CAPÍTULO 14 - ZOEY

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CAPÍTULO 14 - ZOEY
-Chamando você? Que diabos você quer dizer? Não estou ouvindo nada - continuei olhando
assustada em volta, esperando o bicho-papão pular em cima de mim.
- Não - ele balançou a cabeça. - Você não pode ouvir. Nem eu mesmo realmente ouço. Meu pai
consegue me chamar por meio de sangue imortal que nós compartilhamos. Eu achava que ele não
seria mais capaz de fazer isso depois que Nyx me transformou - ele olhou longe, parecendo totalmente
infeliz. - Mas eu não sou totalmente humano. Ainda sou uma mistura de besta, humano e imortal. Eu
ainda compartilho o sangue com ele. - Ei, tudo bem. Você está fazendo o melhor que pode. Eu vejo o
modo como você olha para Stevie Rae. Sei que você a ama. E Nyx em pessoa o perdoou. Ele assentiu e
passou a mão pelo rosto, o que me fez perceber que ele tinha começado a suar. Muito. Obviamente,
ele percebeu que eu percebi e disse; - É difícil não responder ao seu chamado. Eu nunca resisti a ele
antes. - Olha só, fique aqui. Vou chamar Stark, Darius e Stevie Rae. Daí você pode seguir o chamado de
Kalona. Nós vamos todos com você para mostrar a ele que você realmente é um de nós e que ele tem
que deixar você em paz. - Não! Eu não quero que todos saibam que ele está aqui. Principalmente
Stevie Rae. Ela acha que eu tenho que dar as costas completamente a ele, mas é tão difícil! - ele juntou
as mãos, como se estivesse implorando que eu entendesse. - Ele ainda é meu Pai.
Apesar de não querer, eu estava começando a entender o que ele estava dizendo. - Minha mãe
errou. Ela preferiu um cara em vez de mim, mas lá no fundo eu ainda a amava e queria que ela me
amasse. Queria que ela me amasse de verdade. Acho que a parte mais difícil de ela estar morta é que
não há mais nenhuma chance de ela ser minha mãe de novo. - Então você entende - ele falou. - É, de
certo modo acho que sim, mas eu também concordo com Stevie Rae. Veja bem, Rephaim, você pode se
sentir como qualquer outro garoto que tem um pai completamente louco, mas o problema na sua casa
é que o seu pai não é apenas um Zé Mané qualquer. Ele é um imortal perigoso que está do lado errado
de uma batalha muito real do bem contra o mal. Rephaim fechou os olhos, como se minhas palavras o
tivesse ferido fisicamente. Mas ele assentiu e, quando abriu os olhos novamente e me encarou, pude
ver a força da sua decisão. - Você está certa. Tenho que enfrentá-lo e fazê-lo entender que nós
realmente temos caminhos separados. Venha comigo para que eu tenha faça isso. Por favor, Zoey. -
Tudo bem. Deixa só eu chamar Stark... - Só você. Sei que isso é idiota, mas não quero humilhar meu
pai, e se eu fizer isso na frente de Stark vai ser um grande insulto. - Rephaim, eu não posso ir sozinha.
Você está se esquecendo de que seu pai tentou me matar? - Neferet aprisionou o corpo dele e o
obrigou a seguir você no Mundo do Além. Ele não queria. Ele nunca quis machucar você. Zoey, meu Pai
me disse que ele não ia matar você nem nenhuma Grande Sacerdotisa da Deusa. - É serio, se liga -
balancei minha cabeça incrédula. - Kalona não hesitaria em matar qualquer um que se colocasse no
caminho do que ele quer. - Você já foi próxima a ele quando ele escapou da terra. Você pode
realmente dizer que nunca notou um vislumbre do guerreiro de Nyx ainda dentro dele? Eu hesitei sem
querer me lembrar do quanto fui tola antes de Heath ser morto.
