Um Anjo Na Chuva

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Jeongin

Certo dia mamãe me pediu para ir ao mercado comprar alguns mantimentos que faltavam em casa.

  Como não conhecia bem o bairro, visto que ainda não tinha saído de casa para conhecer a região, acabei me perdendo. Em compensação, encontrei uma loja de conveniência.

  Após pegar tudo o que estava na lista que fiz para não esquecer nada, com exceção de algumas coisas que estavam em falta, me dirigi ao caixa para pagar. Felizmente a fila não estava grande, então não demorei muito.

  Para o meu azar, entretanto, além de não saber qual era o caminho que deveria seguir, em dado momento começou a chover.

  Como não queria que minhas compras estragassem tentei correr para o primeiro local com cobertura que vi. Contudo, tropecei em uma pedra e cai, ralando minhas mãos e joelhos, além de derrubar as sacolas que carregava.

  Foi nesse instante que ele apareceu, como um verdadeiro anjo. Fiquei tão encantado com sua beleza que mal percebi sua mão estendida para me ajudar a levantar.

  O anjo me ajudou a pegar minhas coisas, a maioria destruída pela chuva forte que ainda não tinha cessado. "O-obrigado." Respondi sem graça.

  "Por nada." Ele disse com um sorriso após nos abrigarmos da chuva na porta de alguma residência qualquer que possuía cobertura. "Você está bem? O seu joelho está ralado."

  "Estou, na medida do possível." Respondi, observando minhas sacolas.

  "Acho que daqui a pouco a chuva passa e podemos ir embora."

  "Se eu conseguir achar o caminho de casa, sim." Disse em um sussurro, o qual ele conseguiu escutar mesmo assim.

  "Como assim? Você está perdido?"

  "Hum, sim?" Foi o que respondi, sentindo minhas bochechas esquentarem. Ele devia estar me achando tão patético. "Não faz muito tempo que me mudei, então ainda não conheço bem a cidade." Esclareço após observar sua expressão confusa.

  "Sério? Bem, então acho que posso te levar até sua casa, se você me disser o endereço, pois conheço essas ruas muito bem. Para o caso de você se perder novamente, claro."

  "Não precisa se preocupar, você já me ajudou o suficiente."

  "Mas eu insisto! Se acontecer algo contigo irei me sentir culpado."

  Ele estava sendo tão insistente e gentil que apenas assenti. Assim, quando a chuva estiou, tornando-se uma garoa fininha, fomos embora.

  Quando já estávamos na porta da minha casa, o agradeci outra vez. Logo após, ele foi embora. Percebi, então, que em nenhum momento dissemos nossos nomes e as chances de nos encontrarmos novamente eram mínimas, infelizmente.


Te Quiero (𝚑𝚢𝚞𝚗𝚒𝚗) - hiatus Onde histórias criam vida. Descubra agora