Sob a Luz do Luar

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A ideia de sair acompanhada do chefe foi seguida de um choque de sanidade, Bulma sabia que aquele terreno era perigoso, e ela mais do que ninguém, sabia que poderia sair machucada, não havia motivo para prolongar mais aquele encontro.

O fato era que Vegeta não costumava ser especificamente amigável, e aquilo de certo modo a preocupava. O que ela sabia é que não estava tão preparada como imaginava para a proximidade com o corpo de Vegeta, nem para o braço forte que a enlaçou pela cintura, estabelecendo a posse.

A mente de Bulma estava turva.

Ela ficou meros segundos inerte, imaginando o que deveria fazer. Era estranho o que estava acontecendo, no fundo estava assustada pela atitude daquele homem. Não sabia dizer qual era a real intenção dele. Vegeta era imponente, com um porte físico musculoso, com cabelos e olhos negros que combinavam com seu tom de pele bronzeada. Era a personificação da sensualidade, uma verdadeira testosterona ambulante.

Pensou em sair de fininho, mas estava tão bom ali, quentinho... Um calor gostoso irradiava de Vegeta que ainda a segurava fortemente.

Afastou-se desengonçadamente dele por alguns minutos, trazendo aquelas pérolas negras que possuíam um brilho zombeteiro para si. Corou violentamente com o sorriso que ele lhe lançou. — Aonde você pensa que vai garota de cabelos cerúleos? — Ele perguntou com uma voz rouca. Fitando-a enquanto esperava uma resposta.

— Eu... só...ia...a lugar nenhum. — Ela respondeu envergonhada. Bulma procurou disfarçar a ansiedade que lhe afligia o coração e sorriu.

— Venha! — Vegeta a chamou, nesse momento os lábios dele se abriram em um sorriso que faiscava de tão branco. Tem tudo a ver o príncipe levar a Cinderela de volta para o seu castelo.

[...] Desejo a você
O que há de melhor
A minha companhia
Pra não se sentir só [...]

— Aproxime-se que o meu cavalo a espera. — E continuou: — Não é branco, na verdade é azul. — Ele anunciou fingindo-se de triste, mas tem potência de sobra.

Nos olhos índigo, da garota veio novamente uma expressão de estranheza e curiosidade quase que infantil, tentando entender o que de fato estava acontecendo.

Bulma não entendia porque estava nervosa. Ela tentava, mas não conseguia evitar, Vegeta era um homem muito bonito, mesmo com seu jeito rude, cedia de um cavalheirismo exuberante. Não tinha certeza se estava agindo certo, mas, por ora resolveu jogar a cautela pela janela. E encarar aquilo como uma cortesia, uma simples cortesia.

Vegeta prontamente transpassou o braço em volta da cintura dela mantendo a ligação, enquanto caminhavam lado a lado em direção ao estacionamento. Caminhavam em um espaço próprio, como se aquele homem ao lado dela gerasse um campo magnético que a impedia de se afastar. Os olhares se cruzaram por um momento e um bombardeio de cintilações luminosas despertava a forte sensação de que algo pairava no ar naquela noite.

O maravilhamento só foi interrompido, quando eles foram se aproximando da BMWZ4 conversível de cor azul, que estava estacionada em um local reservado. Vegeta a pôs no banco do acompanhante, ajudando-a fechar o cinto de segurança e fechando a porta antes de dar a volta para se sentar no banco do motorista. Ele se acomodou ao lado dela, contaminando a atmosfera dentro do carro com a sua energia extremamente ativa.

A poderosa máquina conversível despertou. Ele sorriu para ela. — Você se importa se eu abaixar o capo? — Perguntou.

— Não. — Respondeu Bulma pensando na brisa.

Muito diferente de Lazuli, que odiava quando ele fazia isso, alegando que o vento iria arruinar seu penteado. — Lembrou Vegeta.

Ele apertou um botão e o teto foi se recolhendo até desaparecer completamente atrás deles. Então partiram, do estacionamento e ganharam a noite.

Meu Pequeno Grande SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora