço pela terceira vez naquela tarde, não estava conseguindo se concentrar em nada, sentado em sua cadeira ele repassava diversos acontecimentos em sua cabeça, tudo o que sua noiva havia lhe dito. Entre outras coisas. E se ela estivesse certa? Não sabia ao certo o porquê estava se questionando sobre isso, mas tudo decidiu vim à tona de uma única vez.

Quando seu celular vibrou Vegeta deixou cair à cabeça no encosto da cadeira uma vez mais. Com um suspiro, ele o tirou o paletó. Clicando na nova mensagem, franziu a testa enquanto lia mais uma mensagem de sua noiva.

A primeira mensagem que recebera havia sido a sete horas atrás, quando ele respondeu que estaria em reuniões o dia todo. O que significava provavelmente mais tempo do que o dia normal de trabalho para uma pessoa comum.

Ele não tinha percebido até aquele momento. O relacionamento deles era tão estranho cheio de segredos, as conversas eram amigáveis ​​e muitas vezes se perdiam, mas não para os detalhes romanescos de um relacionamento. Então ele não diria que sentia falta dela, ou queria vê-la.

O relacionamento deles não dava margem para dizer isso. Mantinham um relacionamento a portas fechadas. E a portas fechadas, pouco poderia acontecer além do sexo. Em determinado momento, recordou-se do dia em que passou agradáveis horas na companhia de sua assistente, nunca estender o horário de trabalho lhe pareceu tão aprazível, porém não a obrigaria ficar até mais tarde hoje, afinal de contas ela tinha vida pessoal. Mas, de vez em quando, horas extras não faria mal, compensaria ela depois. Ajuizava Vegeta com um sorriso de canto.

Quando o expediente chegou ao fim, Vegeta não tinha tido muito progresso, já que sua cabeça estava em outras coisas, mas ele colocaria tudo em ordem no dia seguinte, tudo o que ele queria era chegar em sua casa ... seu mundo particular.

Desligou seu computador pessoal, trancou suas gavetas, recolheu seus pertences pessoais, fechando a porta da sala logo em seguida. Assim que saiu da sala deparou-se com sua assistente que terminava de arrumar suas coisas prestes a sair também.

— Você já está saindo? — O chefe perguntou se aproximando da mesa de Bulma.

— Sim, já terminei aqui... por que o senh... quer dizer você precisa de mim para algo? — Ela indagou franzindo o cenho já imaginando ter que ficar até mais tarde.

— Não, eu só perguntei por que eu posso te dar uma carona até em casa se você quiser!

— Ah..., não precisa, como eu já lhe disse eu moro perto daqui. — Ela recusou dando um pequeno sorriso.

— Hum... tudo bem então! — Ele resmungou tentando forçar um sorriso, indo em direção ao elevador.

Bulma terminava de fechar sua bolsa seguindo em direção ao elevador, no entanto, ao se dar conta, que tinha deixado uma gaveta aberta retornou para fechá-la. Já Vegeta aguardava o elevador inquieto.

Assim que o elevador chegou, Bulma ainda estava se aproximando, como estava com muita pressa gritou — Segure o elevador, por favor!

O braço do chefe impediu as portas corrediças de se fecharem, a mulher de cabelos azuis correu até a cabine de metal, fazendo uma pausa para dar ao proprietário do braço um sorriso agradecido. Suas bochechas coraram imediatamente quando seus olhos encontraram os do homem de pé ao seu lado.

Prontamente ela se moveu para o outro lado do box. Bulma podia observar que o botão para o andar térreo já estava aceso, então ela disse calmamente: — Obrigada — mantendo os olhos nas portas que se fechavam.

Bulma contemplava os números descerem de forma constante em direção ao andar térreo. A garota mordia levemente o lábio inferior, fazendo o seu melhor para resistir à tentação de observar o homem ao seu lado com o canto do olho. Vegeta não conteve um sorriso ao perceber isso.

Meu Pequeno Grande SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora