Capítulo 11

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Todavia, como está escrito:"Olho nenhum viu,ouvido nenhum ouviu,mente nenhuma imaginouo que Deus preparoupara aqueles que o amam";

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Todavia, como está escrito:
"Olho nenhum viu,
ouvido nenhum ouviu,
mente nenhuma imaginou
o que Deus preparou
para aqueles que o amam";

I Cor 2:9

O famoso baile havia chegado e eu não estava nem um pouco animada para ir. Mas minha irmã chegou no quarto dizendo que era norma do país do noivo que a noiva tivesse uma madrinha e que ela estava escolhendo a mim como tal, me trouxe um vestido nas cores do país onde ela iria morar e tudo. Resolvi me vestir e ir, deixei que Letícia me fizesse uns cachos e desci ao lado da minha irmã e mamãe.

- Meu sogro não pôde vir então vamos ser abençoados pelo príncipe Ricardo. - minha irmã disse quando descíamos as escadas. - Ema preciso que esteja ao meu lado o tempo todo como madrinha.

- Tudo bem, mas depois me permite se retirar? Estou muito indisposta. - disse tentando fugir daquele baile que para mim era uma forma de minha tia me humilhar mais uma vez. Com certeza iria me manter nas escuras e para ficar assim, preferiria ficar no meu quarto ou no jardim.

Ao chegar no salão de baile procurei Afonso com a vista e não o vi, havia muitos príncipes e reis todos vestidos de forma parecida e o príncipe Leopoldo que já estava perto de minha irmã, sou feliz por ele ter gostado dela.

- Princesa Ema, é um prazer a senhorita ter aceitado ser madrinha de sua irmã. - ele diz me cumprimentando. - Vamos nos posicionar que o príncipe já está descendo. - Eles saíram na frente e eu e mamãe atrás. Nos ajoelhamos e eu pude ver minha tia descendo com um olhar mortal pra mim, ela não olhava mais ninguém só a mim com ganas de me matar, atrás dela viria o meu primo que não conheço mais não podia mais segurar o olhar na escada, abaixei minha cabeça e fiquei orando para que tudo passasse rápido e eu saísse logo dali.

Ouço o meu primo ser apresentado e tento olhar mais observo só seu corpo vestido como os outros da realeza. Mantenho minha cabeça baixa e sinto ele se aproximar, pelo ritual ele teria que me tirar para perto dele onde eu seguraria a capa que iria ser colocada em minha irmã enquanto ele cruzaria as espadas em Leopoldo.

- Princesa Ema Guilhermina é com muita honra que a convido a ser madrinha dessa união. - ouço ele dizer e reconheço a voz de Afonso, levanto a vista e vejo meu amigo plebeu vestido como rei. Fico chocada parada em sua frente até que ouço a minha tia me tirar do transe.

- Levante-se sua lerda será que não serve nem para isso? - eu a olho e olho minha mãe que está assustada me olhando como se não entendesse meu transe.

- Mamãe por favor não se meta. - ele diz e ela revira os olhos me fitando com mais raiva.

Fazemos todo o protocolo juntos um ao lado do outro e eu muda, tentando engolir o nó que se formou em minha garganta. Ele era meu primo e nunca me disse. Deve ter rido muito de mim, minha irmã me olhava interrogativa e eu tentava sorrir para não demonstrar que estava com desejo de sair correndo dali. Após o discurso do meu cunhado que já anunciou a data do casamento deles eu os parabenizei e fui saindo de fininho.

- Ah o jardim, tão bom estar aqui nesse sossego! - digo abraçando meu corpo, ao estar no jardim finalmente longe de tudo e de todos.

- Ema? - ouço ele me chamar e viro-me para olhar para o rosto do meu ex amigo. - Por favor vamos conversar?

- Não precisa, já entendi tudo, você junto com tia Catarina armaram tudo para me humilhar não foi? Foi bom? Divertiu-se as minhas custas? - saio falando tudo sem pausas, deixando as lágrimas que antes só ameaçavam finalmente caírem.

- Por favor não sei do que fala, deixe que eu lhe explique tudo.

- Olha aqui, não precisa. Eu não quero mais ouvir sua voz, ao amanhecer voltarei para onde eu nunca deveria ter saído. Lá pelo menos sou feliz. Aqui sou humilhada e presa. - digo passando por ele e indo em direção a entrada do castelo que me levaria a minha masmorra. Com certeza ele sabia o que a mãe fazia comigo.

Ele não tentou vir atrás de mim, encontrei com Isa no corredor que se assustou com meu estado e inventei mais uma mentira e subi correndo esquecendo que poderia me machucar com o salto na escada.

- A senhorita não gostou do baile? - Juliana pergunta ao me ver entrar. - O que houve princesa?

- Não sou princesa. - disse áspera estando cansada de tanto rótulo e desse meio sujo que é a realeza. - Desculpe, só me aborreci lá embaixo, pode me deixar só? - falei em um sussurro. Vejo ela sair e esbravejo na frente do espelho.

- Não podia acreditar que havia me metido nisso, havia me envolvido e me apaixonado pelo meu primo, filho da tia que me odeia. Ele ter me conhecido e se feito passar por uma pessoa e por trás zombando de mim junto com lá sabe quem. - digo olhando minha fisionomia.

Tomo a decisão de voltar para casa nas primeiras horas da manhã, saio do meu quarto logo aos primeiros sinais do dia e vou ao encontro de sr. João imploro que me leve para casa antes que qualquer pessoa pudesse me ver. Não queria ter que passar nenhuma humilhação mais e nem ter que dar explicações.

Voltei para casa na charrete com a roupa do corpo, deixei tudo para trás menos minha Bíblia e você diário querido, tem sido meu único amigo verdadeiro, a quem posso desabafar.

Voltei para casa na charrete com a roupa do corpo, deixei tudo para trás menos minha Bíblia e você diário querido, tem sido meu único amigo verdadeiro, a quem posso desabafar

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