A grande lua e o céu repleto de estrelas seguem radiantes. Com o tempo, um som de estrondo e em seguida de algo sendo arrastado pelo solo soam, isso se repete mais algumas vezes. Poeira é levantada, a silhueta de um anão é constantemente empurrada para trás pelo ser magrelo. Sangue continua escorrendo das bordas da boca de Vasto, seu olhar sério com indícios de fraqueza ainda consegue seguir focado no inimigo. Ele ainda mantém a Ordelix a frente do corpo, como um escudo.
A criatura parece nervosa, como se atacasse em desespero. As memórias da difícil luta que teve contra Polaris ainda estão frescas em sua mente. O monstro segue desferindo estocadas e socos com seus braços longos. Em uma árvore não tão distante, repousa o corpo sem forças do espadachim. Lhe falta um braço, seu pulmão foi perfurado, incontáveis feridas severas estão espalhadas por seus membros e tronco, na parte de trás de seu corpo, é onde existe o maior indício do preço que ele pagou para usar aqueles movimentos com propulsão. Sua carne havia sido corroída severamente pelas suas próprias chamas. Apesar disso tudo, algo notável ainda é emitido dele para o anão.
As batidas de um coração soam, como o esperado, isso não é algo que os exímios ouvidos de Vasto deixariam passar.
"Essa coisa é previsível... Quando faz algum balanço lateral, significa que vai socar, se ataca com direto, significa que vai dar uma estocada com seus dedos." considera o anão. "Mas, algo é fato. Mesmo com esse padrão previsível, o seu alcance, velocidade e força estão em níveis absurdos."
Quando a criatura está quase acertando outro soco na Ordelix, Vasto age. Ele esquiva se abaixando, o que fez o braço do monstro passar ao encontro do nada, porém, o anão não apenas se abaixou, ele fez isso ao mesmo tempo em que encurtou a distância entre os dois. Pela postura em que age, Vasto não pode lançar um golpe com a espada, isso ao menos considerando que ele ainda tenha forças para tal. O anão chuta, ou melhor, empurra a frente do tornozelo de seu oponente, o fazendo instantaneamente cair a frente de maneira desengonçada. Com perícia, Vasto usou o poder embutido no movimento do ser magrelo contra ele mesmo.
Quando a criatura começa a se erguer, o anão se vira e cospe bastante sangue em seu rosto, o que de imediato deixa o monstro atordoado. Vasto não perde a oportunidade, com uma encarada sinistra ele gira seu corpo e projeta uma ofensiva com seu único braço. A Ordelix corta o ar, repelindo uma quantidade considerável de poeira em volta. O alvo desviou indo para trás. Comparado com os poderosos balanços de armas demonstrados por Polaris e essa criatura, o de Vasto pareceu insignificante, mesmo se tivesse acertado, talvez nem teria machucado direito a carne do monstro.
O ser magrelo domina a luta outra vez, lançando o anão para longe com sua pancadas furiosas. Em certo momento, ele lança uma estocada visando a cabeça de seu inimigo e, pela velocidade embutida, parece que terá êxito. O som de uma batida de coração ecoa. Em um instante Vasto sai do trajeto da ofensiva e se aproxima, coloca sua perna por volta na do inimigo mais pra frente e em seguida gira, o derrubando outra vez com facilidade.
No ar, pela forma que suas trevas se movem por seu corpo, o monstro parece ter sido surpreendido, assim não esboçando nenhuma reação. Vasto pisa forte a frente, com uma expressão enfurecida ele golpeia com a Ordelix. O ataque atinge o solo, causando uma explosão de terra pelo local. O resultado da ofensiva surge quando a poeira se dissipa, o vermelho escorre para o solo. O ombro direito do anão foi perfurado pelos dedos da criatura. Vasto sua frio pelo rosto, esse que esboça uma expressão tensa. Mesmo da posição ruim em que está, a criatura conseguiu encaixar um ataque perigoso.
Vasto salta para trás ao mesmo tempo em que acerta a articulação da mão do oponente com a ponta do cabo de sua arma. A criatura desfere uma estocada usando seu outro braço, visando o coração do oponente. O anão pula para trás, nesse instante ele gira o pomo da Ordelix que está em contato com a pele do monstro, e puxa seu corpo em sentido contrário ao da arma, fazendo com que os dedos do ser magrelo saírem de sua carne com o efeito do ato. Só que, enquanto ainda se encontra no ar, Vasto é acertado por uma poderosa pancada nas costelas esquerdas. Ossos trincam, o anão é arremessado para longe até se chocar contra o muro alto da caverna. Uma explosão acontece com a colisão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
LA: A Floresta do Céu de Trevas (FCT)
Fantasia"Um anão, aldeões, um grupo de aventureiros e homens da cidade; um grupo de desconhecidos sobrevivendo as calamidades da floresta. A oportunidade de voltar para casa é um luxo que será disputado com todas as forças." 2° Lugar no concurso Million Dre...