Capítulo 5 - Pensamentos Criativos

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Eu não conseguia parar de pensar naquilo... já faz mais de uma semana desde aquela fatídica noite em que ele me propôs colocar uma terceira pessoa em nossa cama. Não paro de pensar nisso, e apesar de ter brincado na hora com a ideia de que esta "terceira pessoa" poderia ser homem, a verdade é que não me sentiria bem sendo possuída por dois, sei-lá, me soa meio como um estupro, não sei... mas a ideia de ter uma menina mexeu com a minha imaginação. É estranho, do alto dos meus 35 anos, não lembro de ter tido pensamos bissexuais ou lésbicos na vida, mas ultimamente parece que toda menina bonita que aparece na minha frente vira alvo das mais estranhas especulações sexuais na minha imaginação criativa (risos).

Outro dia mesmo me peguei pensando em coisas com a Aninha, minha assistente aqui no escritório. Ela deve ter uns 20 ou 21 anos de idade no máximo, é loira de pele bem branquinha, e apesar de possuir uma delicadeza do tipo de uma boneca de porcelana, que parece que vai quebrar de tão leve, ao mesmo tempo ela parece esconder um ar sexy, tipo aquelas meninas com carinha de ingênuas do filme ninfomaníaca. Talvez sejam as formas dela, pois tem um corpo lindo, bem definido, ao mesmo tempo de menina, mas bem sexy. Estes dias ela veio me apresentar um projeto e encostou levemente seus seios durinhos em meu braço, e por um instante preencheu meus pulmões com aquele perfume delicioso, meio cítrico que ela sempre usa. Ela estava com um vestidinho florido, bem delicado, mas ao mesmo tempo provocante. Ela terminou a apresentação e saiu como se fosse uma daquelas modelos suecas, esguias, com passos firmes e retilíneos, altiva, com as mechas do cabelo meio esvoaçantes... um charme só. Acho que fixei demais meu olhar  nela, e por segundos fantasiei ela na nossa cama... Acho o sexo um ato plasticamente muito bonito. Uma morena como eu e uma loira tipo a Aninha formariam uma linda dupla para realizar a fantasia do Ric. Pela primeira vez na vida, senti o vão entre minhas pernas se umedecer sem pensar em um membro masculino. Naquele momento a imagem que me veio envolvia uma troca delicada de carícias entre mim e ela. Que começava comigo beijando delicadamente seus pés enquanto com as mãos massageava as pernas dela. Eu seguia subindo com beijinhos até as cochas, enquanto tentava encontrar seus olhos com os meus, quase que pedindo permissão para me aproximar da área mais íntima. Imaginei ela assentindo com aquele olhar azulado, cheia de desejo.  Foi quando eu estava começando a abrir as pernas dela, aproximando minha boca, e... e meu celular tocou quebrando o clímax... nusss... que raiva! Pior que era um número desconhecido, pensei em rejeitar a ligação e voltar pro meu sonho erótico, mas logo imaginei que poderia ser um cliente e atendi. Era uma companhia de telefonia tentando me vender um plano de dados, triste realidade. Enfim, o clima se foi e voltei ao trabalho, afinal, eram três da tarde e uma reunião com clientes da Vasconcelos Construtora se avizinhava, eles deviam estar para chegar no escritório pois a sala de vidro onde realizávamos apresentações ficava bem na frente da minha, e notei que estava sendo preparada para a reunião.

Senti que estava quente, devia estar com as bochechas ruborizadas de desejo. Decidi ir ao banheiro, e enquanto caminhava pelo escritório, tive a impressão que todas as meninas iriam perceber meu estado... aff.

Entrei no banheiro, lavei o rosto, até pensei em me trancar em uma das cabines e matar meu desejo sozinha, quem sabe seguir os pensamentos de onde havia parado, mas lembrei da reunião e desisti. Restava me recompor e retocar o batom que tinha sumido depois de tantas mordidinhas nos lábios.

Saí da toalete altiva e sorridente, já recomposta, e caminhei segura de volta para a minha sala, onde assumi novamente minha postura de arquiteta-chefe, "bela e recatada". Ali aguardei que me chamassem para a reunião (ou que outro pensamento "criativo" invadisse minha mente, me desconcertando, risos).

A ESPOSA, O CEO E A MENINAOnde histórias criam vida. Descubra agora