I living in ... I don' t Know, sorry.

900 59 9
                                    

Um ônibus com um cheiro horrível estava me levando para uma cidade mais horrível ainda, a estrada era escura e irregular, eu me movi no banco sentindo o revólver gelado na minha pele, insatisfeito eu o tirei e rapidamente o enfiei na minha mochila.

Eu encostei a cabeça no vidro e chorei, chorei de raiva, chorei de saudades, chorei de pavor, naquele momento eu queria a minha mãe, queria nunca ter saído de casa, queria ter passado os últimos anos tomando Wiske quente e vendo meu pai fumar charuto todos os sábados à noite.

Eu limpei o meu rosto e me forcei a dormir pelo menos alguns minutos, esfreguei o meu rosto no banco e fechei os olhos, as imagens queimavam na minha cabeça, o jeito pelo qual ela caiu mole no chão, seu corpo sem vida, aquela moça tão espetacular pela qual eu havia me apaixonado perdidamente estava a essa hora com um saco perto envolvendo seu corpo frio e pálido, sem vida, sem calor, sem batimentos.

Eu acordei quando começou a amanhecer, um sol bonito tomava meu rosto e eu enxergava a parte rural da cidade ser deixada para trás, o ônibus foi estacionado em frente à uma pequena banca de informações para turistas, eu procurei por carros alugados e hotéis, encontrei um hotelzinho dentro do meu orçamento é muito confortável, o carro que eu aluguei tive que caminhar quase um quilômetro.

Eu joguei de qualquer jeito a minha mala na parte de trás do carro, dei partido e fui pelas estreitas ruas de Doncaster, o sinaleiro se fechou e eu esfreguei meus olhos, mal os tirei do rosto e dei partida logo em seguida feriando com tudo, eu quase havia atropelado um garoto. Ele tinha olhos claros e uma toca azul que combinava, uma pequena franja atravessava a sua testa, as roupas provavelmente importadas e uma bolsa pendurada em um dos ombros.

Sua pequenas mãos estavam sobre o capô do carro e seu olhos arregalados. Eu desabei em lágrimas e abri o vidro.

-Me desculpe, e-eu ... Me desculpe.-eu disse rapidamente.

-Não foi nada.-ele disse com sua voz em um tom angelical e fino.

Então eu meti o pé na tábua, eu quase metei alguém, de mesma maneira que Ana foi morta, quase que uma família sofre o que eu estou sofrendo.

Eu cheguei no hotel e joguei de qualquer jeito (novamente) as minhas coisas, eu fui tomar um banho e me aconcheguei em meio a um monte de cobertores brancos e me aconcheguei, eu estava com fome mas não queria levantar, eu adormeci ali, pensando em comida.

XX

Eu acordei rapidamente depois de um estrondo que o meu estômago fez, eu tateei a escrivaninha até encontrar o telefone e disquei um pouco cego o número do serviço de quarto, gemi o meu pedido e me sentei na cama, liguei o meu computador e o deitei em meu colo, pesquisei um pouco apreensivo por notícias e a primeira que apareceu foi uma manchete de Ana em um jornal inglês qualquer.

"Assassina em série é morta em atropelamento neste sábado (12/03) não sabemos ainda se foi proposital ou acidente, Bom, acho que todos nós sabemos não é mesmo?"

Eu abaixei a tela no mesmo instante e me segurei para não chorar. A camadinhas tocou e fui atender, a moça que trazia a simples macarronada sorriu triste para mim, eu deveria estar horrível, eu agradeci e fechei a porta.

Eu comi de maneira desanimada sentada na minha pequena escrivaninha, enquanto assistia qualquer seriado, talvez seja How i Met Your Mother?, eu realmente não sabia. Ri de uma piadinha ou outra e terminei o meu jantar.

Abri a janela e puxei a caixa da pequena piteira, encaixei o cigarro e o ascendi o tragando bem devagar, eu sabia que aquilo me deixaria próximo a ela, naquela noite eu devo ter fumado uns 4, não me lembro mais.

XX

Dias semanas depois eu estava em uma pequena agência procurando um apartamento, eu não encontrei nada, nada bom o suficiente para mim é muito menos dentro do que eu podia pagar, um emprego eu tinha, eu havia arranjando um em um departamento de contabilidade graças a um diploma falso e um currículo do Google, mais uma vez sai com decepção e comecei a andar.

-Hey! Garoto dos cachos.-eu ouvi uma fina voz chamando do final da rua, olhei para trás e encontrei um garoto de olhos azuis, o garoto que eu quase atropelei.

-O que você quer?-eu perguntei cansado.

-Nada ué? Só te chamei ... Porque te conhecia.-ele disse com um sorrisinho.

-Você não me conhece.-eu disse sem parar de andar.

-Olá, sou Louis Willian Tomlinson.-ele disse calmo.- estudo fotografia a Doncaster University, moro sozinho com um gato e nasci nessa cidade chata. Pronto agora você.-eu revirei os olhos.

-H- Edward! Edward Monroe.-eu disse quase me esquecendo do nome falso.- estudei contabilidade em uma faculdade no interior e ... Sei lá, nasci em Homels Chapel.-emnti a maioria.

-Tudo bem.-ele disse.- por que estava chorando aquele dia?

-E o que isso lhe diz respeito?- eu perguntei.

-Ué, sei lá.-ele disse rindo.

-Para de falar "ué"-eu disse revirando os olhos.

-Você é bonito.

-Que?

-Você me ouviu.-ele virou os olhos.- te achei bonito.

-Tudo bem.

---//---

.... Sem nada pra colocar aqui. (Desculpem erros não tive tempo de revisar)
OBG pelos coments

@OneSecondOfZiam

Rê Xx

The killer (AU -Larry Stylinson PT BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora