A ESPOSA, O CEO E A MENINA

Capítulo 8 - Tentando encontrar

Eram umas 15h30, já tinha voltado do almoço, estava com a agenda meio livre à tarde aqui no escritório e comecei a pesquisar sobre ménage e trisal em meu celular. Sempre desconfortável e com um pouco de culpa por estar fazendo aquele tipo de pesquisa em plano dia, meu superego rígido de bela e recatada me obriga a volta e meia parar a pesquisa para olhar pra todos os cantos, afim de constatar o obvio: ninguém está me observando, nem muito menos sabendo o que eu estou fazendo.

Minha sala aqui na Bergamo & Associadas Arquitetura é toda de vidro, e quando projetei nossa sede, a posicionei de tal forma que consigo ter uma visão do escritório como um todo. Tenho muito orgulho do que consegui construir – me formei, e logo nos primeiros meses de estágio em um grande escritório de arquitetura - um dos maiores aqui de São Paulo - descobri que não queria ser empregada de ninguém, queria ter autonomia e fazer as coisas do meu jeito.

Fui devagarzinho, com total apoio do Ric e dos meus pais que na época me incentivaram bastante. Comecei sozinha, como arquiteta autônoma, com um projeto pequeno aqui, outro ali, até que fechei um contrato maior e precisei convidar duas colegas de faculdade pra me ajudarem, a Dani e a Susana. Assim nasceu a Bergamo & Associadas, um escritório só de arquitetas, onde sou a principal acionista, mas atualmente tenho outras 8 associadas, time alias do qual me orgulho muito. A Dani e a Susana seguem sendo minhas principais sócias, e depois vieram a Rose, a Maria Clara, a Julia, a outra Dani, a Teresa, e a Nina. Todas foram nossas estagiárias em algum momento, e com o tempo se formaram e cresceram aqui dentro.

De volta a minha curiosa pesquisa, percebi que é bem comum casais decidirem incluir uma terceira pessoa na cama. Tem fóruns, sites e até casas de swing especializadas em criar as melhores condições para esta experiencia a 3 (ou a 4, 5, 10... rs).

Apesar de achar muita informação, confesso que nada era o que eu buscava. Sei lá, parecia tudo muito artificial, programado... eu queria algo mais romântico, delicado, não sei, talvez tudo ainda seja muito novo pra mim. Não só a questão do ménage, mas toda esta coisa erótica é bem recente – não faz muito tempo e eu pouco pensava em sexo, e quando fazia, era como eu já mencionei aqui, só papai e mamãe mesmo. Fato é que ainda não me vejo saindo com o Ric para ir em um lugar encontrar outros casais pra fazer sexo. Também nem sei se ele aceitaria, pois ele foi bem específico quanto ao seu fetiche: ter uma garota a mais, e não fazer troca de casais – acho que ele não toparia me ver com outro cara, pois foi só eu brincar com a possibilidade de ter um ménage masculino que ele desistiu da ideia.

Enfim, lendo alguns fóruns de um site especializado em viabilizar fetiches, percebi que as alternativas clássicas eram basicamente:

1) ir a uma casa de Swing, e pelo jeito existem dezenas – estou surpresa com a fartura de oferta de serviços voltados ao sexo, que até ontem eu nem sabia que existiam;

2) Contratar uma garota de programa, que tope atender casais – e pelo que vi, também não faltam opções; e

3) Conquistar uma garota de forma mais natural e romântica, para participar da nossa experiencia.

A primeira opção a princípio estava descartada. Acho até que um dia, talvez num futuro distante, estejamos evoluídos como casal para ir em uma casa swing, porém, não é o momento ainda – nem eu me sentiria a vontade com a ideia. Por mais incrível que pareça, o fetiche do Ric passou a ser o meu também, estou curiosa e querendo experimentar uma transa a três, mas com uma menina, mais novinha, limpinha e lindinha em nossa cama, não com qualquer uma.

A segunda opção parece boa, é mais simples porque basta contratar uma menina, poderíamos até escolher juntos. Descobri que existem dezenas de sites onde é possível achar acompanhantes que atendem casais. Dei uma navegada e vi que existem meninas lindas para todos os gostos – universitárias, novinhas, mais velhas, loiras, morenas, asiáticas, enfim, tem de tudo.