pureza

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Mia não sabia para onde estava sendo levada, depois de passar o que pareceram anos dentro daquele quarto fechado, ela finalmente teve a oportunidade de sair, quando um homem estranho apareceu em seu quarto enquanto estava dormindo.

Ele era um pouco alto, parecendo ter em torno de 50 anos, gordo, quase careca, com alguns fios ralos espalhados por sua cabeça e uma barba mal feita, ele se aproximou dela e sentou em sua cama.

- Qual o seu nome? - ele pergunta baixinho.

- Mia - respondeu a garota.

O homem a olha dos pés a cabeça e morde levemente os lábios.

- Você é muito bonita, Mia.

Ele estica o braço para alcançar seu pé, Mia o puxa imediatamente e se encolhe na cama.

- O que você está fazendo aqui?

- Você sabe quem eu sou? - ele pergunta, ignorando a pergunta de Mia. Ela apenas balança a cabeça sinalizando que não o conhecia. O homem apenas deu uma gargalhada assustadora.

- Eu te disse - Alastair entra no quarto com alguns papéis em mãos - Só assinar aqui e você poderá levá-la. E é bom você olhar um certo detalhe na última página.

- Isso é maravilhoso, Ally - Crowley tira uma caneta do paletó e começa a assinar os papéis, ele vira até a última página e se surpreende com a informação escrita - Tem certeza disso?

- Eu mesmo verifiquei - o rapaz dá uma piscadela para Crowley, que apenas retribui com um sorriso malicioso.

- Alastair? - Mia pergunta, sem entender nada.

- Mia, esse é Crowley, ele vai te levar para sua nova casa.

- Nova casa?

- Sim, nova casa - Crowley devolve os papéis para Alastair - Onde você terá conforta, comida e um quarto bem melhor que esse aqui.

Alastair analisa as assinaturas com cuidado, vê que está tudo em ordem e acena com a cabeça para seu antigo mestre.

- Tudo em ordem, meu caro, ela é sua.

Crowley abre um sorriso e se vira na direção de Mia.

- Vamos para casa, garota.

Mia não queria ir, mas não conseguia lutar contra, ela devia ir, sentia que aquele agora era o seu dever.

- Eu preciso arrumar minhas coisas.

- Nada disso, eu vou te dar tudo o que você quiser, nada desses trapos de hospital - Crowley levanta e estende a mão para ela - Venha.

Mia segura a mão dele e o segue para fora do quarto, ela dá uma última olhada em Alastair, seu rosto conseguia ser uma mistura perfeita de simpatia e frieza.

Ele é tão lindo, mas eu o odeio, não sei porquê, pensava ao andar pelo corredor com Crowley.

Os dois saíram da instalação, os primeiros raios da manhã bateram no rosto de Mia, a sensação era familiar, mas ela não se lembrava da última vez que sentiu isso. Era estranho, mas bom, era muito bom.

Crowley a conduziu até seu carro, ela se sentou ao lado dele no banco de trás. Eles partiram em direção a "casa".

Mia olhava pela janela do carro surpresa, as árvores, os pássaros, as nuvens, ela conhecia tudo aquilo, mas tinha a sensação de estar vendo pela primeira vez, ela estava tão deslumbrada que nem percebeu o olhar penetrante de Crowley, olhando a garota como se fosse um pedaço de carne.

Seu pedaço de carne.

A viagem durou em torno de uma hora, quando Mia menos percebeu, já estava na frente do enorme portão da casa de Crowley.

- Bem-vinda a mansão Hagrid - disse Crowley, com um tom de orgulho.

Ao adentrarem os portões, a enorme casa pôde ser vista ao longe, Mia ficou deslumbrada, nunca tinha visto um lugar tão grande assim. Assim que o carro parou em frente a mansão, três empregados saíram pela porta da frente, um abriu a porta de Crowley, outro a de Mia, e o terceiro, ficou os aguardando na entrada.

- Bem-vindo de volta, Monarca Crowley - disse o empregado à porta - e bem-vinda, senhorita Mia.

- Obrigada, mas como sabe meu...

- Todos sabem, princesa - respondeu Crowley - Fiz a questão de que todos aqui aprendessem o seu nome. Esse é Malcom, o mordomo da casa.

- Prazer - diz a simpática Mia, Malcom acena com a cabeça.

- Atenderam meu pedido? - pergunta Crowley, coçando a barba.

- Sim, Monarca, o quarto já está preparado para a moça.

- Excelente - Crowley segura a mão de Mia - Então vamos entrando.

Crowley passa rápido pelo saguão da casa e vai indo em direção as escadas centrais, Mia mal teve tempo de assimilar totalmente aquele ambiente tão bonito, percebeu apenas o lindo chão de madeira e o enorme lustre no teto.

- Você vai ter muito tempo para explorar a casa, minha querida - disse Crowley, num tom estranhamente eufórico.

Subindo as escadas e atravessando um corredor mal iluminado, Crowley a guia até a frente de uma grande porta de madeira.

- Este é o seu quarto, o cômodo mais importante dessa casa - ele diz, abrindo a porta e revelando uma enorme suíte - Você poderá dormir aqui...

- Ah, muito obrigada - Mia fica deslumbrada com o quarto - É realmente muito lind...

- ... comigo.

Crowley a conduz para dentro do quarto e fecha a porta. Ele retira o paletó e começa a afrouxar a gravata. Mia se afasta, assustada.

- É...eu... desculpa, deve ter...algum engano.

- Não há, meu amor - ele anda em direção a ela, tirando a roupa - Você é minha, e eu sou o seu...

Mia desvia de Crowley e tenta correr em direção a porta.

- ... Obelisco.

Ao escutar essa palavra, Mia para em frente a porta, seus olhos estavam como se estivessem um transe, o gatilho foi acionado, ela era dele, ela foi feita para ele, e ela sabia disso.

- Sim, eu sou sua - ela vira em sua direção.

Crowley não conseguia conter a empolgação, sentia que estava nas nuvens, ele se aproxima rapidamente do rosto de Mia.

- Me beije.

Sem hesitar, Mia obedece, o beijando na boca, Crowley, totalmente excitado, a beija de volta com vontade, enfiando a mão por dentro da blusa dela. Ele a queria, mais que tudo, sentia como se nunca tivesse desejado outra mulher como ele a desejava.

"Virgem".

Essa era a palavra que estava escrita na última página do contrato, era essa palavra que fez toda a diferença desde o começo, era isso que ele queria dela, a desejava tanto que não gostaria que nenhum outro homem a apreciasse antes dele. Só ele poderia usufruir de sua pureza, ele era seu dono.

- Tire a roupa e deite na cama - ele ordena.

- Sim.

Enquanto Mia tira a roupa, Crowley se afasta para admirar a visão, andando de costas até a entrada do quarto, estica o braço para trancar a porta. Não queria que ninguém atrapalhasse o momento. O seu momento.

salute! (Eu Voltei!!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora