Eu sempre fui muito ciumenta, até meio pegajosa com Ric. Ele é CEO de uma multinacional britânica, e apesar de ser dois anos mais velho que eu, seus 37 anos não transparecem facilmente ... ele tem quase um metro e noventa, um corpo atlético de quem já correu 5 maratonas. Seus olhos castanhos claros, trazem um ar misterioso e ao mesmo tempo doce e convidativo. Seus lábios formam um conjunto perfeito com o queixo levemente furadinho. Ele tem aquela beleza no ponto, não é do tipo modelo, que chega a parecer feminino de tão bonito, ao contrário, ele tem traços duros, fortes e másculos, nada delicados, perfeitos em seu conjunto. Eu o chamo de meu ursinho, e adoro mergulhar meus dedos e me perder em pensamentos, naquele peitoral peludo e definido, ou simplesmente acomodar minha cabeça sobre ele quando estamos deitados na cama. Enfim, ele tem o conjunto perfeito para atrair uma mulher em um ambiente corporativo - bonito, inteligente, poderoso e muito educado e gentil.
Estamos casados fazem 10 anos, e no começo eu vivia fantasiando que ele me traía freqüentemente com alguma secretaria, uma Personal da academia, a dentista ou sei lá quem. Todas as mulheres eram suspeitas pra mim, e quando estávamos juntos em um lugar público, minha impressão era que todas estavam olhando e dando em cima dele.
Depois que veio o Rapha, há seis anos, comecei a me sentir mais segura, e por um tempo passei a irrelevar os olhares que julgava ser suspeitos, em restaurantes ou lugares onde íamos. Hoje, depois de uma década de relacionamento, reconheço que todas as minhas tentativas de encontrar uma mensagem suspeita no celular ou e-mail, uma marca de batom ou cheiro feminino na roupa, ou qualquer outra situação investigável, sempre resultaram em nada ... se ele faz algo errado, se me traiu, fez muito bem feito, porque nunca, nunca consegui encontrar nada que o desabonasse como um marido fiel.
Eu também nunca traí o Ric, sempre fiz questão de resistir ou irrelevar as cantadas do dia-a-dia. Sou arquiteta, tenho meu próprio escritório onde a maior parte da equipe é formada por mulheres, porém, entre meus clientes existem muitos homens, e direta ou discretamente, as vezes recebo convites para uma reunião ou jantar em horário e local suspeitos, ou ainda um elogio fora de hora. Elegantemente, sempre me esquivei destes convites e situações, desviando do assunto. As vezes também percebo que basta dar as costas para os olhares se voltarem diretamente para a minha bunda. Fato é que, desde que começamos a namorar, os poucos amigos homens que eu tinha, deixei de lado, passando a me relacionar apenas com algumas poucas amigas. Novamente, meu desejo de ser e parecer "bela, recatada e do lar" me tornou totalmente anti-social com o público masculino.
Não vou negar que já tive vontade de experimentar algo novo, e oportunidade nunca faltou, mas, sempre resisti. Um pouco porque as vezes eu me abstraio do sexo e não sinto falta, e também sempre acabo lembrando que o Ric é um homem bom, e até onde eu sei, fiel, e não merecia uma traição.
Mas na faculdade, a fama dele não era das melhores. Haviam garotas que relatavam verdadeiras orgias, típicas de filmes pornôs com ele. E não era uma nem duas, várias e várias comentavam orgulhosas:
_ Eu já peguei ele! Ou ainda:
_Ele é uma máquina de prazer !! Estas frases quase sempre eram acompanhadas de sorrisos triunfantes, que tentavam despertar a inveja alheia.
A fama era tanta, que demorei para ceder ao desejo de ficar com ele, sei lá, não queria ser mais uma ... Mas ele nunca admitiu fazer jus a fama, pelo menos não para mim. Sempre que eu pergunte a respeito, ele desconversa ou simplesmente diz que a tal fulana a quem eu me referia talvez estivesse fantasiando um desejo não realizado. Eu também não tinha como provar, porque a bem da verdade é que ele nunca aparecia publicamente com ninguém, nem mesmo com aquelas que divulgam as escabrosas e picantes de histórias sexuais, que mais pareciam um pot-pourri de posições do Kama sutra .
Lembro inclusive da primeira vez que ficamos, ele foi supercomportado, não veio com a tradicional "mão-boba", ao contrário, me tratou com uma princesa, com total gentileza e cavalheirismo, sem esboçar tentativas que eu já estava psicologicamente preparado para coibir ... foi preciso sairmos várias vezes até decidirmos ir para um motel pela primeira vez, e ocorreu depois de uma noite bem animada e regada a boas garrafas de vinho e várias doses de tequila. Naquele dia eu estava muito afim de ter uma noite intensa de amor, pois faziam meses que eu não transava. Meus poros exalavam desejo, tudo estava perfeito, e quando eu já estava subindo pelas paredes - depois de "brincarmos" com as partes íntimas um do outro naquele quarto que levava o nome de "Chão de estrelas" - ele me olhou nos olhos e disse:
_ Hoje não, ainda é cedo para isso - e mudando de posição tratou de desconversar a situação e provocar um arrefecimento estratégico dos hormônios que já estavam me deixando toda arrepiada e fartamente humedecida.
Ele me deixou em casa, e lembro que fui dormir naquela noite bem pensativa, até meio preocupada sendo consumida pela dúvida de não saber se tinha feito algo errado para ele não me querer, ou se tudo não passava de uma estratégia dele para reafirmar uma imagem de bom moço que vinha construindo comigo, e me fisgar de uma vez ... Seja como for, ele conseguiu, acordei na manhã seguinte, mais apaixonado pelo que nunca, e os meses se seguiram com ele ocupando 99% dos meus pensamentos e desejos.Namoramos cerca de um ano, até ficarmos noivos. Depois de noivos, passaram mais 12 meses até trocarmos alianças em um ritual clássico de casamento, com a presença de pais, padrinhos, amigos e um padre que selou nossa união após os avisos de praxe: "na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe ... ".
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A ESPOSA, O CEO E A MENINA
RomanceEm uma noite deliciosa de amor com a linda esposa Monica, o executivo Ric, CEO de uma multinacional, bem sucedido, poderoso e muito bem casado, revela, no auge do prazer, que gostaria de realizar um fetiche: "ter duas mulheres na cama..." Monica, a...