- Kalona matou Heath porque eu fui idiota o bastante em baixar a guarda perto dele. - Heath
não era uma Grande Sacerdotisa a serviço de Nyx. E você não me respondeu. Diga sinceramente. Você
percebeu de relance o que ele já foi um dia, não percebeu? Pela milionésima vez, eu desejei sabermentir. Suspirei. - Está bem, sim. Achei ter visto o que ele já foi um dia. Pensei que enxerguei nele o
guerreiro de Nyx - respondi honestamente e então acrescentei: - Mas eu estava errada. - Acho que
você não estava pelo menos não completamente. Acho que esse guerreiro ainda está dentro dele.
Afinal, depois de tudo, ele realmente permitiu que eu fosse livre para escolher meu próprio caminho. -
Mas ele não está deixando que você se liberte dele. Ele está aqui, chamando por você. - E se ele estiver
me chamando porque sente minha falta?! - Rephaim gritou e passou a mão no seu rosto tenso e
suado. Com uma voz mais controlada, ele continuou: - Por favor, Zoey. Eu prometo a você que não vou
permitir que meu pai a machuque, do mesmo modo que nunca vou deixar que ele machuque Stevie
Rae. Por favor, venha comigo e seja testemunha de que eu rompi com ele, para que ninguém da
Morada da Noite possa questionar a minha lealdade - então ele disse uma coisa que fez eu me
transformar na Rainha da Idiotolândia. - Ele não me viu desde que virei um garoto. Talvez, quando ele
vir a prova do perdão de Nyx, o guerreiro dentro dele desperte. Nyx não gostaria que você desse mais
uma chance ao seu guerreiro? Olhei para ele e vi o que Stevie Rae deve ter visto quando se apaixonou
por ele. Basicamente, ele era um garoto fofo que queria que seu pai o amasse. - Ah, que inferno - eu
disse. - Tudo bem. Eu vou com você desde eu a gente não saia do campus. E saiba que, se eu ficar
assustada, perturbada ou qualquer coisa assim, Stark vai sentir e vir correndo com seu arco que não
pode errar, qualquer que seja o alvo para onde ele atire. E juro que ele vai atirar. Não posso fazer nada
quanto a isso. Rephaim pegou meu braço e começou a praticamente me arrastar em direção ao muro
leste. - Não vou colocá-la em perigo. Você não vai sentir nenhuma dessas coisas.
Eu ia falar sobre galinhas nascerem com dentes, mas em vez disso poupei meu fôlego e corri
para acompanhá-lo. É claro que eu sabia onde estávamos indo. Fazia todo o sentido. - A árvore idiota
pelo muro idiota - falei de modo ofegante. - Não estou gostando nada disso. - É fácil chegar lá e não
costuma ter ninguém por perto - Rephaim explicou. - É por isso que ele está lá. - Isso não deixa as
coisas nem um pouco melhores - respondi. Nós corremos pelo gramado. Olhei sobre o meu ombro.
Pude ver a iluminação a gás do estábulo que alcançava aquela área do campus, e eu estava pensando
que provavelmente eu deveria abdicar do meu reino na "Idiotolândia" e enviar um pedido de ajuda
mental assustado para Stark quando de repente Rephaim diminuiu o passo e então parou. Voltei
minha atenção e meu olhar para o que estava acontecendo na minha frente e vi Kalona parado em pé
ao lado da árvore rachada. Ele estava de costa para nós. Mais tarde eu tive tempo para pensar no fato
que ele deveria pelo menos estar olhando para a direção de onde ele sabia que Rephaim viria, mas na
hora a sua presença ofuscou tudo, e ele sabia disso. Ele era alto, forte e, como sempre, estava nu da
cintura para cima. Suas incríveis asas negras estavam dobradas em repouso, e parecia que um deus as
havia feito com pedaços do céu da noite. Eu tinha me esquecido de como ele era bonito, poderoso e
majestoso. Cerrei os dentes e me sacudi mentalmente. Eu não havia me esquecido de como ele era
perigoso. - Pai, eu estou aqui - Rephaim disse com uma voz que soou tão pequena e infantil que eu
coloquei minha mão na dele, que ainda segurava meu braço. Kalona se virou. Seus olhos âmbar se
arregalaram. Por um momento, seu rosto perdeu toda a expressão e ele pareceu completamente
atordoado. - Rephaim? É você mesmo, meu filho? Senti o tremor que atravessou o corpo de Rephaim e
apertei mais sua mão. - Sim, pai - sua voz ficou mais forte enquanto ele falava. - Sou eu, Rephaim, seu
filho. Eu sabia que o imortal já tinha fingido um monte de coisas. Sabia que ele estava do lado das
Trevas e era um assassino, um mentiroso e
um traidor. Mas acho que vou me lembrar pelo resto da minha vida do rosto de Kalona ao ver
Rephaim naquele dia. Por um instante, Kalona sorriu, e tanta alegria encobriu seu ser que acabeisoltando Rephaim. Fiquei parada ali, boquiaberta, pasma com a felicidade de Kalona. E percebi que na
expressão dele o mesmo amor que eu vira no seu olhar para Nyx no Mundo do Além. - Nyx me
perdoou - Rephaim disse. Aquelas três palavras apagaram a alegria de Kalona. - E então ela o
presenteou com a forma de um garoto humano? - o imortal falou com uma voz sem emoção. Pude
sentir a hesitação de Rephaim e eu sabia que ele ia fazer o que eu costumava fazer muito
frequentemente (contar toda a verdade quando o melhor era ficar de boca fechada), então eu falei
rapidamente por ela a versão mais curta e semicorreta da história. - Sim, ele é um garoto agora O olhar
de Kalona se voltou para mim. e está com a gente.
- Zoey, você parece muito bem. Pensei que meu filho era companheiro da vermelha. Ela o esta
compartilhando com você? - Eca, não. Aqui não é esse tipo de escola. Ela é minha amiga, só isso - eu
disse, afastando totalmente a lembrança de como Kalona havia ficado mexido quando viu Rephaim.
Este é o verdadeiro Kalona, lembrei a mim mesma. - E você não precisa ser tão ridículo. Você chamou
Rephaim, não o contrario. - Sim, eu chamei meu filho. Não uma Grande Sacerdotisa Novata. - Eu pedi
que ela viesse comigo falar com você - Rephaim explicou. - Você pediu para Zoey vir e não a Vermelha.
Isso é porque ela já está se cansando de você? - Não, e o nome dela é Stevie Rae e não Vermelha. Eu
sou o companheiro dela e vou continuar sendo - toda aquela adoração pelo papaiherói tinha sumido
da voz de Rephaim e eu gostei disso. - Foi por isso que eu respondi ao seu chamado, porque eu
precisava dizer a você, assim como eu disse a Nisroc, que vou trilhar o caminho da Deusa com Stevie
Rae. É isso o que eu quero. É isso o que eu vou querer para sempre. - Sempre é um tempo muito longo
- Kalona falou. - Sim, eu sei. Passei uma boa parte dele fazendo tudo que você mandava.
-Você passou esse tempo sendo meu filho! - Não, pai. Na verdade, não. Estou começando a
entender que só há uma diferença real entre as Traves e Luz, que é a capacidade de amar. Quando eu
estava seguindo suas ordens, havia obrigação, medo e intimidação entre nós, mas muito pouco amor.
Eu esperei Kalona explodir, mas em vez disso os seus ombros desabaram e ele desviou os olhos, como
se não quisesse continuar a sustentar o olhar firme de Rephaim. - Talvez as circunstâncias tenham me
deixado mal preparado para ser pai - ele disse devagar. - Você é produto do ódio, do desespero e da
luxuria. Acho que deixei que isso moldasse o nosso relacionamento. Eu senti a esperança de Rephaim.
Era como se ele a exalasse através da sua pele e da sua voz. - Isso não tem que continuar a moldar o
nosso relacionamento - ele disse também devagar. Surpresa reparei que os dois soavam incrivelmente
parecidos. Dei uma olhada em Rephaim e reconheci a forma dos seus olhos, da sua boca, do seu queixo
e, depois de ver a semelhança familiar, pensei em como não havia percebido antes. Não era de se
espantar que Rephaim fosse tão bonito; ele parecia com o pai. - Você deseja um novo começo entre
nós, assim como a sua nova vida - Kalona concluiu. Ele não havia formulado a frase como uma
pergunta, mas Rephaim a respondeu assim mesmo. - Sim, pai. Kalona olhou para mim. - E os seus
novos amigos? Acho que eles não vão aceitar nunca o fato de que eu e você não somos inimigos. -
Bem, eu não posso falar por todos os novos amigos dele, mas pessoalmente eu não me importo com o
tipo de relacionamento que ele tenha com você, desde que você nós deixe em paz - eu afirmei. - É com
Neferet que você tem que se preocupar. Se você realmente não está mais com ela, então posso jurar
que ela não vai aceitar o fato de que você e Rephaim não são inimigos. - Neferet não tem controle
sobre mim! - a voz poderosa de Kalona roçou minha pele e eu estremeci com a familiaridade do seu
toque gelado.Sim, tanto faz - eu disse com indiferença forçada. - Não estou falando sobre controle. Estou
falando do faro que você e ela estão do mesmo lado, e ela está afundada nas Trevas. Ela não vai deixar
alguém com seu poder do lado de fora do jogo. - Neferet perdeu a possibilidade de ter qualquer
aliança comigo quando aprisionou meu corpo e usou meu espírito. Você deveria saber, Zoey Redbird,
que Neferet tem um novo Consorte. Revirei os olhos. - Aurox não é Consorte dela. Ele é só mais um dos
seus subordinados. - Eu não estava falando da criatura dela. Eu estava falando do touro branco. Encarei
Kalona. - Você está falando serio. - Ele está - Rephaim disse. - E por que você iria me contar isso? Nós
não somos amigos. Não somos aliados - eu falei com firmeza. - Nós poderíamos ser. Temos um inimigo
comum - Kalona sugeriu. - Acho que não podemos. Você está irritado com Neferet, pelo menos nesta
fração de segundo. Eu estou lutando contra as Trevas em geral. E esse é o lado em que você
normalmente está. - Ele pediu um novo começo - Rephaim interveio. Levantei os meus olhos para o
garoto realmente fofo, esperançoso e ingênuo que estava do meu lado. - Rephaim, Kalona não virou do
bem de repente - tudo o que eu podia pensar era: Stevie Rae vai me matar se eu levá-lo de volta para
ela com uma atitude sobre o pai dele do tipo "tudo está maravilhoso, bonito e perfeito". - A gente não
consegue fazer que as outras pessoas sejam como a gente quer, só porque a gente quer muito. - Eu
não tenho a intenção de ser do bem - Kalona disse. - Assim como também não tenho nenhum interesse
específico em ser do mal. Simplesmente desejo a queda da Tsi Sgile. Ela me feriu, e eu quero cobrar
minha vingança. - Então, o que isso significa exatamente? - perguntei.
- Significa que nós temos um inimigo comum. Vou ajudar você a livrar a Morada da Noite da Tsi
Sgili, que se disfarça de Grande Sacerdotisa de Nyx, e da criatura dela, Aurox. - Pai, você se
apresentaria ao Conselho Supremo, para contar o que você saber sobre Neferet? - Que beneficio isso
iria trazer? - Kalona perguntou rapidamente. - Eu não tenho provas para sustentar minhas acusações.
Eu iria acusá-la de tomar o touro branco com Consorte. Ela negaria. Eu presumo que ela tenha
apresentado a sua criatura como um presente divino, certo? - Sim, certo - eu respondi. -Aurox é
supostamente um presente de Nyx. - Deixe-me adivinhar... a Deusa não apareceu e denunciou a
criatura de Neferet. - Você sabe que isso não aconteceu - eu afirmei. - É claro que não - Kalona
balançou a cabeça em óbvia contrariedade. - E porque a sua Deusa permanece em silencio, não há
nenhuma prova de Nyx. Seria a minha palavra contra a de Neferet, e o Conselho já acredita que ela me
baniu do seu lado. Elas iriam pensar que eu estou mentindo para me vingar. - E você não está? -
perguntei. - Quero dizer, você não disse que é isso o que você quer vingança? - Não quero que ela seja
repreendida por um despacho do Conselho, que tenha uma punição leve e seja enviada para um lugar
ermo para supostamente servir à Deusa. Quero que ela seja destruída. O ódio frio na voz dele me fez
estremecer de novo, mas eu não podia argumentar com a sua lógica. Eu não queria matar Neferet. Que
inferno, eu não queria matar ninguém. Mas eu sabia no funcho do coração que, se ela não fosse
destruída, iria acabar causando dor e sofrimento inimagináveis para todos nós. - Você vai ter que
explicar nos mínimos detalhes. Você está falando em matar Neferet? - Eu não posso matá-la, ela virou
imortal - o olhar intenso dele sustentou o meu. - Só Neferet pode causar a sua própria destruição. Meu
cérebro parecia que ia explodir. - Não tenho a menor idéia de como levá-la a fazer isso.
