Capítulo 4

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"O amor é paciente, o amor é bondoso

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"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

I Coríntios 13

Anos mais tarde...

Com o imenso amor de papai e os momentos do sótão eu cresci com mais força, sentia muita falta de minha irmã, três anos que ela partiu e só virá com quatorze anos para nossa casa, de mamãe eu também sinto falta, preciso confessar uma coisa pequeno diário esquecido: Eu encontrei o diário de mamãe, algumas cartas e o livro proibido. Não pude deixar de ler o diário e então passei a entender melhor sua vida  e algumas de suas atitudes. Não sabia que ela tinha perdido o primeiro filho.

Meu tempo se resume em ensinar a Isa, brincar no campo que nunca consegui deixar e ler o livro proibido. O nome dele é Bíblia Sagrada e a igreja católica proibiu ser lido, mas não sei por qual razão havia um nas coisas de mamãe. Tenho aprendido muito com ele e me sinto uma nova pessoa, coisas que pensava fazer não penso mais, você não sabe diário mas pensei em me matar várias vezes, só que esse livro me mostrou que se eu fizer isso serei eternamente condenada.

- Ema? - ouço a voz de Marinete e escondo o meu livro sagrado e o diário, ficando apenas com os livros de estudo, isso mesmo diário estou estudando muito com os livros de papai, com isso o ajudei a organizar as finanças e seus negócios que andavam mal melhoraram muito. Só não sei se um dia isso não dificultará minha convivência com as pessoas, tendo em vista que nossa sociedade não permite a mulher estudar nada além de música e arte.

- Oi Mari estou aqui estudando. - digo para ela que não para de me chamar.

- Sua mãe escreveu. - ela diz me mostrando a carta e eu sinto receio em ler. - Disse que está voltando, vão esperar aqui o dia que sua irmã será chamada e que sua irmã está pronta. - ela diz percebendo que não iria abrir a carta.

- Que bom. - digo tão somente, tenho sido muito seca em relação as bobagens de mamãe sem deixar de amá-la. Igual meu pai, ama o produto e ignora o conteúdo.

- Vou deixar você estudar em paz, lembre da aula de etiqueta após o almoço. - eu reviro os olhos odeio as aulas de etiqueta e a mulher que papai contratou para ensinar a mim e a Isa. Ele diz que é para que nós duas sejamos mais belas que já somos.

Levo meu tesouro para o quarto e guardo no mesmo lugar que guardo você diário. Meu baú com chaves que por sinal ficam penduradas no meu pescoço ou na peça de roupa, não correrei o risco de ser morta por estar lendo o livro proibido.

Olhando da janela do meu quarto vejo ao longe um cavaleiro cavalgando que não me é familiar, por seu traje é do castelo, talvez um soldado, mas o castelo fica a quase duas horas daqui, fico ali olhando para ele sumir entre as montanhas e uma ideia me vem a mente, amanhã irei cavalgar.

Após insuportáveis horas de aula de etiqueta, finalmente somos liberadas para o lanche, engulo tudo muito rápido e me recolho para meu quarto com a desculpa que estou com dor de cabeça, mas na verdade quero ir para minha janela ver se vejo o cavalheiro ou talvez já tenha voltado para o castelo. Como não o vi deito-me na cama para escrever um pouco e os olhos me pesam, talvez eu pare um pouco de escrever e tire um cochilo.

 Como não o vi deito-me na cama para escrever um pouco e os olhos me pesam, talvez eu pare um pouco de escrever e tire um cochilo

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