capitulo 41

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Juju narrando

Meu coração estava batendo tão rápido que começava a doer. As palavras não saiam e bom, como já disse, a dor estava piorando cada vez mais.

Gustavo: será que você pode responder logo, é que meu joelho já está doendo. - ele diz e nós dois rimos.

Juju: eu não sei o que dizer! - confesso.

Gustavo: eu preferiria que você dissesse "sim".

Juju: não. - levanto e caminho até o início do caminho de pétalas. Ele vem até mim e me vira. Nós ficamos a um três centímetros de distância.

Gustavo: não? Por que? Como? Por quê? - eu não me aguentei e comecei a rir. - Júlia, você quase me matou!

Juju: é claro que eu aceito, seu tolinho. - aperto seu nariz e balanço de um lado para outro. Nos olhamos por um tempo até eu tomar a atitude de beija-lo.

Terminamos o beijo com alguns selinhos e depois ficamos nos olhando novamente. Enquanto eu o analisava, ví que seus olhos brilhavam. Isso foi tão fofo.

Juju: eu imaginava que esse momento aconteceria de outra forma! - revelei. Seu olhar mudou e o brilho que antes estava lá, saiu.

Gustavo: não? Por que? Você não gostou.

Juju: eu amei - dei um sorriso bobo. Ele suspirou de alívio. - eu nunca imaginei que seria assim. Com amor.

Gustavo: eu te amo.

Juju: eu tenho certeza que te amo mais. - rimos. Nos olhamos novamente, e naquele momento eu pude ter a certeza de que eu estava nos braços do homem da minha vida. Eu lhe amo tanto.

Antes que nós falássemos ou fizéssemos qualquer coisa, eu celular tocou, e consegui ver que se tratava de Jp. Ele não demorou a atender quando também viu o nome na tela do aparelho.

Gustavo: alô? - assim que o Jp fala o que queria, a expressão no rosto do meu namorado muda e ele me solta. Estranhei. Será que aconteceu algo sério? - tudo bem, - ele diz para o meu melhor amigo - estamos indo aí. - ele desliga a chamada e guarda o celular no bolso traseiro. - precisamos ir. - ele pega em minha mão e me leva ao motorista do uber que ainda esperava por nós.

Juju: aconteceu alguma coisa? - pergunto depois de longos minutos em silêncio. Já estávamos quase chegando ao hospital.

Gustavo: o Jp me disse que a tia Elaine sofreu uma parada cardíaca. Ele estava em prantos.

Meu coração perdeu uma batida. Enquanto íamos até o hospital, eu ficava cada vez mais aflita. Minha cabeça formulava inúmeras perguntas, e todas, eu queria que a resposta fosse positiva.

Depois de algum tempo chegamos no hospital, pagamos o motorista - novamente - e fomos em direção ao quartos que ela estava.

Depois de fazermos todas as papeladas para entramos no quarto dela, finalmente eles nos liberaram e fomos. Assim que chegamos no corredor do quarto, ví o Mota e a Ananda sentados nas cadeiras. Eles estavam chorando e se abraçando. Rapidamente entendi o que estava acontecendo. O Gustavo me abraçou também, e em seguida, nós dois começamos a chorar.

Ela havia falecido.

Mesmo chorando, fomos até onde eles estavam e logo o Jp veio ao meu encontro e me abraçou. Ele chorava como nunca antes.

JP: por que? - ele falava do lado do meu ouvido ainda abraçado a mim - por que? Ela é nova! Isso não deveria ter acontecido. Isso tudo é culpa minha. Durante todos esses anos eu fui um péssimo filho.

Juju: isso não foi culpa sua meu amor. Infelizmente a hora dela chegou. Todos nós temos que partir. - tento o consolar.

JP: eu te amo - ele diz e beija minha testa. Nós dois ficamos nos olhando por alguns segundos.

Juju: eu também te amo.

1 mês depois

Gustavo: vamos princesa - grita meu namorado do andar de baixo de sua casa - nós vamos nos atrasar para o enterro.

Juju: já estou aqui - falo descendo o último degrau da escada. Eu junto nossas mãos - vamos?

Ele não responde nada, apenas me beija.

Durante todo o trajeto nenhum de nós dois - ou o motorista do uber - falou nada. Ficamos em total silêncio. Estava chovendo. Enquanto não chegávamos ao cemitério, eu ficava contando os pingos que caiam na janela do carro.

Hoje irá acontecer o enterro da tia Elaine, eu nenhum de nós gostaríamos de estar fazendo isso. No começo o Jp não quis fazer nada, mas todos nós conversamos com ele, e no final ele acabou aceitando.

Motorista: chegamos. - o motorista do carro fala me despertando. Eu olho para o garoto ao meu lado e vejo ele limpar as lágrimas. Isso acabou comigo.

Ele entrega o dinheiro ao homem, e saímos do carro. Entrelacei nossos dedos e o encorajei a continuar caminhando até o local onde todos estavam.

Eu vestia um vestido amarelo e um tênis branco. Em seu testamento tia Elaine deixou claro que em seu enterro, não queria ninguém de preto, e sim de cores alegres.

Gustavo vestia uma camiseta branca, uma calça jeans azul e uma jaqueta jeans também azul por cima. Ele usava óculos escuros e um colar de conchas que eu havia lhe dado.

Assim que chegamos vimos a Ana prestando a homenagem a mulher. Com todo silêncio do mundo, sentamos na última fileira das cadeiras brancas ao lado do Jp e da Ananda. Ele me olhou com um olhar reprovador como se soubesse que demoramos apenas por culpa minha.

Assim que nos sentamos a Ana Ju terminou seu discurso e passou o microfone para o Mota. Ele se levantou e antes de continuar deu um beijo em mim e na namorado.

JP: minha mãe era uma pessoa incrível. - ele ri e olha para o caixão que se localizava atrás do mesmo - Ela sempre me dizia que todos nós precisamos partir algum dia, mas eu sempre achei que ela viveria para sempre. Infelizmente eu estava errado. - ele começa a chorar - Ela foi uma mãe, um pai, uma avó e um avô. Ela era e é tudo pra mim. Eu te amo tanto mãe, por quê? - ele cai e abraça o caixão da mãe. Eu, Gustavo, Ananda, Ana Ju e Pepe fomos até ele.

❤️

Talvez eu esteja chorando... Enfim, infelizmente amanhã será o último capítulo 😭
Um beijo e até o próximo capítulo 💞  tv

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