mãe

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Localizado no centro da cidade, o prédio do Conselho era gigantesco, havia sido construído a quase 100 anos no período da escravidão, um prédio largo, com várias colunas na frente, acima, bem no meio, um grande símbolo maçônico, e em volta desse símbolo, com grandes letras, estava escrito: "Associação de Pensadores e Intelectuais do Estado de Washington", o nome de fachada da sede.

Alastair entrava no prédio de peito estufado, acreditando que sua atitude positiva iria ajudá-lo a fazer parte disso tudo. Passeando os olhos pelo saguão principal, acabou vendo duas figuras extremamente familiares, sua mãe e Beatrice, sentadas num sofá, os aguardando.

- Mãe? - disse Alastair.

- Emma? O que você está fazendo aqui? - Pergunta Henry, chegando logo atrás do filho.

- Eu queria desejar boa sorte ao meu filho na apresentação, vocês saíram tão cedo hoje que não deu tempo de falar com ele.

- Tivemos que passar no meu escritório antes.

- Achei que mulheres não eram permitidas nesse prédio - diz Alastair, sorrindo e segurando as mãos de Emma.

- Mulheres com permissão podem vir até o saguão e algumas outras áreas específicas, mestre Alastair - responde Beatrice, posicionada atrás deles.

Beatrice estava usando um vestido longo, de cor verde-claro, que desce até os joelhos, seus cabelos longos estavam sendo segurados por uma tiara de uma cor verde mais escura, ela também usava uma sapatilha preta com um pequeno salto e segurava uma bolsa da mesma cor que o vestido.

Alastair não conseguiu conter o riso, não estava acostumado a ver sua boneca assim.

- Você está parecendo uma boneca de verdade.

- Acho que foi essa a intenção da mestra Emma quando me vestiu assim.

- Ela não está linda? - Emma pergunta para o filho.

- Claro que está, querida mãe - Alastair virou na direção de Emma e lhe dá um beijo na bochecha - Você vai assistir a minha apresentação?

- Mulheres não são permitidas no salão principal - Henry segura no ombro do filho - Temos que subir agora.

Alastair assentiu com a cabeça, Henry foi na frente.

- Boa sorte, meu garoto esperto.

- Obrigado, mãe.

Alastair anda na direção de Beatrice, dá um beijo na sua bochecha e chega mais perto do seu ouvido.

- Chegando em casa, queime esse vestido - ele cochicha.

- Obrigada - ela cochicha de volta.

Ele se despede das duas mulheres e segue o pai, subindo as escadas.

- Não acredito que sua mãe teve coragem de vir aqui, e ainda trazer Beatrice - diz Henry, vendo que seu filho já o alcançou.

- Deixa pra lá, pai, que bom que ela veio me desejar boa sorte, e é bom Beatrice passear de vez em quando.

- Me impressiona ela ainda estar viva. Geralmente, bonecas não vivem tanto assim.

- É que eu cuido bem dos meus brinquedos, pai - responde Alastair, dando um tapinha nas costas de Henry.

Os dois entram na sala de espera.

salute! (Eu Voltei!!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora