CAPITULO IX

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"Este será um longo reinado marcado pela honra, lealdade, amor e acima de tudo... justiça... Pois, este Estado Luciano terá um rei... Que carrega a magia antiga... da noite..."

(Principe Julian Petrova Micaelsus II)



**Capital Ethernia**

Ano de 2.210 dos novos Reis


** No capitulo anterior...


- Filho... como você bem sabe... em breve você vai carregar esta coroa, que hoje está sobre minha cabeça... E com ela virá uma série de responsabilidades...

- Eu sei pai... vovô... o senhor e o tio Claudius vivem me lembrando disso... – o príncipe suspira enfadado – Mas o que o senhor queria realmente me falar?! - Julian estava ansioso por chamar um certo Capitão da Guarda para dançar...

- Filho... olha bem para mim... Eu apoio você em quase tudo que me pede sabe... E você sabe que o povo o adora e também o apoia... e é claro, não menos importante.... o concelho real de Luciae apoia sua coroação... Mas...

- Mas... – completa o jovem príncipe de cabelos dourados.

- Existem coisas que são proibidas pelas instituições que regem esta nação... Você sabe que eu amo muito você e sua mãe, não sabe?!

- É claro! – Julian afirma com a cabeça.

- Mas sabe o que também amo... O outro amor da minha vida...

- O que? – pergunta Julian curioso.

- A Coroa! – responde o pai para a surpresa do filho. – E proteger essa coroa. – o rei faz uma breve pausa em sua fala. - Eu imagino que você esteja numa posição difícil agora... – o rei olha de Julian para a Alaijah, que estava logo ali do lado. Julian então entende onde aquela conversa chegaria. – Divido ao meio... Uma metade é o amor... A outra metade... O Rei, que em breve se tornará...

- Exatamente... – responde o príncipe sério, olhando do pai para o Capitão da Guarda Real.

- Uma criatura hibrida, estranha, como uma esfinge ou Gamayun... Como eu sou Ganesha ou o Minotauro... – o rei faz outra pausa - Somos pessoas pela metade Julian... Arrancadas das páginas de alguma mitologia bizarra, com dois lados dentro de nós... O humano e a Coroa... Numa temível guerra civil, que não tem fim e que deteriora todas as nossas interações humanas, como irmão, marido, irmã, esposa e mãe... Eu entendo a agonia que você deve sentir... E estou aqui para lhe dizer, que ela jamais o deixará... Eu serei sempre Rei.... e você... a depender das escolhas que fizer... poderá ser para sempre um meio-rei... E sua tragédia é que nunca terá um reino... Mas hoje, você tem! E deve protege-lo!

O rei mal termina de falar e logo depois se levanta... deixando o filho sozinho... sentando como um rei perdido e desolado... naquele, que um dia... será seu trono...

- Lembre-se meu neto... Você é o Estado... O Estado é você... E você será "Fidei Defensor..." – Julian se lembra das falas de seu falecido avô.

****

- Você não acha que foi muito duro com ele, Majestade?! – Pergunta a Rainha Alexandra ao olhar para seu filho príncipe, que estava sentado em seu trono com um olhar triste e distante à medida que todos ali, naquele imenso salão comunal festivo. Ninguém, das centenas de convidados, percebeu a tristeza do seu príncipe amado. Sim Julian era amado, pelo seu povo, pela mídia e ironicamente até pelos seus propensos amigos.

O PRÍNCIPE E O GUARDIÃO®: Um Reino, um país e um destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora