capitulo 25

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Jp narrando

O que se faz quando você sai no soco com o seu melhor amigo/irmão de consideração ? Eu não sei, até porque, eu nunca me imaginei dando um soco no Gustavo.

É claro que nós já brigamos, mas não desse jeito, e não por esse motivo. Nossas brigas eram idiotas e irrelevantes; normalmente nós apenas xingávamos um ao outro e depois nós riamos por algum xingamento sem sentido.

Depois do meu olho esquerdo estar totalmente roxo e o nariz do Gustavo estar sangrando, minha mãe chegou e nos separou. Ela passou o sermão dizendo que nós não poderíamos brigar daquele jeito, que nós éramos amigos e amigos não brigavam e bla bla bla.

Juliana: anda, fazem as pazes! - manda ela brava olhando para nós dois.

Gustavo: foi mal tia, mas dessa vez o final não será nós dois rindo e jogando videogame juntos. - se isso fosse um desenho animado, seu rosto estaria vermelho e estaria saindo fumaças das suas narinas.

JP: se você ousar tentar alguma coisa, algum de nós parara no hospital, e você pode ter a certeza de que não será eu! - ameaço apontando o dedo para a sua cara.

Gustavo: cale essa merda que você chame de boca, antes de todos esses seus dentes não estarem mais aí.

Juliana: já chega! - minha mãe grita - por favor! Vocês dois são irmãos! Vocês dois tem que viver em harmonia! - ela cai sentada no sofá com a mão no coração.

JP: mãe - me agacho e fico na altura dos seus olhos - você está bem?

Juliana: estou querido. É apenas à idade. - eu sei que é mentira. Minha mãe está com apenas 42 anos. Não está velha.

Gustavo: bom - ele se levanta - se precisar de mim tia, eu estou no quarto - ele olha para mim - e eu não estarei iludindo ninguém.

Como pode ser tão insensível? Não vê que a minha mãe está mal? Ela fez de tudo por ele e ele diz isso? Só isso?

O resto do dia, foi horrível. Parecia que alguém querido por nós estava morto. Minha mãe estava em seu quarto dormindo, o Gustavo saiu a três horas atrás e não se vê nem a sombra dele. A Juju me mandou mensagem falando que a Ana Ju dormiria lá; e isso é ótimo, porque, assim como eu, ela estaria muito preocupada com ele.

Eu imagino se o que ele falou não tem um fundo de verdade. Será que eu ainda amo a Ananda? Será que ela ainda me ama? Será que em algum momento enquanto estávamos juntos ela me amou? Será?

São várias perguntas, que só podem ser respondidas de uma maneira.

Whatsapp on

eu: Ananda

Ananda: sentiu saudades motinha?

eu: preciso conversar com você. Está livre agora?

Ananda: pra você eu sempre estou livre

eu: me encontre na praça de frente à sua casa

Ananda: já estou lá

Whatsapp off

Vesti uma blusa de frio qualquer, já que era noite, e estava um vento; calcei o meu tênis e fui em direção ao ponto de ônibus. Antes de sair de casa, fui ao quarto da minha mãe e lhe dei um beijo na testa.

O ônibus não demorou a chegar, e com sorte, ele estava vazio. Havia apenas algumas pessoas sentadas olhando pela janela vendo as árvores que estavam a anos sem cortar.

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