13 - NARRADOR

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Tudo que Maeve mais queria era terminar seu banho, vestir seu pijama mais confortável e deitar para maratonar alguma série aleatória. E foi exatamente oque fez.

Respirou fundo antes de puxar seu edredom e deitar ao lado do moreno, logo sendo enlaçada por seus braços para escorar sua cabeça no peito coberto pela camiseta preta do rapaz.

- Senti falta dos nossos momentos assim – disse e a garota concordou.

Logo Atypical, a série escolhida pelos dois, começou e o garoto sabia que não levaria muito tempo até Maeve pergar no sono.

- Maeve, você viu minha... – a porta foi aberta e a luz foi acesa. Martin encarou os dois deitados sobre a cama interrompendo sua própria fala.

- Não sabe bater na porta, Garrix? – Maeve se sentou encarando o garoto.

-Desculpa, não sabia que estava acompanhada – falou ainda encarando o homem na cama, sem saber o porquê ver aquilo tinha o feito tão mal.

- Tudo bem – sorriu de lado – Lembra do Antony? – mostrou o homem que sorriu para Martin.

- Sim, lembro. É um prazer rever você, Antony – forçou um sorriso.

- Mas então – pausou – O que você queria mesmo?

- Só saber se você viu a chave do carro.

- Acho que deixei na cozinha – deu de ombros – Vai sair?

- Não sei mais. Perdi a vontade. – deu meia volta para sair do quarto.

- Martin – chamou ele de volta e ele parou para escutar –, tá tudo bem?

- Tá, tá sim – falou rápido – Vou deixar vocês a sós – fechou a porta.

Martin soltou o ar que nem sabia que segurava e balançou a cabeça, tentando espantar os pensamentos. Respirou fundo antes de voltar a seu quarto e se jogar na cama, tentando pensar em outra coisa que não fosse a cena de Maeve com outro homem.

Como ela pode? Trazer alguém na minha casa sem nem me avisar antes.

Os pensamentos rodavam sua cabeça o deixando extremamente desconfortável.

Isso é besteira. Não deveria se preocupar com quem ela sai ou deixa de sair. Isso é só preocupação de que alguém veja os dois juntos e pensem que nós não estamos juntos. Claro que é.

Quando percebeu, já estava em frente ao espelho se arrumando. Não ficaria em casa escutando Maeve e seu empresário fazendo sei lá oque. Sairia e se divertiria. Se possível traria alguém para casa também.


Martin terminou sua bebida e encarou com tédio a garota sentada a sua frente

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Martin terminou sua bebida e encarou com tédio a garota sentada a sua frente. Sua voz era tão irritante que fazia seus ouvidos doerem. E seus assuntos sobre cirurgias plásticas não deixavam Martin nenhum pouco interessado.

Garrix sorriu forçado ao ver que a garota havia terminado mais um assunto que ele não prestava a mínima atenção e pediu outra bebida.

- Você não acha que está bebendo de mais? – a garota perguntou com cuidado, vendo que o homem não estava nada sóbrio.

- Você não acha que está cuidando de mais da minha vida? – falou rude e a loira encolheu os ombros. – Sabe Evelyn...

- Eva – corrigiu e foi ignorada.

- Acho que devemos parar com esse papo e irmos ao que realmente interessa – sorriu safado e a garota sorriu também. – Que tal irmos para meu apartamento?

- E sua namorada?

- Ah, nós temos um relacionamento...bem aberto, sabe? – a menina assentiu – Tenho certeza que ela nem vai se importar com a gente. – levantou já puxando a garota para sairem dali logo.

No quarto de Maeve, ela e Antony terminavam a primeira temporada da série e, diferente do que Antony achava, Maeve se manteve acordada durante todos os episódios.

O estrondo de vidro se quebrando fez Maeve pular da cama. Antony pulou logo atrás e os dois deceram as escadas as pressas, parando ao verem alguém no sofá.

- Martin, você ouviu isso? – falou com o garoto que saiu de cima da loira com o rosto vermelho de tanto batom. – O que é isso?

- Foi mal, eu esbarrei numa taça aqui em cima – falou embolado e apontou para a mesa de centro, cheia de cacos de vidro por volta.

- Quem é essa, Martin? – perguntou sentindo seu corpo pegar fogo de raiva.

- Essa é a Emma – deu de ombros.

- Eva – corrigiu de novo.

- Você é doido de trazer alguém para casa, Garrix? E se alguém vê! – gritou.

- Ninguém vai ver, Maevezinha. E ela concordou em não contar nada pra ninguém - falou como se fosse fácil.

- Ótimo, você tem a palavra de alguém que você sequer saber o nome – falou irônica. – Desculpa o transtorno Emma...

- Eva – tentou corrigir mais uma vez.

- Mas você pode, por favor, se retirar?
– sorriu forçado e a garota concordou, logo juntando suas coisas para sair.

- O quê? Não! – Martin protestou – Você não pode mandar ela embora agora.

- Não só posso, como já mandei. – esbravejou e observou a menina saindo do apartamento. – Você é burro ou se faz? Sair na rua com uma garota? Encher a cara? E ainda trazer ela para casa? Vai fazer mais o que? Tirar foto do contrato e postar no instagram?

- Para de exagerar Maeve – disse de saco cheio.

- Você acha que eu estou exagerando? – cruzou os braços.

- Sim, acho. Não fui o único a trazer alguém para casa – encarou Antony.

- Isso é extremamente diferente, Garrix – balançou a cabeça.
- Pois eu não acho.

- Ele é meu empresário, cabeção – falou óbvia.

- Lá no quarto ele parecia mais que isso - falou irritado.

- Talvez porque ele também seja o meu melhor amigo. Eu cansei disso Garrix. – falou cansada – Você consegue ser ainda pior bêbado. – bufou e voltou a subir as escadas para seu quarto.

Martin suspirou irritado e socou o sofá. Por que ela tem que ser tão complicada?

- Cara – Antony se pronunciou pela primeira vez e Martin o olhou – eu sou gay – disse antes de também subir as escadas.

Martin murchou os ombros e encarou a imagem do homem sumir no fim das escadas.

Eu estava com ciúmes de um cara gay?






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