✨ Juju narrando ✨
Meu coração estava batendo tão rápido que começava a doer. As palavras não saiam e bom, como já disse, a dor estava piorando cada vez mais.
Gustavo: será que você pode responder logo, é que meu joelho já está doendo. - ele diz e nós dois rimos.
Juju: eu não sei o que dizer! - confesso.
Gustavo: eu preferiria que você dissesse "sim".
Juju: não. - levanto e caminho até o início do caminho de pétalas. Ele vem até mim e me vira. Nós ficamos a um três centímetros de distância.
Gustavo: não? Por que? Como? Por quê? - eu não me aguentei e comecei a rir. - Júlia, você quase me matou!
Juju: é claro que eu aceito, seu tolinho. - aperto seu nariz e balanço de um lado para outro. Nos olhamos por um tempo até eu tomar a atitude de beija-lo.
Terminamos o beijo com alguns selinhos e depois ficamos nos olhando novamente. Enquanto eu o analisava, ví que seus olhos brilhavam. Isso foi tão fofo.
Juju: eu imaginava que esse momento aconteceria de outra forma! - revelei. Seu olhar mudou e o brilho que antes estava lá, saiu.
Gustavo: não? Por que? Você não gostou.
Juju: eu amei - dei um sorriso bobo. Ele suspirou de alívio. - eu nunca imaginei que seria assim. Com amor.
Gustavo: eu te amo.
Juju: eu tenho certeza que te amo mais. - rimos. Nos olhamos novamente, e naquele momento eu pude ter a certeza de que eu estava nos braços do homem da minha vida. Eu lhe amo tanto.
Antes que nós falássemos ou fizéssemos qualquer coisa, eu celular tocou, e consegui ver que se tratava de Jp. Ele não demorou a atender quando também viu o nome na tela do aparelho.
Gustavo: alô? - assim que o Jp fala o que queria, a expressão no rosto do meu namorado muda e ele me solta. Estranhei. Será que aconteceu algo sério? - tudo bem, - ele diz para o meu melhor amigo - estamos indo aí. - ele desliga a chamada e guarda o celular no bolso traseiro. - precisamos ir. - ele pega em minha mão e me leva ao motorista do uber que ainda esperava por nós.
Juju: aconteceu alguma coisa? - pergunto depois de longos minutos em silêncio. Já estávamos quase chegando ao hospital.
Gustavo: o Jp me disse que a tia Elaine sofreu uma parada cardíaca. Ele estava em prantos.
Meu coração perdeu uma batida. Enquanto íamos até o hospital, eu ficava cada vez mais aflita. Minha cabeça formulava inúmeras perguntas, e todas, eu queria que a resposta fosse positiva.
Depois de algum tempo chegamos no hospital, pagamos o motorista - novamente - e fomos em direção ao quartos que ela estava.
Depois de fazermos todas as papeladas para entramos no quarto dela, finalmente eles nos liberaram e fomos. Assim que chegamos no corredor do quarto, ví o Mota e a Ananda sentados nas cadeiras. Eles estavam chorando e se abraçando. Rapidamente entendi o que estava acontecendo. O Gustavo me abraçou também, e em seguida, nós dois começamos a chorar.
Ela havia falecido.
Mesmo chorando, fomos até onde eles estavam e logo o Jp veio ao meu encontro e me abraçou. Ele chorava como nunca antes.
JP: por que? - ele falava do lado do meu ouvido ainda abraçado a mim - por que? Ela é nova! Isso não deveria ter acontecido. Isso tudo é culpa minha. Durante todos esses anos eu fui um péssimo filho.
Juju: isso não foi culpa sua meu amor. Infelizmente a hora dela chegou. Todos nós temos que partir. - tento o consolar.
JP: eu te amo - ele diz e beija minha testa. Nós dois ficamos nos olhando por alguns segundos.
Juju: eu também te amo.
1 mês depois
Gustavo: vamos princesa - grita meu namorado do andar de baixo de sua casa - nós vamos nos atrasar para o enterro.
Juju: já estou aqui - falo descendo o último degrau da escada. Eu junto nossas mãos - vamos?
Ele não responde nada, apenas me beija.
Durante todo o trajeto nenhum de nós dois - ou o motorista do uber - falou nada. Ficamos em total silêncio. Estava chovendo. Enquanto não chegávamos ao cemitério, eu ficava contando os pingos que caiam na janela do carro.
Hoje irá acontecer o enterro da tia Elaine, eu nenhum de nós gostaríamos de estar fazendo isso. No começo o Jp não quis fazer nada, mas todos nós conversamos com ele, e no final ele acabou aceitando.
Motorista: chegamos. - o motorista do carro fala me despertando. Eu olho para o garoto ao meu lado e vejo ele limpar as lágrimas. Isso acabou comigo.
Ele entrega o dinheiro ao homem, e saímos do carro. Entrelacei nossos dedos e o encorajei a continuar caminhando até o local onde todos estavam.
Eu vestia um vestido amarelo e um tênis branco. Em seu testamento tia Elaine deixou claro que em seu enterro, não queria ninguém de preto, e sim de cores alegres.
Gustavo vestia uma camiseta branca, uma calça jeans azul e uma jaqueta jeans também azul por cima. Ele usava óculos escuros e um colar de conchas que eu havia lhe dado.
Assim que chegamos vimos a Ana prestando a homenagem a mulher. Com todo silêncio do mundo, sentamos na última fileira das cadeiras brancas ao lado do Jp e da Ananda. Ele me olhou com um olhar reprovador como se soubesse que demoramos apenas por culpa minha.
Assim que nos sentamos a Ana Ju terminou seu discurso e passou o microfone para o Mota. Ele se levantou e antes de continuar deu um beijo em mim e na namorado.
JP: minha mãe era uma pessoa incrível. - ele ri e olha para o caixão que se localizava atrás do mesmo - Ela sempre me dizia que todos nós precisamos partir algum dia, mas eu sempre achei que ela viveria para sempre. Infelizmente eu estava errado. - ele começa a chorar - Ela foi uma mãe, um pai, uma avó e um avô. Ela era e é tudo pra mim. Eu te amo tanto mãe, por quê? - ele cai e abraça o caixão da mãe. Eu, Gustavo, Ananda, Ana Ju e Pepe fomos até ele.
❤️
Talvez eu esteja chorando... Enfim, infelizmente amanhã será o último capítulo 😭
Um beijo e até o próximo capítulo 💞 tv
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12 horas
FanfictionEm um dia chuvoso na grande São Paulo, Júlia Franco precisa ficar até mais tarde na escola para terminar um trabalho de geografia, enquanto, Gustavo Paz decide ficar até mais tarde apenas para preparar a sua próxima pegadinha com a diretora. Sozinh...