𝐫𝐢𝐯𝐚𝐥𝐬; 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐥𝐭𝐢𝐚𝐠𝐨

finale pt. 3

Nova York, 16:26

Jake.

Termino de filmar uma cena e vou para o meu primeiro intervalo do dia. Caminho até o meu camarim e vejo de longe Amy entrando no set, caminhando até mim.

— Ames? O que faz aqui? — Perguntei franzindo minha sobrancelha.

— Nossa, que ótimo jeito de receber sua esposa durante seu trabalho. Só vim aqui por quê nós estamos com saudades e também para entregar o seu lanche. — Ela falou e me entregou uma pequena vasilha, que parecia ter um sanduíche de manteiga de amendoim.

— Também senti sua falta. — Sorri e me aproximei, dando um selinho nela. Desvio meu olhar para sua barriga, passando a mão levemente. — E a sua também, garotinha. — Falei, e Amy sorriu.

Sim, Amy estava grávida do nosso primeiro filho, uma menina. Ela está com exatas 39 semanas e de licença maternidade.

Já pela quantidade de semanas, não é aconselhável que ela saia de casa, pois sua bolsa pode estourar a qualquer momento. Mas mesmo assim, ela sempre inventava alguma desculpa para ir me ver no set.

— Vai demorar muito para terminar? — Ela perguntou.

— Não, só tenho mais duas cenas. Devo voltar para casa antes das seis. — Respondi e ela suspirou.

— Tudo bem. Vou estar te esperando.

— Ok, lembre-se de descansar e quando eu chegar em casa, arrumo a cozinha. — Falei e ela me olhou séria.

— Não me diz o que fazer, Jake. — Ela falou irritada.

— Desculpa, Só não faz nada que uma pessoa gravida de 39 semanas não faria.

Durante a gravidez, Amy mudava de humor constantemente, principalmente agora no terceiro trimestre.

O primeiro trimestre foi meio tenso. Os riscos de aborto espontâneo nos primeiros três meses são bem grandes. Amy ficava enjoada o dia todo e mal conseguia trabalhar.

Acho que não tenho uma definição certa para o segundo trimestre. Ela não ficava mais enjoada e tinha energia o dia inteiro, além também de ficar excitada com qualquer coisa que eu fazia. Não estou reclamando, era muito bom.

O terceiro, estava sendo uma completa mistura de emoções — literalmente —, mas também o que estávamos mais ansiosos, já que logo a nossa bebê iria nascer.

quatro semanas depois.

Amy.

— Meu deus do céu, Jake. Eu não aguento mais — Exclamei olhando para o Jake e depois olhei para a minha imensa barriga de grávida.

A bebê já era pra ter nascido no máximo uma semana atrás. Agora, estou com 43 semanas de gravidez e ela não quer sair.

— A gente já fez tudo da lista para acelerar o parto, Amy.. Só temos que esperar agora. — Ele falou na intenção de me tranquilizar mas na verdade só me irritou.

Eu amo o Jake, mas nesses últimos dias eu me irritava com literalmente tudo, então fazia o máximo possível para que eu não descontasse nele.