Beatrice senta na banheira e mergulha para molhar seu cabelo, Alastair, sentado num banco atrás dela, se abaixa para pegar um frasco de shampoo no chão, ele abre a tampa e derrama um pouco no cabelo de Beatrice.
- Cuidado para não cair nos meus olhos.
- Eu sei o que estou fazendo, Bea.
- Você fala isso e sempre derrama nos meus olhos, Mestre.
- Dessa vez, prometo tomar cuidado - Alastair responde, rindo.
Ele começa a esfregar os longos cabelos pretos de Beatrice, criando espuma, fazendo um cheiro doce e agradável pairar pelo lugar.
Quando virou escrava de Alastair, Beatrice só podia tomar banho na presença de seu mestre, onde ele faria a limpeza cuidadosa de cada parte de seu corpo. Depois de um tempo, Alastair devia começar seu treinamento com Crowley, então não teria mais tempo para dar banho em Beatrice, então permitiu que ela tomasse banho sozinha quando ele não estivesse disponível, o que fez esses momentos raros de banho mais preciosos para Alastair, desde pequeno tinha o costume de manter suas coisas limpas e no lugar, o que não seria diferente com a sua escrava.
- Mestre, posso fazer uma pergunta?
- Você não pode falar na hora do banho, Beatrice - responde Alastair, ainda esfregando seu cabelo.
- Perdão, Mestre.
- Prenda a respiração.
Beatrice prende a respiração e Alastair a mergulha na banheira, para enxaguar seu cabelo, ele passa alguns segundos esfregando seus cabelos para tirar o resto do shampoo e depois a puxa de volta. Enquanto Beatrice recupera o fôlego, Alastair se levanta, pega o banco que estava sentado e coloca na banheira para Beatrice sentar nele, a deixando mais alta, ele senta na beirada da banheira e estende a mão.
- Pé.
Beatrice coloca um de seus pés no colo de Alastair, para que ele pudesse esfregar com uma esponja.
- O que você queria saber? - ele pergunta, enquanto passa a esponja pelas brechas dos dedos de Beatrice.
- É sobre o projeto...
Alastair olha no fundo dos olhos de Beatrice com uma expressão séria. Ele estende novamente a mão.
- O outro pé.
Beatrice tira o pé do colo dele e coloca o outro.
- O que tem o projeto? - ele pergunta.
- O senhor me disse que o experimento funcionaria melhor com espécimes do sexo feminino.
- É, eu disse...
- Então porque o Conselho quis disponibilizar um espécime masculino?
Alastair tira o pé do seu colo.
- Levante-se.
Beatrice levanta na banheira, Alastair pega um sabonete e começa a ensaboar as suas coxas, subindo cuidadosamente para a virilha, e depois mais firme na barriga.
- Eu não sei exatamente porque o Conselho quis um garoto ao invés de uma garota - Alastair vira Beatrice e começa a ensaboar suas costas - Talvez seja porque o Conselho quer testar o meu experimento, fazendo com que eu trabalhe com um componente mais difícil, ou o mais provável...
- Porque a maior parte do Conselho prefere garotos? - Beatrice interrompe.
- Sim - ele responde, esfregando os braços dela - É exatamente isso que eu pensei.
- Eu sei, Mestre.
- Mas não me interrompa novamente.
- Sim, Mestre. Desculpa, Mestre.
- Os primeiros a condenar a doença homossexual são os mais acometidos por ela, um bando de hipócritas...
- Mas que vão o ajudar na sua ascensão, Mestre.
- É, talvez.
Alastair termina os braços, ensaboa o rosto e pescoço de Beatrice e a mergulha novamente na banheira para enxaguar seu corpo. Ela sai da banheira e o processo de secagem começa, com Alastair secando cada parte de seu corpo com uma toalha diferente. Chegando no rosto, Alastair percebe os olhos vermelhos de Beatrice.
- O que houve com seus olhos?
- Eu mergulhei de olhos abertos, Mestre, aí o shampoo e o sabão da água entraram nos meus olhos.
- Pelo menos dessa vez não foi eu o culpado.
- Pra variar, Mestre.
Alastair dá uma pequena risada.
- Vem, sua tonta, vamos lavar isso.
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salute! (Eu Voltei!!!)
Mistério / SuspenseMia acorda num lugar estranho, escuro, com milhares de olhos na parede a observando. Ela não faz ideia de onde está e como foi parar lá. Um rapaz bonito com roupas coloridas aparece, lhe dando a oportunidade de sair daquele lugar: ela deve matar uma...