Paolla Oliveira.
Destranquei a porta do quarto com os dedos apressados, vacilantes e espelho da minha necessidade gritante.
Uma vez destrancada, abri a mesma com rapidez e entrei, puxando Sérgio para dentro do quarto e o empurrando até que caísse sentado na cama. Empurrei mais uma vez para que ele deitasse e ele sorriu maliciosamente, mordendo o lábio inferior com a ansiedade que já devia estar o consumindo naquele momento.
Avancei por cima dele, minhas pernas ao lado das dele, e depois, relaxando em meu corpo para ficar deitada nele, ainda que na posição mandante.
O olhei nos olhos com fervor, sorri maldosamente e me abaixei para tomar seus lábios, sedenta. Completamente tomada pelos meus hormônios e também, pela vontade absurda de tê-lo logo para mim.
Suas mãos deslizaram pelo meu corpo e pararam metódicamente em minha bunda, deixando apertões por ali que eram de enlouquecer. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente, tal como nossas línguas mantinham uma dança sincronizada dentro das nossas bocas.
Sérgio beijava tão bem que poderia sentir meus pulmões explodindo que o beijaria para sempre.
Quando o ar de nos dois simplesmente se esvaiu dos nossos pulmões, ele se afastou ofegante, deixando um selar no meu queixo.Me ergui com os braços apoiados na cama e olhei para ele, o estado cego em que estávamos era hilário. Nossas pupilas dilatadas eram sinais de que beijos seriam poucos para o resto da noite num motel. Rimos de nós dois, completamente insanos por nossos desejos. Passei as mãos em seu rosto, meus dedos sentindo a superfície áspera de suas bochechas que tinham a barba em evidência.
— Olha só pra gente... Toda vez eu falo que vai ser a última. — Ele sussurrou contra os meus lábios com a sua voz rouca irresistível.
— E toda vez você termina a noite me chamando pelo nome. — Sussurrei de volta, bem pertinho do seu rosto, deixando uma mordiscada em seu lábio inferior.
Fiquei de joelhos, sentada em suas coxas, e tirei minha camisa com os olhos pregados nele, que mantinha os dele em mim também. Sabia dizer quando Sérgio me comia com os olhos e essa era uma das vezes em que faltava ele gritar. Ele se ajeitou na cama e se sentou, ainda deixando com que eu ficasse em seu colo. Deixou um beijo breve em meus lábios, depois foi seguindo uma trilha de beijos e chupões apaixonados pelo meu pescoço e clavícula, enquanto uma de suas mãos percorria com destino certo em minhas costas.
Seu rosto parou entre os meus seios, deixando um beijo na base exposta de cada um. Fez apenas um movimento com os dedos e o fecho estava desfeito. A peça que caiu em nosso colo logo foi descartada por ele mesmo, que escolheu o meu seio direito para deixar com que a boca passeasse, seus lábios roçando por toda a extensão, enquanto o esquerdo era tomado por uma carícia leve de uma de suas mãos.
Aqueles seus toques tão metódicos me deixavam completamente arrepiada, tendo comigo ondas de excitação complicadas de controlar e aquela sensação de tesão era sentida em meu ventre, jogava a cabeça para trás em prazer.O que me interessava, no entanto, era o que crescia e roçava em minhas coxas, demonstrando o total interesse dele na situação e provando que somente eu sabia fazer ele ficar assim se forma genuína. Me levantei por um segundo para tirar a calça e ele seguiu o raciocínio, tirando todas as roupas que o impediam de nossas peles serem tocadas.
Agora com ambos despidos, o empurrei para a cama novamente, o olhando dos pés a cabeça. Aquele físico... O que ele guardava entre as pernas, seu olhar intrigante... Tudo. Tudo era imensamente convidativo e o meu maior prazer era estar no comando apesar da redenção óbvia de ambos.
Me aproximei novamente a afastei suas pernas, dando espaço para que eu pudesse me ajoelhar.
Minhas mãos subiram suas coxas acariciando e desceram arranhando, o olhei nos olhos com um brilho de maldade. Uma das mãos acariciando serpenteou maliciosa até seu membro, iniciando uma massagem calma — subindo e descendo.
Sérgio deitou a cabeça e soltou um longo suspiro, revirando os olhos com a onda de prazer irresistível que isso poderia causar nele. Ele flexionou o maxilar e soltou, descendo o olhar para mim novamente, com o desejo alto de "quero mais". E eu atenderia essa ordem com muito prazer, pensei.
