16 - ELA

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- É mesmo necessário usar isso? – escuto a voz de Martin entrando no quarto e desviei a atenção de meu batom para olhar o garoto embolado na gravata preta.

- Eu te ajudo – ri fraco e me virei para que ele viesse até mim. Ajeitei sua gravata e sorri encarando a imagem do menino vestido com o terno azul escuro. – Prontinho.

- Obrigado – sorriu me olhando de cima a baixo – Já disse que você fica linda de preto? – perguntou e senti minhas bochechas esquentarem.

- Você já está pronto? – mudei de assunto voltando a olhar para o espelho para terminar de retocar o batom avermelhado e pude ver o reflexo de Martin apenas assentindo. – Ótimo, então vamos.

Saí do quarto sendo acompanhada por Martin é descemos juntos até a sala, onde Dulce se encontrava. A mulher elogiou minha aparência e arrumou alguns fios de cabelo que caiam sobre meu rosto. Não demorou muito para que Garrix e eu estivéssemos a caminho do salão onde ocorreria a festa de casamento.

Minhas mãos suavam e meus dedos batucavam em cima de minha coxa. Martin percebeu meu nervosismo quando olhou de relance ao parar no sinal vermelho e apertou uma de minhas mãos, me lançando o melhor sorriso confortante que conseguiu.

Por mais eu estivesse nervosa em ver as pessoas que eu não via a mais de quatro anos, sentir que Martin estava à meu lado em qualquer momento me deixava calma como se tivesse acabado de tomar um chá. Garrix era totalmente o contrário de mim. Era calmo, sempre pensava muito antes de agir e tentava achar o melhor da situação idependente de qual fosse. Eu  por outro lado, agia espontaneamente, era negativista e qualquer situação me estressava. Óbvio que eu me irritava imensamente quando eu resolvia querer brigar e Martin era a calmaria em pessoa. Mesmo que as vezes o holandês me tirava do sério, normalmente eu era a causadora dos maiores estresses da casa e juro que não sei como o garoto não me expulsou de seu apartamento ainda. Eu sempre, desde muito pequena, fui complicada de lidar e insistente em minhas escolhas, me orgulho disso pois acho que isso me ajudou crescer em toda minha carreira. Entretanto, Martin não parece ligar, ele está disposto a me aguentar e me entender e isso me cativa casa dia mais.

Senti todo o nervosismo voltar a meu corpo quando o carro foi estacionado junto a tantos outros. Respirei fundo criando coragem para sair do carro e assim que fechei a porta, Martin já se encontrava ao meu lado, pronto para pegar em minha mão e andar junto a mim o tempo todo.

Caminhamos de vagar entrando pela imensa porta de vidro e reparei muitos olhares queimarem em nós. Ignorei todos quando vi meu pai de costas e sorri grande quando ele se virou e pousou seus olhos em mim. Seu sorriso caloroso fez meu peito apertar de saudade e soltei a mão de Martin para pooder me jogar nos braços do velho grisalho.

- Mi hija – me apertou contra seu corpo – como senti sua falta.

- Também senti, papa – me afastei para limpar a lágrima solitária que escorreu em meu rosto. – Papa, esse é Martin, meu namorado. Martin, esse é Esteban, meu pai.

- É um prazer, senhor Arcato – Martin apertou a mão do velho.

- Sem formalidades, garoto. Me chame somente de Esteban – sorriu para o garoto que concordou. – Fiquei com medo de que não viesse – olhou para mim.

- Por Jhuan e Edward realmente não viria. – dei de ombros e ele me lançou um olhar triste.

- Maeve – escutei a voz doce soar e direcionei o olhar a mulher bem arrumada.

- Mama – disse séria virando meu corpo para ela, sentindo meu corpo ficar tenso.

- Fico feliz que tenha vindo – falou abrindo o mínimo sorriso que podia.

pasión 🥀 Martin Garrix Onde histórias criam vida. Descubra agora