- Eu posso ter alguma idéia - Kalona afirmou. - Ela se uniu ao touro brando. Neferet acredita que
pode controlar o poder dele. Ela está muito errada. - Ele é a chave para a destruição dela? - Rephaim
perguntou. - Talvez. Nós devemos observar e esperar por um tempo. Ver o que ela está fazendo, qual
vai ser o seu próximo passo - Kalona disse. - Isso vai ser fácil com vocês vivendo aqui na Morada da
Noite com ela. Observe-a bem, meu filho. - Nós não estamos vivendo aqui - ele falou antes que eupudesse impedi-lo. - Estou morando com Stevie Rae, Zoey e o resto deles na estação. - Vocês estão lá?
Que interessante. Todos os novatos vermelhos estão na estação com vocês? - Não, Neferet trouxe os
outros novatos vermelhos, os que não fazem parte do grupo de Stevie Rae, para a Morada da Noite.
Agora eles estão aqui - Rephaim contou. Franzi a testa para Rephaim e olhei para ele com cara de por
favor, fique quieto. - Isso pode ser interessante. Eles interferem no equilíbrio entre Luz e Trevas nesta
escola. - Sim - Rephaim disse. - Há também uma novata que consegue... - Que consegue ficar de boca
fechada e não contar os nossos assuntos para todo mundo - terminei por Rephaim, fuzilando-o com os
olhos. Kalona sorriu deliberadamente. - Você não confia em mim, pequena A-ya? Senti meu coração
congelar por inteiro. - Não. Eu não confio em você. E não me chame mais por esse nome. Eu não sou A-
ya. - Ela está dentro de você - ele respondeu. - Posso senti-la. - Ela é uma parte do que eu sou hoje,
então pode parar. O seu tempo com ela acabou. - Pode ser que um dia você aprenda que vidas
passadas retornem ao presente - ele disse.
- Por que você não prende a respiração até isso acontecer? - falei com falsa delicadeza. Kalona
riu alto. - Você ainda me diverte. - E você ainda me enoja - afirmei. - Será que não podemos ter uma
espécie de paz entre nós? - Rephaim perguntou. - Nós podemos ter uma trégua - eu respondi,
voltando-me para Rephaim e o forçando a sustentar meu olhar. - Mas isso não é paz. Também não
quero dizer que vamos confiar nele e contar nossos assuntos para ele. Você precisa ter isso claro na
sua cabeça, Rephaim, ou você tem que ir embora com ele agora mesmo. - Eu vou ficar com Stevie Rae -
ele disse. - Então se lembre de que lado você está - eu o adverti. - Você pode ficar tranquila que eu não
vou deixar que ele se esqueça disso - Kalona falou. - Bem, e você deve saber que Rephaim tem um
monte de amigos que se importam com ele, e nós não vamos deixar que ele seja usado por você.
Kalona me ignorou e se dirigiu ao seu filho. - Se você precisar de mim olhe para o oeste e siga o nosso
sangue - ele começou a abrir as asas. - Lembre-se de que você é meu filho, porque eu garanto que
aqueles que estão em volta de você nunca vão se esquecer disso - ele subiu ao céu e, com poucas e
poderosas batidas das suas asas, Kalona desapareceu na noite.

Destinada the house of nigth Onde histórias criam vida. Descubra agora