Coloquei a boca como companheira da mão, subindo e descendo, indo e vindo. Em momentos, eu podia ouvir ele murmurar coisas ininteligíveis, outros, ele simplesmente gemia rouco e de forma além de sedutora.
A única vez que entendi, foi quando ele me segurou pelo cabelo — ainda que delicado para a situação — e me empurrou para ir mais fundo.— Caralho, Paolla... — E soltou um outro gemido.
Perdi o ritmo e acabei me engasgando com o ar, mas certamente, eu teria que parar pois uma noite não iria se resumir nisso.
Me levantei com um sorriso dissimulado, limpando a boca e a testa suada. Novamente, o empurrei contra a cama e ele deitou. Coloquei minhas mãos em seus ombros largos e me encaixei nele, nós dois soltamos um longo suspiro de prazer quando ficamos completamente conectados, para que assim, eu pudesse começar minhas cavalgadas selvagens.
Nós dois não éramos seres de ferro e obviamente, gemidos iriam escapar. Porém, entre nós a coisa estava realmente pegando fogo e posteriormente eu me perguntaria se as pessoas poderiam ouvir nossas súplicas altas e nem um pouco discretas.
Sérgio colocou as mãos em minha cintura e me ajudava constantemente à subir e descer, me fazendo parecer bem leve do que eu pensava ser.
Cansados dessa posição, fiquei de quatro e ele de joelhos na cama. Sem cerimônias, novamente entrou em mim e começou com os movimentos. Uma das mãos pegou os meus cabelos em forma de rabo de cavalo, a outra desferia alguns tapas e apertões em minha bunda.— É disso que você gosta, é? — Perguntou ele, já transformado e tomado completamente pela luxúria.
Não tive muitas forças, se não, apenas acenar com a cabeça em positivo.
Foram muitas estocadas necessárias até que finalmente entramos no nosso clímax e nos demos por satisfeitos. Bem, pelo menos pela primeira vez.
Houve uma segunda, uma terceira e a quarta. No final dessa, o sol já invadia a única janela do local e deixava tudo num tom mais dourado. Somente naquele momento ar condicionado parece ter tido qualquer efeito, fazendo com que Sérgio me abraçasse em busca de calor pela cintura, nossos corpos se encaixando perfeitamente.
Seus lábios começaram a percorrer meu pescoço numa série de beijos menos necessitada e mais calma, apaixonada... Até mesmo fofa, se não estivéssemos pelados.— Você não sabe o quanto eu precisava disso... De você comigo. — Ele disse ao meu ouvido, voltando aos beijinhos depois.
— Acredite em mim, eu senti uma falta ainda mais incondicional. Sérgio, você e eu temos um negócio que você não vai ter com ninguém nesse mundo.
— Química... — Falamos num sussurro uníssono. — Eu sei disso, juro. Só preciso de um tempo. Fujo com você, a gente casa fora do Brasil, sei lá. Só me dê um tempo... Te amo, Paolla.
— Não precisa fugir e nem se justificar, apenas o fato de ter dito que me ama me faz acreditar em tudo o que disser. — Falei, com um sorriso bobo no rosto.
Ele se ergueu sobre mim e dei um beijo suave na minha bochecha, depois deitou para me abraçar fortemente mais uma vez.
Estava prestes a relaxar quando seu celular tocou no criado mudo ao lado da cama, onde jazia um abajur caído de alguma das vezes que exageramos.
Sérgio pegou o celular e passou a mão no rosto, como se tivesse vendo alguma coisa horrível. Peguei o aparelho da mão dele e o nome "Bianca", junto com uma foto dela, aparecia na chamada. E não parecia ser a primeira ligação. Haviam mais umas nove acumuladas.
Deixei o celular no lugar em que estava quando parou de tocar e dei uma risadinha.— Que desespero. — Murmurei.
— Eu mandei ela pensar o destino da nossa relação, isso deve ter assustado ela. — Ele disse, dando uma risada sem graça.
— Ela deve ser um inferno na sua vida.
— Ah, é sim. — Respondeu ele, pegando o dispositivo, abrindo no Whatsapp e respondendo às mil mensagens de Bianca, dizendo que pela tarde retornaria porque o carro tinha quebrado.
Ele não iria embora urgentemente. Decidiu ficar comigo... Era uma mudança?
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Medo Bobo
FanfictionPreso num casamento sem esperanças, Sérgio Guizé viveu uma paixão proibida com Paolla Oliveira que logo foi descartada por seu receio. Porém, um reencontro recheado de redenção muda o rumo de tudo.