▪︎ 9: Propaganda: Parte 2

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Paolla Oliveira.

Depois de mimar todo o meu corpo com seus lábios quentes e sua barba me roçando suavemente, me fazendo ronronar de prazer, Sérgio me tirou do sofá e me pegou no colo como se eu fosse um bebê, olhando para mim com olhos brilhantes de uma pessoa repleta de malícia.
Guizé deu um beijo na minha testa e seguiu comigo até o quarto dele em passos largos, entretanto lentos por causa do meu peso.
Quando chegamos no cômodo, ele ligou as luzes com uma das mãos e seguiu comigo até a cama, onde fui jogada — se bem que ele foi delicado com isso.
Depois, se posicionou entre as minhas pernas, enganchou os dedos na calcinha de renda da lingerie Dolce e Gabbana. Suas unhas se arrastavam na minha pele e ele tinha certa lentidão para me manter, certamente, ansiosa.
Quando a trajetória da roupa íntima teve um fim, ele só largou em qualquer lugar do quarto, pouco se importando com seu futuro paradeiro.

Sérgio colocou-se por cima de mim sorrindo cafajeste e escorregou sua mão pelo meu corpo lentamente, se pondo a me observar com a luxúria brincando em todo o seu ser.
Minha boca se abriu em um perfeito "O" quando senti seus dedos brincando em uma área sensível minha, me arqueei sobre a cama na medida que o espaço me permitia. A massagem circular que eu recebia ali era simplesmente de outro mundo, de forma que somente Sérgio sabia me fazer perder o rumo.
Os estímulos dele iam aumentando e diminuindo conforme minhas reações. Meus gemidos finos tomavam o quarto e eram baixinhos, de forma que somente ele pudesse ouvir e tomar aquilo como incentivo.
Tateei minha mão até encontrar a coxa dele, mais um pouco e eu havia encontrado algo que demonstrava seu interesse. Duro, apenas esperando sua chance.
Enquanto ele continuava a massagem que me levava à ruína, decidi que ele não poderia enrolar assim, tendo em vista que Sérgio merecia o momento de prazer dele também.
Segurei seu rosto com ambas as mãos e um olhar dissimulado foi lançado de mim para ele. Aproximei meus lábios dos dele e rosnei:

— Vai ficar aqui me massageando pra sempre? Vem ser logo meu, eu sei que você quer. — E mordi seu lábio inferior com um pouquinho de força.

Era só o que ele queria ouvir.
Ele se levantou e em um instante, se livrou da samba-canção de Star Wars que há pouco havia sido motivo de piada e relevando uma das coisas que eu mais gostava nele.
Numa agilidade de quem estava completamente necessitado, como se estivéssemos havia muito tempo sem fazer qualquer coisa parecida, ele se encaixou em mim lentamente, nós dois deixando gemidos escaparem ocasionalmente.
Sérgio começou a se movimentar dentro de mim lentamente, enquanto eu envolvia sua cintura com as minhas pernas, o trazendo cada vez mais para mim.
Uma vez cansados dessa posição, Gui me colocou de quatro e segurou com uma das mãos os meus cabelos, deixando-os como se fossem um rabo de cavalo. Nossos corpos emitiam estalos altos e frenéticos, a mão livre dele trazia meu gemido de prazer à orquestra quando deixava tapas ardidos em minha bunda.
Os palavrões que saíam dos seus lábios eram irresistíveis em sua voz grossa e rouca, e eu não ficava muito atrás. Se bem que nem pensar eu conseguia direito.
Chegamos juntos ao ápice, mas ainda assim, nenhum de nós parecia ter qualquer intenção em dormir.
Sérgio deitou e me trouxe para o seu peito, seus dedos acariciando levemente algumas mechas do meu cabelo, enquanto eu brincava com os pêlos do peito dele.
O silêncio trouxe à tona outra situação que eu adoraria deixar exposta, mesmo com medo ou sabendo da resposta dele... Queria mesmo que ele pedisse o divórcio para a Bianca, já que estávamos literalmente transando em cima da cama dela.
Ergui meus olhos para ele com a respiração meio falha e ele sorriu, como se perguntasse "o quê?".

— E o divórcio? Nosso "felizes para sempre"? — Perguntei, ainda que meio aflita.

Sérgio soltou um longo suspiro.

— Eu ando pesquisando algumas coisas enquanto você anda dormindo e eu... Procurei pelo menos três advogados diferentes para trazer os benefícios do divórcio para mim. — Ele disse com um sorriso esperançoso. — Quando ela chegar em casa amanhã, vou abrir o jogo. Chega da gente se esconder e não poder se amar sem o mundo ver. A gente simplesmente não merece viver uma mentira.

Algo me disse que estava indo tudo bem demais para ser verdade.
Bianca saía sem Sérgio e deixava a casa livre assim? Ele consegue pensar em divórcio com uma mobilidade simples e sem apertos? E nossa relação, então? Sem interrupções e estávamos juntos havia um bom tempo.
Pode dizer que é medo ou algo do tipo, mas não tinha boas sensações sobre isso.

Notas: Gente, desculpa pelo capítulo pequeno. Tive um grande branco de criatividade e estive bem ocupada esses dias. Prometo que o próximo cap vai ser babado, até porque vou poder voltar a minha rotina de trocar o dia pela noite... Estejam preparados para sofrer. Muahahahah

Medo BoboOnde histórias criam vida. Descubra agora