- Que horas vai chegar esse bostinha? - perguntou Geoff, um dos membros do Conselho, sua impaciência era conhecida por todos do meio.
- Meu senhor, ele avisou que já está chegando - respondeu Beatrice - Gostaria de uma xícara de chá?
- Eu não quero uma merda de chá, eu quero esse tal de Alastair aqui, ele já está 20 minutos atrasado!
Geoff se levanta da cadeira, mas senta de novo, lembrou da ordem de Richard:
"Me conte tudo o que esse garoto fizer, não confio nele".
Geoff supostamente estava lá para mostrar a instalação que Alastair receberia para seu experimento, um pequeno hospital subterrâneo fora da cidade, feito para suportar ataques aéreos, mas com o fim da guerra e a ineficiência total da instalação, já que os Estados Unidos não recebeu nenhum ataque aéreo, a instalação foi fechada por um tempo, mas depois reaberta quando o projeto MK Ultra da CIA começou a ser desenvolvido, com a eficácia dele garantida, a CIA ganhou uma instalação maior e mais moderna, deixando o hospital quase que completamente mobiliado, e foi dado ao Conselho para seus próprios fins. Era o local perfeito para Alastair começar o seu projeto.
Beatrice tentava não demonstrar, mas estava tão impaciente quanto Geoff, o relógio marcava 13h40, ou seja, 40 minutos depois do horário combinado.
"Ele disse que ia se atrasar, mas não sabia que era tanto, onde você está, mestre?"
Ambos estavam num pequeno escritório, com uma mesa de escritório padrão, com duas cadeiras a frente, um pequeno armário num canto da parede e uma mesinha com um abajur no outro lado, Beatrice estava sentada em um pequeno sofá ao lado na porta, enquanto Geoff estava sentado à mesa do escritório, folheando os arquivos de Alastair. Beatrice já havia pedido para ele não mexer nos arquivos, mas ele a ignorou, dizendo que ela nem devia saber do que se tratava esses documentos.
Mal sabia ele que Beatrice havia escrito a maior parte desses documentos.
Passos podem ser ouvidos se aproximando, a porta do escritório se abre e um sorridente Alastair entra na sala.
- Geoff! Que prazer conhecê-lo! Me perdoe o atraso, estava resolvendo umas coisas.
- 45 minutos! Você me fez esperar 45 minutos nessa sala quente, seu bostinha! - ele se levanta e joga os arquivos na mesa, fazendo vários papéis caírem no chão, Beatrice se levanta para juntá-los. Alastair continua sorridente, como se estivesse adorando a raiva de Geoff.
- Me perdoe, meu caro, imprevistos acontecem, gostaria de uma xícara de chá? - ele respondeu, apontando para o refeitório, do lado de fora do escritório.
- Me poupe dessa palhaçada - Geoff anda na direção dele, seu tamanho é intimidante, com quase 2 metros de altura e porte de soldado, parece que ele poderia matar Alastair com um golpe se quisesse - Vamos pôr as cartas na mesa, eu não vim aqui pra te mostrar essa espelunca, eu vim aqui para avaliar se o seu experimento vale o tempo e o dinheiro investido do Conselho, e pelo seu descaso comigo, eu digo que não vale.
Alastair levanta as sobrancelhas, sua feição não estava mais sorridente, mas estava com uma aura quase debochada olhando para ele. Geoff continua:
- Mas eu me considero um cara legal, vou te dar a oportunidade de mostrar o seu projeto e só então, eu dou o meu veredito.
- Uau, é muito legal da sua parte, Geoff.
- Sorte a sua que eu estou curioso pra ver o que diabos você está planejando, o Conselho não é de aprovar qualquer coisa.
- Então vamos logo - Alastair se vira e vai andando na direção da porta - Vou pedir para Beatrice trazer a cobaia e...
- Espera - interrompe Geoff - Tem mais uma coisa.
- O quê?
- Não me chame de Geoff, me chame de Senhor Johnson, apenas meus amigos me chamam de Geoff, e você não é meu amigo.
- Mas é claro - Alastair voltou a sorrir de forma irônica - Depois de você, Senhor Johnson.
Geoff acena com a cabeça e sai primeiro do escritório, Alastair olha para Beatrice terminando de organizar os documentos na mesa.
- Bea.
- Sim, mestre?
- Prepare a cobaia - disse ele, com um semblante sério - Vamos fazer uma pequena apresentação.
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salute! (Eu Voltei!!!)
Misterio / SuspensoMia acorda num lugar estranho, escuro, com milhares de olhos na parede a observando. Ela não faz ideia de onde está e como foi parar lá. Um rapaz bonito com roupas coloridas aparece, lhe dando a oportunidade de sair daquele lugar: ela deve matar uma...