Capítulo 24

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* Capítulo extra sem ser tirado do diário de Ema, para vocês saber o que aconteceu narrado por Letícia

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* Capítulo extra sem ser tirado do diário de Ema, para vocês saber o que aconteceu narrado por Letícia.


Quando eu desci e a deixei com cara de medo lá na torre partiu meu coração, fui nas carreiras até o quarto que o médico estava hospedado para que assim que ela acordasse ele examinasse, no caminho encontro um guarda e peço para ele ir avisar a Monteiro que a esposa do imperador acordou.

Só foi o tempo de chamar o médico e voltar correndo, acompanhada de Juliana e do doutor que é um senhor de meia idade com jeito de bom velhinho. Quando passamos pela porta que dá para o corredor de subir para a torre encontramos Ema e a rainha, minha amiga caída com a rainha a segurando apoiada em sua perna.

- Ema! - Juliana grita se abaixando para perto dela e a rainha nos olha assustado.

- O que aconteceu aqui? - o médico pergunta entrando pela porta que deixei aberta do susto e eu saio correndo em busca de compressas que sei que vai precisar, tem muito sangue ali.

Quando volto para o local, já haviam levado ela para o quarto, Juliana com o médico estavam trocando suas roupas sujas e a rainha andava de um lado para o outro aperriada, entrei com as compressas ignorando o olhar dela sobre mim e as entregando ao médico.

- Fez bem ter ido buscar as compressas. - ele diz recebendo a bacia de minhas mãos. - Ela perdeu muito sangue e vai ficar uns dias de cama. - ele diz me olhando com o sorriso de compaixão, olho para Juliana e a vejo chorando.

- O bebê? - pergunto baixo.

- Infelizmente não resistiu, ela caiu da escada, já estava fraca e já era de risco. - olho para a rainha que está saindo do quarto nesse instante, minha vontade é avançar em cima dela. 

- Juliana o que ela disse que foi? - digo apontando para a porta.

- Que estava indo ver como ela estava e a encontrou descendo, que Ema se assustou e caiu, ela correu para tentar ajudar e não deu tempo. - Deus me perdoe eu não acreditar nela, mas não podia fazer nada pois ela é soberana aqui.

- Doutor, como podemos cuidar de minha amiga? - pergunto engolindo o nó que se forma em minha garganta.

- Letícia! - ouço Juliana me chamar e quando olho ela está ajoelhada com a mão na barriga eu e o médico corremos para lá e minha amiga estava sangrando.

- Doutor ela está grávida! - digo alto e ele a deita no chão mesmo para lhe examinar, não havia tempo para pensar, então eu me pus de joelhos e apoiei a cabeça dela em minha perna.

- Eu também vou perder meu bebê. - ela disse chorando. - Ele não resistiu a tanta tristesa aqui hoje.

- Calma amiga, deixe o doutor lhe examinar.

- Ela tem razão. - ele diz me olhando. - Não há nada que eu possa fazer, infelizmente são duas perdas aqui no dia de hoje. - ele diz cabisbaixo ainda ajeitando Juliana. - Chame alguém que a leve para seus aposentos, ficará de repouso e a rainha acredito que ficará sedada por mais uns dois dias, será melhor para ela.

Levantei e fui buscar ajuda para socorrer Juliana, econtrei a rainha no corredor que me questionou o porque de estar levando dois guardas para o quarto de Ema e eu apenas disse que eram ordens médicas, não demorou muito e Julina saiu sendo carregada por eles, ela ficou sem entender a princípio, mas o médico se aproximou e começou a contar tudo e o repouso das duas.

- Letícia. - ela me chama e sinto repugnancia mais não posso demonstrar, faço uma reverência e calada espero que fale. - Não saia de perto de Ema, mandarei que cuidem de Juliana, sinto muito pela perda dela também. - ela diz e sinto que está abalada por algo. Vejo-a sair e consigo relaxar meu corpo entrando no quarto e ficando ao lado de minha amiga desfalecida na cama.

- Sinto falta do seu sorriso e das palavras sábias que nos dá. - digo alisando sua mão.

- Letícia? - desperto com alguém me chamando e quando vejo é o senhor Lobo da soleira da porta. - Desculpa acordar você essa hora da madrugada é que precisava saber dela.

- Entre Senhor Lobo, não é bom ser visto aí na porta. - digo e ele adentra o quarto ainda ficando longe.

- Ela está sedada, vai ficar assim uns dois dias, oro a Deus que nesse período o imperador chegue não a quero só sem ele quando acordar e souber que perdeu o bebê.

- O imperador chegará aqui nos primeiros raios do sol, ele está ciente de tudo, mandei um mensageiro ao encontro dele com uma carta detalhada e espero que ele agora acorde para a realidade. Ele é uma pessoa boa, mas se deixou comandar pela mãe e deu no que deu.

- Sinto muito pela sua perda também. - digo a ele e sinto o homem que considero ser uma torre inabalável estremecer.

- Obrigada, teremos outros não é? - ele diz dando um sorriso amarelo.

- Assim como ela. - digo apontando para Ema e sinto uma lágrima rolar.

- Descanse, vou voltar para Juliana. - ele diz me abraçando e saindo.

 - ele diz me abraçando e saindo

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Honrada por DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora