Capítulo 2

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"Como pode o jovemmanter pura a sua conduta?Vivendo de acordo com a tua palavra

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"Como pode o jovem
manter pura a sua conduta?
Vivendo de acordo com a tua palavra."

Salmo 119:9

Meu querido diário, havia prometido que não ia mais escrever, achei bobo estar contando tudo que acontece, mas hoje eu estou triste, preciso de um amigo e como os animais não me responderam eu vim te procurar.

Minha tia Catarina está aqui de visita, é a segunda vez este ano que ela vem e o motivo é que um rei amigo da família queria aliar-se com a nossa juntando o seu único filho o príncipe Leopoldo de Gales a uma das princesas da família, como tia Catarina não tinha filhas mulher, veio pedir a mamãe uma das dela, pela vontade do rei ele escolheu a mim, mas ouvi mamãe dizer:

- Não Cat ela é desajeitada e feia, Joana é a noiva ideal, até pela idade que Joana tem, é um ano mais velha que Ema. Vou ensinar e treinar Joana a ser a esposa perfeita. - ela dizia e minha tia concordava com a cabeça.

O acordo foi feito e quando fui me despedir de tia Catarina como me obrigaram eu ouvi dela:

- Está vendo no que dar ser assim? Anda por aí como se fosse um animal, fala e come igual seu pai e ainda quer se transformar em uma dama? Infelizmente tem o sangue da realeza nas veias e não só o do ignorante de seu pai.

Agora eu entendia o porque que papai ia caçar ou pescar quando tia Catarina vinha nos visitar. Saí em direção ao meu quarto e como ouvi minha irmã Isa nele não quis entrar.

- Ei psiu! - olhei procurando quem me chamava tão baixinho e vi meu pai escondido por trás da coluna.

- Pai?

- Descobri um lugar para você ficar só quando quiser quer ver? - ele disse e eu confirmei indo após ele no imenso corredor do seu quarto. - Naquela porta. - ele aponta a porta no final do corredor e antes de eu ir até lá ele diz: - Não tem nada a ver com sangue, é questão de educação mesmo, sua tia é da realeza mais é uma mal educada e chata. Você é diferente, é especial em todos os sentidos e não deixe que lhe humilhem assim, levante sua cabeça e siga em frente. - ele diz pisca e me aponta a porta.

Abro a porta com receio do que verei. Me deparo com uma escadaria e logo lembro que nunca subi para ver lá em cima. Eram quinze degraus, subi um a um contando e cheia de esperança de encontrar um mundo diferente que pudesse tirar a coisa ruim que eu sentia naquele momento. Quando abro a porta fico de boca aberta com o tanto de coisa que tem ali.

São muitos baús, móveis cobertos de um pano branco e uma penteadeira, me aproximei e meus olhos foram para uma caixinha de música que logo dei corda e abri e deixei a linda bailarina começar a dançar, mas ela ficou presa em algo, quando fui verificar pensando que havia quebrado vi que uma chave pequena a impedia de girar.

- Uma chave. - sussurro como se fosse um segredo ou como se alguém pudesse me ouvir. - O que será que você abre? - falo com a chave e olho uma gaveta que tem na penteadeira. Tento abrir e para minha felicidade se abre saindo dali cartas e um diário. - Não posso ler, é privado. - fechei a gaveta com tudo dentro e fui para abrir os baús. Quando abri o primeiro baú me deparei com roupas de mamãe quando era jovem e comecei a tirar elas e provar, dei alguns espirros devido elas estarem guardadas, mas nada impediria que eu pudesse ficar ali, papai deixou e eu não ia rasgar.

No outro baú havia sapatos e jóias, mas algo me chamou atenção: - Uma coroa! Não era uma coroa como as de tia Catarina, mas era uma linda coroa, havia um nome escrito e eu não conseguia decifrar, a dona que me perdoasse mais eu iria provar a coroa. Quando coloquei me senti tão bem é como se ela tivesse o poder de me sentir tudo aquilo que tia Catarina e mamãe dizem que nunca vou ser.

Com um vestido de renda, um salto e os colares de pérola que achei coloquei a coroa na cabeça e me senti encorajada a olhar no espelho.

- Uau! - exclamei me achando pela primeira vez bonita.

Mas minha alegria durou pouco, ouvi papai me chamando da porta e sabia que era hora de sair do paraíso, mas eu voltaria lá. Tirei tudo que eu havia colocado, fechei o baú e desci vendo papai me esperar na porta.

- Pode voltar aqui quando quiser, só me peça a chave ouviu? - ele diz piscando o olho para mim e eu confirmei.

- Pai de quem foi aquela coroa lá em cima?

- Da sua avó Catarina, sua mãe herdou dela no testamento e como não pode usar porque casou comigo jogou no baú.

- É linda. - digo pensativa.

- Minha tia tem o nome da minha vó?

- Tem sim, o povo da realeza não tem imaginação para inventar nomes. - nós dois rimos e chegamos na mesa do jantar.

Quando o jantar terminou eu decidi que escreveria, que te tornaria meu amigo, só não garanto ser todo dia pois não tenho muita paciência.

(- Olha Jane como minha mãe era fofinha quando pequena!)

(- Olha Jane como minha mãe era fofinha quando pequena!)

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