Quem ela é?

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                        [Amanda]

Era o dia da festa dos gêmeos, estava um clima feliz. Todos que chegavam entregavam presentes para eles. Eu também tinha que dar os meus.

— Ei, venham aqui. — Eu chamei os dois para um lugar quieto, estava parecendo um pedófilo chamando criancinhas para um beco escuro.

— O que foi? — Dipper falou baixo.

— Aqui o presente de vocês, como eu gosto de livros, eu decidi dar livros de presente. — Falei entregando uma caixa grande para cada um. — Eu acho que esses livros são a cara de vocês. Pro Dipper, a coleção de livros do Dan Brown, acho que esses livros combinam com você. E pra Mabel, eu acho que você daria uma bela fujoshi, então resolvi te dar uma coleção de yaoi bem light pra começar.

Os dois me abraçaram e agradeceram.

Eu voltei para a festa, mas tinha alguma coisa que me impedia de ficar alí, tinha algo me chamando para ir naquele lugar, na estátua do Bill.

Eu saí de fininho e fui até o meio da floresta onde tinha uma estátua do Bill afundada no meio da grama. Eu sentei no chão na frente dela.

— Cara, você foi um grande idiota, poderia ter ficado vivendo de boas, mas você preferiu dominar o mundo, isso nunca daria certo, nenhuma pessoa ou demônio que tenta dominar o mundo se dá bem. Espero que tenha aprendido a lição, seu idiota.

Eu me levantei e dei de cara com um garoto de cabelo azul.

— Will?! Que susto! — Eu gritei surpresa.

— Desculpa. — Ele falou baixo.

— Tudo bem.

— Você realmente gostava dele, né? — Ele falou com um sorriso.

— Talvez. — Eu ri, senti meu rosto esquentar.

— Posso... — Ele parou de falar. — Te contar um segredo?

— Claro.

— O Bill não morreu.

— Como? — Falei surpresa.

— É, ele não está morto.

— Mas... Mas...

— Ele só perdeu uma boa parte dos poderes, mas ele não morreu.

— Que bom... — Falei baixo.

— Você parece triste. — Ele se aproximou.

— Não é nada.

— Agora você vai poder ficar com ele, o Bill é praticamente um humano agora, tirando a parte que ele pode ler mentes e algumas coisas a mais. — Ele riu.

— Adoraria, mas eu não posso.

— Por que? — Will parecia confuso.

— Meu tempo aqui está acabando, logo vou ter que voltar de onde eu vim. — Falei triste.

— Como assim?

— Você nunca ouviu falar da quarta parede? — Ele negou com a cabeça. — Então, eu vim de um lugar em que toda a história de Gravity Falls não passa de um desenho para crianças.

— Isso não faz sentido nenhum.

— Eu sei. — Eu ri.

— Mas... Como? — Dava para ver a confusão pura no rosto do Will.

— Eu não tenho como explicar, você não entenderia.

— Então depois que os gêmeos irem embora... — Ele não terminou de falar.

— Ninguém aqui mais vai existir, nem você, nem o Bill, nem o Derek e muito menos o pessoal da Cabana. Vão todos ser apenas memórias. Talvez vocês tenham uma história continuada por outra pessoa em histórias ou livros, mas apenas isso.

— Nossa...

— Confuso demais, não é?

— Muito.

— Como você acha que eu sabia das coisas que iriam acontecer? Como eu sabia do Estranhagedon? — Eu olhei para Will.

— Não sei...

— Como eu disse, lá de onde eu vim, tudo o que eu vivi aqui passou na televisão como um desenho animado. Por isso eu sabia o que iria acontecer, eu já tinha visto isso acontecer várias vezes.

— Isso foi muito choque de realidade, eu preciso pensar, preciso ir... Tchau. — Ele saiu um pouco estranho.

Voltei para a Cabana, fiquei um pouco melhor em saber que o Bill não tinha morrido.

A festa já tinha acabado, o dia já tinha acabado, agora era o dia em que os gêmeos iriam embora.

Nós fomos nos despedir deles. Antes de Mabel entrar no ônibus ela me entregou um envelope, dentro dele estava uma carta e várias fotos que nós tínhamos tirado durante o verão. As fotos do dia em que fomos pescar com o Stan, da festa em que Mabel conheceu as amigas dela, a festa dos zumbis, e várias outras. Tinha uma foto que me chamou a atenção, nela estávamos eu, Derek, Bill e Will. Como ela conseguiu isso? Como não tinha bolso, guardei o envelope dentro da minha bota.

Nós nos despedimos deles e vimos o ônibus sumir, quando isso aconteceu, senti meus olhos pesarem, fechei eles por apenas um momento...
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Acordei em um susto, eu estava no meu quarto, que sonho estranho, não deveria ficar assistindo até cair no sono. Levantei e notei que estava dormindo de botas, quando eu as tirei, um papel caiu no chão. Será que aquilo foi real ou eu estou esquizofrênica a ponto de ver coisas que aconteceram em sonho na realidade?

Abri o envelope, tinha uma carta cheia de glitter e adesivos e junto haviam várias fotos.

Então aquilo realmente aconteceu.

Levantei e fui até a cozinha, olhei para fora, eu realmente estava em casa e não na Cabana do Mistério.

Se aquilo que eu vivi for loucura, eu adoraria ser chamada de louca.

                                  Acabou amadah.

Olá crianças viadas, agora acabou de verdade.
Estou muito feliz, é a primeira vez que termino uma história, é uma grande conquista para mim.
Adorei escrever "O que ela é?" eu ri muito enquanto escrevia, quase chorei em algumas partes, não vou mentir kk.
Enfim, espero que tenha gostado e se divertido tanto quanto eu.
Convido vocês a darem uma olhada nas minhas histórias originais, elas não são tão engraçadas, mas posso garantir que foram feitas com muito empenho e que vocês iriam adorar...

Até um outro dia...

O Que ela é? [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora