-- Capítulo 3: Preparativos dos Determinados --

116 31 100
                                    

Terra de Descidas, esse é nome de um continente, um espaço repleto de grandes relevos e florestas com formatos arredondados que não se conectam; território dividido por quatro reinos que sustentam relações pacíficas entre si. Apesar de não haver muitos rios o cortando, chuvas são bastantes comuns nesse continente, não mais que as minas — as valiosas minas — que são descobertas frequentemente por todos os lados, tendo seus recursos usados como produtos de venda para o exterior.

Tantas possibilidades fizeram esse lugar ser cobiçado por muitos estrangeiros, em precaução a isso, os governos da Terra de Descidas chegaram a um acordo para lidarem juntos contra as ameaças de fora, provando, com o tempo, a eficiência da parceria, a fazendo perdurar até os dias atuais. Um sucesso sustentado pelos estrategistas dos quatro cantos, que conseguiram adaptar seus planos para enfrentar qualquer necessidade, como imigrações e contrabandos, que foram barrados aos montes por todas as partes, mantendo viva a "pureza" dessas terras, rodeando-se de mistérios para os de fora.

A Floresta do Céu de Trevas — ou, como é realmente conhecida: A Floresta Esquecida — se localiza próxima da divisa entre os reinos do norte e leste, tendo um tamanho vasto o suficiente para uma travessia em seu interior demorar por volta de um mês, um prazo afetado pela dificuldade de atravessar a vegetação e passar pelos relevos, o que não chega a ser todo o problema.

Essa região também é evitado por conter uma vasta gama de criaturas e plantas mortais, os culpados pelos desaparecimentos dos que já se aventuraram por essa região, e, como suas riquezas são mais facilmente obtidas em outros lugares, essa floresta só é escolhida para ser explorada em último caso, como se fosse uma terra amaldiçoada.

Com o passar dos anos, boatos surgiram sobre cada vez mais desaparecimentos estarem acontecendo pela região, e também, que o lugar parece mais sombrio e amedrontador do que no passado.

----------

Há cinco horas de carroça da floresta existe uma aldeia, composta por casas simples, porém, construídas de forma compatível com o terreno inclinado, havendo algumas parcialmente coladas no chão através das tábuas. Os moradores dessa zona sobrevivem com a venda de um pó amarelo conhecido como porte, que pode ser garimpado das rochas ao ar livre.

Cedo da manhã, um homem baixo de pele branca, com 1,63 m de altura, quebra uma pedra com as pancadas de picareta; ele tem um cabelo grisalho devido a sua idade um pouco avançada, ainda mantendo um corpo forte graças aos longos anos de trabalho. Próximo dele está outro homem de aspecto parecido, obviamente parentes, porém, esse é mais jovem — no centro da meia-idade —, possuindo um cabelo negro e expressão com bem menos rugas.

Os dois possuem uma expressão fechada, nada simpática para qualquer um próximo; suas roupas de couro são simples, mas robustas o suficiente para espantar o frio constante que é gerado pela umidade das chuvas, que acontecem quase sempre por essa zona.

O solo desse lugar não é adequado para plantio, fazendo com que aguaceiros sejam mais inconvenientes do que úteis para os moradores, pois, água potável há em abundância dentro dos poços.

Após horas se passarem, os dois param de trabalhar ao notarem uma carroça de rodas grossas se aproximando ao longe. Ela é puxada por animais semelhantes a cavalos, havendo dentro algumas pessoas com equipamentos que se destacam por refletirem o brilho do sol. Um grupo de aventureiros acaba de chegar no território dessa comunidade.

O transporte é estacionado ao lado da aldeia, em seguida, dois daqueles indivíduos descem para falar com o ancião do lugar. Durante a conversa, os dois moradores de cara fechada se aproximam.

— São essas as pessoas que vocês procuram — disse o ancião para a dupla.

— Então vocês que serão meus chefes? — fala o aventureiro em um tom humorado, destacando-se pela espada que carrega nas costas.

LA: A Floresta do Céu de Trevas (FCT)Onde histórias criam vida. Descubra agora