Assim que adentrou na sala Bulma foi recepcionada por um médico de prenome Zamasu, durante alguns minutos o mesmo explicou como o procedimento seria realizado.
A cada frase que o suposto médico dizia Bulma sentia seu corpo se arrepiar. Ele relatava cada processo como se seu maior prazer fosse acabar com vidas em formação.
Horas antes, Bulma tinha certeza de que o filho que crescia em seu ventre era um erro que ela precisava consertar. Outrora se sentia razoavelmente segura de que poderia lidar com tudo isso, no entanto, agora, já estava confusa de novo. Uma coisa era saber o que o aborto significava que tal coisa existia, outra bem diferente era passar por ela.
Mesmo determinada a não se deixar envolver por aquele pensamento, Bulma se viu carregando um lindo bebê nos braços, com seus grandes olhos azuis.
Sabia que os sentimentos eram irritantemente emocionais, mas a ligação com o bebê já se estabelecera. Uma terrível necessidade de cuidar a impelia. Já tomara a decisão, assustadora, de proteger aquela criança mais do que ela mesma fora protegida.
De repente, aquela certeza que Bulma estava sustentando, os motivos que a levaram até ali, simplesmente se esvaíram. Suas mãos suavam, seu corpo inteiro tremia.
Não podia simplesmente ignorar aquele sentimento que pouco a pouco, se alastrava dentro dela, era um misto de sensações. Estava nervosa, animada e aliviada ao mesmo tempo, além de sentir mais uma dúzia de emoções desconhecidas.
O que eu estou fazendo? É só um bebezinho, um ser inocente que não tem culpa se eu não estou pronta para ser mãe.
Enquanto o médico falava Bulma refletia sobre tudo que estava ocorrendo em sua vida, chegando à conclusão que aquela não era a melhor solução. Havia se enganado completamente.
Acreditara que se desfazer do bebê era o certo para ela.
Errado.
Um bebê não era um problema!
Até aquele momento, Bulma não pensara no bebê como uma pessoa pequena com sentimentos e necessidades, mas agora que o fizera, não conseguia eliminar as imagens da sua mente.
Começava a pensar no bebê como um ser, era difícil para ela desejar que desaparecesse. Era uma vida que crescia dentro de seu corpo. Não havia nada mais precioso que uma vida sendo gerada, era extraordinária e lindo ver como aquele milagre iria acontecer durante os próximos meses. Não poderia tirar a chance de um bebê de vir ao mundo.
E daí que ela não estava pronta para ser mãe? Desde quando um bebê espera os pais estarem prontos? As crianças não chegavam com um manual de instruções debaixo do braço. A verdade era que, a experiência de cada mulher, de cada mãe, era única, pessoal e incomparável. Como foi capaz de cogitar a possibilidade de assassinar seu próprio filho?
Em nenhum momento, ela pensou naquela vida como tinha sido egoísta e mesquinha ao pensar somente nela e em tudo o que teria que abrir mão, como poderia viver todos os seus sonhos se para vivê-lo tivesse que privar um inocente conhecer a beleza da vida?
Não poderia.
Ela já não estava só, agora não era apenas uma pessoa, e sim duas, suas decisões já não deveriam ser tomadas levianamente, agora ela era responsável por outra vida.
Basta! Sacudiu a cabeça. Estava cansada de sentir pena de si mesma. Cansada de sofrer e chorar. Sua vida não era perfeita, mas ganhara um presente precioso.
Tinha um bebê pelo qual esperar ansiosamente. A vidinha que crescia dentro de si era motivo suficiente para que ela deixasse suas tolices de lado e corresse o risco.
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Meu Pequeno Grande Segredo
Hayran KurguGrávida! Foi isso que aquele teste de farmácia revelou mas, o que fazer quando o pai do seu bebê é Vegeta, seu chefe que está noivo de uma mulher que é uma verdadeira megera disposta a acabar com qualquer uma que cruzasse o seu caminho? Esse era o d...