12 - NARRADOR

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Maeve dançava a última música de Martin de olhos fechados, mexendo no corpo no ritmo da música.

A música se acabou e, segundo depois, outro DJ já foi anunciado. A garota abriu os olhos animada e procurou com os olhos seu “namorado”, mas acabou parando em um homem, com aproximadamente 40 anos, com celular em mãos apontado para ruiva.

- O senhor está me filmando? - franziu o cenho.

- Você dança muito bem garotinha.

- Apague esse vídeo! - gritou sentindo o ódio tomar conta do seu corpo.

- Ei, não precisa ficar estressadinha - fala parecendo se divertir com a situação - É só um vídeo, uma recordação sua.

- Eu mandei apagar! - voou na direção do homem, tentando pegar o celular de sua mão.

Duas mãos rodearam sua cintura, a puxando para trás e quando ela parou de se debater, viu o homem com a mão na boca e Martin enfurecido. Havia dado um só com um homem.

- O telefone, cara - rosnou para o homem que o entregou.

Maeve tirou o olhar dos homens a sua frente e olhou para quem assegurava. Andrew.

- Vem - Martin, depois de excluir o vídeo, pegou sua mão e a puxou para longe, até os três entrar entrar no camarim vazio.

- Tá tudo bem? - encarou a garota com olhos preocupados.

- Martin, sua mão - pegou a mão do homem, vendo a sangrar.

- Esquece a mão. Ele fez mais alguma coisa com você? - segurou firme nas mãos da ruiva.

- Não - negou - tá tudo bem - respirou fundo sentindo seus olhos encherem de lágrimas.

- Ei, tá tudo bem - puxou para um abraço.

- Por que homem é tão escroto? - fungou molhando a camiseta do garoto.

-Ele  vai ter o que merece - acariciou os cabelos dela - eu prometo...

Escorado na porta do camarim, Andrew encarava a cena do “casal” com o coração apertado e as mãos no bolso da calça. Maeve se soltou de Martin e secou as lágrimas com a palma da mão, respirando fundo.

- Bom - Andrew chamou atenção dos outros - eu já vou indo, toco logo depois.

- Obrigada pela ajuda, Andy - sorriu para o ex e ele sorriu de volta.

- Se precisar de algo, só chamar - disse antes de sair dali.

- Quer voltar para o hotel? - Garrix perguntou.

-Não  estou com cabeça para dormir agora - ele já sentiu - Pode voltar para a festa se quiser.

- Não, não - falou rápido - podemos ficar aqui se quiser ou dar uma volta. Tem uma praça aqui na frente – concordou.

Os dois saíram do camarim e passaram por todas as pessoas, caminhando de mãos dadas para não se perderem. Saíram do local e sentiram o vento frio de chocar com suas peles quentes. Continuaram de mãos dadas enquanto andavam em silêncio pelas ruas bem iluminadas até pararem na entrada de uma praça, onde se sentaram no banco de madeira. O silêncio continuou por longos segundos enquanto os dois encaravam o nada a frente deles.

- Eu nunca fui muito boa em me aproximar de homens - Maeve falou de repente, fazendo Martin a olhar - Eu tive vários casos, principalmente com famosos, você sabe. Mas acho que nunca consegui me entregar de verdade. – desabafou enquanto o homem só escutava atentamente - Eu tive um padrasto muito complicado e uma mãe que faria de tudo para defender ele. Sem contar qur ser atriz desde os cinco anos deixa aberto para muitos homens falarem o que quiserem - sentiu os olhos marejarem - E meus relacionamentos superficiais só contribuíram para tudo isso. Andrew sempre esteve do meu lado, foi a pessoa que mais me apoiou em todo. Eu realmente o amava - sentiu uma lágrima escorrer por sua bochecha - mas nossas vidas eram tão diferentes, eu fiquei com tanto medo dele me magoar – fungou - mas fui eu que magoei ele.

- Mae - falou calmo se aproximando para abraçá-la.

- Promete que nunca vai me magoar?  - ergueu o olhar para o homem que a abraçava.

- O que? - a olhou confusa.

- Promete que nunca vai fazer nada que eles fizeram? – fungou.

- Claro que prometo, Mae - a abraçou mais forte - eu nunca vou fazer nada para você, eu juro - falou calmo deixando o coração da ruiva confortável - eu juro...

Os dois ficaram ali por longas horas, apenas abraçados, às vezes comentando sobre algo, mas sempre no conforto dos braços um do outro. Pouco antes de começar a clarear, resolveram voltar para o hotel. Voltariam para casa ainda naquele dia e teriam que descansar um pouco, já que no avião era horrível dormir.

Maeve ainda pensava na vida enquanto tentava dormir. Desabafar com Martin tinha feito muito bem a ela. Mas mesmo que estivesse com muito sono, sentia que faltava algo para poder dormir.

Sentiu sua cama mexer e um peso foi colocado logo atrás do seu corpo.

- Martin? - virou vendo o garoto tentando se deitar sem acordá-la - O que você está fazendo?

- Eu não consigo dormir naquele sofá duro - resmungou fazendo Maeve rir de sua cara fofa que fazia quando ficava bravo.

- Posso dormir aqui?

- Contanto que não me incomode - brincou e ele riu nasalado.

- Boa noite, Garrix - se virou ficando de costas para o garoto.

- Boa noite, Mae - a garota escutou sentindo os braços do homem passarem por sua cintura, deixando seus corpos próximos.

-Martin - chamou e ele apenas respondeu com “hum?” – Nada - espantou seus pensamentos - dorme bem - se ajeitou em seus braços.




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depois de 5 decadas ne

agora to de férias, então me dêem ideias q eu atualizo rapidinho

pasión 🥀 Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora