Capítulo 7 - Algo mudou

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Alguma coisa mudou na nossa relação depois que o Ric fez aquela inesperada proposta, fantasiando um trisal comigo e mais uma garota. Não sei exatamente o que foi, mas aquilo pois um fogo na nossa relação que creio que não existia nem nos tempos de inicio de namoro.

A questão é que eu sempre quis ser recatada demais, então nossa intimidade sempre foi muito amoroso, romântica, mas pouco picante. Eu não queria passar recibo de que era uma devassa ou que tinha desejos sexuais secretos – falando com todas as letras, nosso amor não passava do "papai e mamãe", porque eu achava que qualquer coisa diferente disso poderia indicar ao Ric que eu não era pura e recatada, valores com os quais convivi durante toda minha adolescência e até inicio de idade adulta, sob os auspícios da minha mãe que não cansava de fazer recomendações bem específicas sobre minha compostura, toda vez que percebia que estava namorando ou em algum casinho.

O Ric acabou entrando nessa, ele é muito gentil, cuidadoso, e deve ter percebido isso e seguiu a onda talvez com algum receio de me ofender ou assustar caso tentasse alguma ousadia maior. Depois que engravidei, a coisa piorou, pios aí eu adotei uma postura ainda mais distante dos desejos sexuais, tinha pra mim que não faria bem para o bebê, e era como se o sexo fosse algo sujo para a maternidade, pecaminoso, sei lá... hoje analisando tenho pena do Ric, pois ficou na seca váaaarios meses, porque além da gravidez, logo após o nascimento do Rapha eu não queria nada. Estava me achando feia e nem queria que o Ric me visse nua. Enfim, voltamos a ter uma vida amorosa mais ativa quase um ano após o nascimento do nosso filhinho, e mesmo assim, bem comedida e com todas as limitações e bloqueios mentais que eu havia estabelecido. Acho que é por isso que sempre fantasiei que o Ric devia me trair com outras – como um cara lindo, charmoso, poderoso como ele, iria ficar sem sexo por tanto tempo? Homem é homem, tem necessidades, e sei bem que ele gosta da coisa rs...

Enfim, por muitos anos enquanto o Rapha ia crescendo, eu evitava manter relações em casa, quase limitando relações mais íntimas aos momentos em que estava em hotéis durante viagens com o Ric, pois em minhas leituras maternais e psicanalíticas, descobri que não seria bom se a criança em sua fase de crescimento percebesse ou flagrasse os pais em pleno ato. Então era muito difícil eu aceitar fazer qualquer coisa com o Rapha em casa, uma ou outra vez rolou no meio da madrugada, mas geralmente, eu tinha que montar um esquema de deixá-lo com meus pais, para aí sim poder fazer algo. Era até meio constrangedor, porque com o tempo ficou claro pra minha mãe que naquela noite ia rolar – sabe aquela coisa de fazer com hora marcada?

Mesmo assim, nunca senti o Ric distante nem menos desejoso. Eu também me cuido, saí da gravidez e em poucos meses estava em minha melhor forma, acho que fiquei até mais bonita, pois passei a me cuidar mais para superar o estica-e-puxa que a gravidez faz com o corpo da mulher.

Fato é que depois daquela noite incrível, não só inauguramos uma nova área de prazer que estava no meu roll de pudores e bloqueios, como nasceu uma nova relação, mas febril entre nós. Outras noites se sucederam desde então, uma melhor que a outra. O ato que antes era meio silencioso, repleto de carinho, mas excessivamente cuidadoso, deu lugar a cenas tórridas, meio violentas no bom sentido sabe, intensas mesmo. Demos vazão ao lado mais animal, voraz, e começamos a falar mais, falar inclusive palavrões que não fazem parte do nosso vocabulário. Aliás, eu tinha vontade de falar certas palavras, e adorei ser meio devassa, dizendo impropriedades na "hora H".

Aquele sexo cauteloso, que chamávamos de noite de amor, deu lugar a trepadas homéricas, para usar os novos termos de nossa relação, cheias de intensidade e fervor. Foi um renascimento.

Inclusive nos últimos dias, fizemos amor de dia, com o Rapha em casa. Nos trancamos no banheiro social e demos uma rapidinha que foi ótima. Nunca imaginei que conseguisse fazer aquilo de pé, e adorei rs.

Mais que isso, depois do papo via whatsapp em uma manhã de trabalho, virou rotina trocarmos mensagens quentes. E a coisa tá cada dia mais intensa, estes dias o Ric me mandou uma cena de um filme erótico que ele estava vendo no celular, e anunciou que estava pensando na gente, naquela posição da cena do filme, e que estava seriamente propenso a ir para o banheiro me homenagear. Fiquei meio espantada, pois naquela relação cheia de pudor, até então não cabia ver filmes eróticos. Obvio que o Ric já devia ver estes filminhos há tempos sem me contar, devia usar aquilo como vazão para os desejos reprimidos desde sempre, mas eu preferia nem pensar no assunto. Mas nesta nova fase, adorei a novidade, e pedi para ele me apresentar aquele aplicativo, o que ele fez no mesmo dia a noite, e acabamos nos masturbando mutualmente assistindo a uma cena de celular.

Aliás, ver videozinhos virou quase uma rotina, pois o Ric me ensinou a acessar um canal gratuito que não precisa baixar app (ficaria constrangida em baixar um app assim e ter ele na minha tela) que tem um monte de opções, e passou a me encorajar a brincar sozinha. Por vezes em viagens ele passou a me ligar a noite, e foi me guiando passo-a-passo, para eu abrir o aplicativo, escolher um filme específico junto com ele, depois ir descendo minha mão...huuummm, ele me ensinou como é bom brincar sozinha, especialmente com estímulos visuais.

Eu até aprendi uns segredinhos com as meninas dos vídeos. No caso da masturbação, descobri que eu não sabia fazer direitinho, por isso talvez não curtisse muito. As poucas vezes na vida que tinha tentado, eram no chuveiro, cheia de medo de ser descoberta. Descobri que não é muito bom, pois a água abundante resseca e retira a lubrificação das partes intimas (ao contrário do que intuímos). Também não é preciso penetrar com o dedo rapidamente, o legal mesmo é brincar na parte externa superior, onde fica o clitóris... alí mora o prazer de verdade, e depois ir alternando com a penetração e massagens circulares rapidinhas na parte externa. É uma delícia que eu não conhecia.

Outra coisa que testamos foi sexo a distância... rs... estou muito pervertida né... mas é ótimo, nestas situações de viagem do Ric, passamos a ligar pelo facetime, e nestas ligações por vídeo, vamos nos olhando com muito desejo, falando baixinho aquelas indecências deliciosas, e nos exibindo um para o outro. A coisa pega fogo minha gente, é demais, é outra experiencia na vida que não sei como passei 35 anos sem conhecer rs rs.

Enfim, estou adorando este novo momento, ele me trouxe tranquilidade e paz. Me sinto agora mais segura, como se finalmente estivesse conseguindo saciar o Ric plenamente, o que me tirou aquele peso de que ele deveria estar indo buscar consolo fora, por que eu não dava conta dos desejos dele.

E por falar em consolo, ele me prometeu um... não vejo a hora de ganhar este presentinho, tenho muita curiosidade de experimentar, mas não tenho coragem de ir pessoalmente em um sexy shop, isso ainda é muito pra mim rs rs.

A ESPOSA, O CEO E A MENINAOnde histórias criam vida. Descubra agora