salute! (Eu Voltei!!!)

espelho

Alice acordou, uma luz ofuscante queimava seus olhos, quase a cegando. Ela tapa os olhos com as mãos, deixando a visão se acostumar aos poucos com a luz.

Quando seus olhos se acostumaram, ela deu uma boa olhada no local onde estava: uma sala grande, com concreto no chão, paredes e teto, a sala estava extremamente gelada, seus ossos doíam ao sentir o chão frio em que estava sentada.

Ela tentou levantar, mas estava completamente tonta, a vertigem a derruba novamente no chão, caindo de bruços. Sua cabeça girava e queimava, quanto mais recobrava a consciência, mais ficava tonta.

Sua última lembrança era estar correndo de alguma coisa no bosque perto da mansão dos Baums, depois, apenas o vermelho, e depois, a escuridão.

Ela tenta se levantar de novo, com esforço, mas dessa vez, consegue ficar em pé, mas, ao levantar a cabeça, a tontura se torna mais forte e a faz vomitar. Alice perde a força e cai em cima do vômito, de joelhos, estava tonta demais para ficar com nojo. Seus olhos começaram a escurecer, ela ia desmaiar.

Alice olhava para os lados, tentando encontrar alguma porta, mas não havia nenhuma, a única coisa que tinha, era um espelho gigante na parede a sua frente.

O seu reflexo sujo e fraco foi sua última visão antes de perder a consciência e desmaiar.

Do outro lado do vidro, na sala ao lado, duas figuras a observam, a sala era tão escura que não se dava para diferenciar seus rostos, um deles fumava um charuto, o outro, um pouco mais alto, apenas olhava para a jovem inconsciente.

"Você acha que dá conta?", pergunta o homem do charuto.

"Claro que sim, mestre", o outro responde.

O mais baixo apaga o charuto e se dirige para fora da sala, ao chegar na saída, se vira em direção ao mais alto.

"Não seja idiota, você não está mais na iniciação, agora, só me chame de Monarca."

E sai da sala.

O outro dirige-se novamente ao vidro e observa a inconsciente Alice, algumas lembranças deixam sua mente nebulosa, tentava esquecê-las, senão, não conseguiria fazer a tarefa pela qual estava incumbido de fazer.

Ele dá uma última olhada na jovem antes de sair da sala, dá um suspiro e sai.

Eu tenho muito trabalho pela frente, é seu último pensamento antes de fechar a porta.

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