✨ Gustavo narrando ✨
Chamamos o uber e ele não demorou pra chegar. Enquanto ele nos levava até o hospital que o Jp me avisou que a tia Elaine estava, eu e a Júlia ficamos quietos. Nenhum de nós falava nada. As vezes ela me olhava, mas logo voltava
a encarar a paisagem das casas e das árvores.Quando chegamos fomos direto para a recepção e a recepcionista nos avisou que a minha tia estava no quarto 302 do terceiro andar. Pegamos o elevador, e com sorte ele estava cheio. Eu realmente não queria ter que ficar em um elevador sozinho com ela, até porquê eu sei que eu falaria alguma coisa, ou ficaria um silêncio constrangedor, igual no carro.
Assim que chegamos no corredor do quarto que ela estava, de longe avistei a Ana Ju sentada em uma das cadeiras que estavam na parede.
Gustavo: como tudo aconteceu? - pergunto assim que chego perto dela, ela me abraça e depois abraça a garota que está atrás de mim.
Ana Ju: assim que você saiu pro encontro com a Juju - sinto um leve desconforto com o que ela disse - ela começou a passar muito mal, só que ela falou que era porquê não comia nada, eu dei a ela algumas bolachas que tinham ali, e depois ela não passou mal mais. Quando estávamos colocando a comida na mesa, ela voltou a passar mal, e então desmaiou.
Juju: ela já tinha desmaiado antes?
JP: nunca. - ele fala saindo do quarto e indo em direção a nós. Ele e a Juju se abraçam. - O médico disse que quando ela acordar ele quer falar conosco.
Juju: você está bem? - ele coloca o braço pela sua cintura a puxando para mais perto dele. Infelizmente eu senti um pouco de ciúmes.
JP: mais ou menos. - ele fica um tempo encarando os próprios pés, mas depois olha para mim e a Júlia - e como foi o encontro de vocês? - eu e ela nos olhamos.
Juju: digamos que não foi perfeito.
Gustavo: não foi perfeito porquê você tinha marcado outro encontro com aquele tal de Gabriel.
JP: o quê?
Juju: depois a gente fala disso, não sei se você percebeu mas nós estamos em um hospital. - ela fala ignorando a pergunta do Mota.
Gustavo: não precisa se preocupar não, se depender de mim nós nunca mais falamos disso, ou melhor, nunca mais nos falamos. - eu saio de lá e vou para o fundo do corredor. Sentei em uma das cadeiras que tinham lá e fiquei pensando em tudo.
Juju: posso me sentar ao seu lado?
Sua voz é tão doce...
Gustavo: o que você quer Júlia? - pergunto encarando o chão.
Juju: eu quero conversar com você. Posso?
Gustavo: faz o que você quiser, eu só não prometo te ouvir. - ela se senta na cadeira ao meu lado.
Juju: olha, eu me arrependo muito doque eu fiz, e infelizmente não tem um jeito de voltar no tempo e consertar tudo. Por mais que você não acredite você foi o primeiro cara que eu me apaixonei. Pra falar a verdade, eu sempre senti uma atração por você mas sempre dizia a mim mesma que nada iria acontecer, que nós dois nunca iríamos ter nada, e olhando agora talvez eu estava certo. Você merece uma pessoa que te respeita. Eu não vou falar uma pessoa que te ama, até porque eu te amo! Enfim, se você quiser nós podemos ser amigos, porquê pelo jeito nós não iremos dar certo junto. As vezes não era pra ser. E acredite que falar tudo isso dói muito em mim mas eu não quero ser a garota que destruiu seu coração. Eu não quero ser a garota que fez você desacreditar no amor. Eu não quero ser essa tipo de garota. Eu quero ser a garota que você se lembrará no futuro, e contará aos seus futuros filhos que eu fui a sua primeira desilusão amorosa, mas que comigo você aprender muita coisa. Eu te amo Gustavo, e eu repreendo por isso! - uma lágrima involuntário desceu pelo meu rosto.
Eu olhei para ela, e a mesma estava chorando. Ela também me olhava, e tudo o que eu consegui fazer, foi olhar em seus olhos e a beijar.
Eu, tanto quando ela, estávamos necessitando daquilo. Eu a amo, e por mais de que ela esteja certa, eu a queria. Talvez o futuro estivesse apenas brincando conosco, mas por enquanto, eu estava gostando dessa brincadeira.
Terminamos o beijo com um selinho, e após colamos nossas testas uma na outra, fazendo a ponta dos nossos narizes se encostarem.
Juju: eu te amo tanto. - ela sussurra apenas para mim ouvir.
Gustavo: eu posso jurar que te amo mais. - rimos.
JP: casal? - ele pergunta nos assustando.
Juju: sim?
JP: o médico quer falar com todos nós. Depois vocês continuam com o que estavam fazendo. - nós dois nos levantamos e fomos em direção ao médico. Ele estava do lado da porta de frente para nós quatro.
Médico: bom, eu não irei esconder nada de vocês. O caso da senhorita Elaine é bem sério. Ela terá que ficar internada aqui no hospital por no mínimo uma semana.
JP: mas a minha mãe está bem?
Médico: eu sinto muito mas... - ele olha para o chão por alguns segundos e após nos olha novamente - a senhorita Elaine está com câncer. - meu coração perde uma batida - eu já havia falado para ela se cuidar, mas infelizmente ela não fez o que a foi pedido e o câncer se espalhou por todo o corpo.
Gustavo: peraí, então ela já sabia?
Médico: sim, tanto que ela ficou internada aqui durante três dias.
JP: então, - nós dois nos olhamos - quando ela deixou aquela carta dizendo que iria viajar, na verdade ela estava sendo internada aqui.
Médico: eu sinto muito. - ele sai.
Juju: Jp... - ele começa a chorar. Eles se abraçam.
Gustavo: Ana, posso te abraçar? - ela não diz nada, apenas faz o que eu a perguntei.
Depois de ficarmos abraçados lá, entramos no quarto em que a minha tia estava.
Elaine: me desculpa por esconder isso de vocês. Eu não queria preocupa-los. - ela estava tão pálida.
JP: eu te amo tanto. - ele vai até ela e a abraça. Eu e as meninas fizemos o mesmo.
❤️
Hoje foi um capítulo meio a meio haha, teve coisas que esperávamos e teve coisa que deixaram meu coraçãozinho partido.
Beijos e até amanhã 💞

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12 horas
FanfictionEm um dia chuvoso na grande São Paulo, Júlia Franco precisa ficar até mais tarde na escola para terminar um trabalho de geografia, enquanto, Gustavo Paz decide ficar até mais tarde apenas para preparar a sua próxima pegadinha com a diretora. Sozinh...