As ruas de uma certa feira estão bastante movimentadas, como sempre foram. Em meio ao grande número de pessoas, as costas de duas parecem se destacar pelas suas vestimentas e diferença de altura.
Vasto e Rertz avançam pela multidão.
O anão novamente trocou os seus equipamentos, ele agora usa uma armadura negra mais robusta do que a anterior, sua espada grossa está presa em suas costas por alguns laços em volta do metal, esses que podem ser abertos por um lado sem se danificarem se Vasto forçar a arma pelo cabo. Rertz por outro lado usa o conjunto simples de uma armadura leve, essa que o propõe uma boa liberdade em variedade de movimentos possíveis. Apesar de não parecer grande coisa, Rertz está com o corpo mais bem moldado do que antes, isso é perceptível mesmo com os equipamentos que usa. Dois cintos se cruzam pela sua cintura, ambos têm vários bolsos fechados espalhados por suas extensões. Um deles tem uma espada embainhada de proporções padrão.
— ...A última missão foi uma lástima, totalmente sem graça! — reclama o anão. — Não teve dificuldade o suficiente nem para fazer você mostrar seu elemento! Fora que...
"Eu não entendo..." Rertz esboça uma expressão de estranheza, um de seus olhos se mantém meio fechado, como se fosse um hábito costumeiro quando ele sente essa sensação. "Enfrentar um monte de ratos gigantes definitivamente é perigoso... os Surios ainda mais pelo seu veneno de forte acidez. (...) Pensando bem, se fosse só eu contra aquelas coisas, não acho que perderia, mas, com certeza não seria fácil abater todos. Mesmo assim, Vasto acabou com todos em uma velocidade absurda..."
— Ei, está me ouvindo?!
— Vasto, você ficou bem mais forte desde que nos conhecemos. Por um instante, achei que o impressionaria com os resultados que tive no treinamento, porém, agora vejo que isso foi uma fantasia inocente.
— Ha! Eu sei que sou muito forte, não precisa dizer o óbvio. Rertz, não se menospreze, você deu "saltos" interessantes com esse tempo que passou com o velhote.
— Hahaha... Vamos, não diga dessa forma, soa estranho. — O rapaz fecha seus olhos e molda um sorriso fechado. — Isso é verdade, nunca esperei que fosse possível para mim o feito de me tornar o que sou atualmente. — ele levanta seu braço para próximo de seu rosto e observa sua mão fechando com rigidez. — Antigamente observava em segredo os aventureiros e cavaleiros que visitavam a loja, eu tinha inveja de suas fortes impressões de imponência, disciplina e independência que passavam. Não achei que algo assim fosse possível para alguém do meu tipo, porém, veja, pude sobreviver esses tempos sem "ele". Sou grato por tê-lo conhecido, Vasto.
— Hahaha! Não agradeça, não é necessário. — o anão forma um sorriso animado. — Eu só fiz o que fiz porque queria algum companheiro interessante para minhas missões. Também achei que seria um desperdício alguém como você preso naquele lugar. Isso é tudo.
— Entendo. — com uma expressão animada, o alquimista se foca no caminho pelo qual caminham.
Os dois aventureiros desaparecem no movimento de pessoas pela rua, ao menos foi assim por um momento, repentinamente o anão avança sobre uma tenda ao lado de onde passam, uma que vende variados tipos de carne assada. Assim como algumas pessoas, Rertz foi jogado ao solo de modo patético pelo movimento súbito de seu aliado. Vasto, que está bastante animado, coloca algumas moedas no balcão e vai apontando para as carnes que deseja da grande churrasqueira arcaica, o vendedor corresponde agindo rápido para pegar as partes escolhidas.
----------
Algumas horas passaram, o dia prossegue com um sol radiante.
— Ei, o que raios alguém como você faz aqui, hã?! — fala o anão em tom agressivo para o imponente bárbaro que está próximo. Sim, esse é Sourlthem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
LA: A Floresta do Céu de Trevas (FCT)
Fantasía"Um anão, aldeões, um grupo de aventureiros e homens da cidade; um grupo de desconhecidos sobrevivendo as calamidades da floresta. A oportunidade de voltar para casa é um luxo que será disputado com todas as forças." 2° Lugar no concurso Million Dre...