Wrong Boy | Noah Urrea (Now United)

08

Don't know what's goin' on pero me siento peligrosa
Feel it in my veins
Me vale tu opinión porque mi boca iba de rosa
Drama's dead to me, bye bye

Aléxia May.

Eu mordia meus lábios sem tirar os olhos do carro preto blindado do Noah até que JG ultrapassa o mesmo, fazendo com que os berros de motivação aumentassem de volume. O garoto acelera mais ainda para recuperar a vantagem porém, uma curva fechada se aproximava, fazendo minha garganta secar.

— Puta merda, Noah! – o grito sai involuntariamente pelos meus lábios e fecho os olhos com força, não querendo ver a cena.

No momento em que abri meus olhos novamente, apenas berros se ecoava pelo local. Bailey, que estava ao meu lado, tinha um sorriso enorme estampado no rosto me fazendo voltar minha atenção para a pista de corrida. E lá estava ele, com um sorriso vitorioso e com as costas apoiada no seu carro preto. Noah Urrea havia ganhado mais uma vez.

Um ar acumulado – que eu nem sabia que estava segurando – sai com leveza pela minha boca com um tom de alívio. Não dava para negar, ele realmente era bom nisso.

— Caralho! – Josh comemora. – Chupa meu pau, Gilinsky!

— Se o Gilinsky não quiser, a Any tá disponível! – berra Sabi e a de cabelos cacheados responde com um dedo do meio.

— Vamos logo falar com o Noah, antes que eu faça espetinho mexicano. – grunhe a brasileira me fazendo gargalhar.

— Arriba, chicas! – falo para provocar Hidalgo que apenas revira os olhos claramente irritada, enquanto agarrava o braço de Heyoon.

Descemos da arquibancada indo em direção ao canto do galpão, onde o vencedor recebia todo o seu prêmio, que no caso, era dinheiro. Muito dinheiro. No caminho até lá, Bailey não parava de resmungar o quanto estava com raiva do fato do Omaha Squad ter voltado para Los Angeles e xingar qualquer homem de meia idade que me cantava.

— Esses merdas voltaram pra infernizar de novo! Só porque esse vai ser o nosso último ano na escola, era óbvio que eles iriam estragar tudo. – diz tão irritado quanto uma pessoa numa fila de um banco no primeiro dia útil.

— Belas pernas!

— Vai se fuder! – o moreno responde e o seguro pelo pulso, logo depois pondo minhas mãos em cada ombro dele.

Eu sei que ele estava furioso não só pelo fato de eles terem essa rixa histórica, mas também porque o último acontecimento antes de eles voltarem para Nebraska era o meu relacionamento com o JG. Jack fazia questão de esfregar isso na cara do meu irmão que consequentemente caía na pilha sempre, a ponto de ser quase expulso da escola após se meter numa briga feia com o menino.

— Bailey, relaxa um pouco. – digo com toda a calma do mundo enquanto o mesmo me fuzilava com chamas refletindo em seus olhos castanhos. – Eles iriam voltar de alguma forma, você sabe disso. Agora vamos pra casa do panaca do seu melhor amigo, beber um pouco e esquecer isso.

O garoto respira fundo e assente finalmente abaixando a guarda. Quando me viro de costas para alcançar o pessoal, sinto meu pulso ser pego.

— Aléxia. – Bay me chama. – Você sabe que...

Reviro os olhos.

— Não pegar Omaha Squad e não pegar seus melhores amigos. – falo com irritação na voz. Ele me fala isso praticamente desde quando tínhamos catorze anos, já estava cansada disso.

— Exatamente. – ele sorri de volta e me dá um beijo no topo da minha cabeça. – Eu só faço isso pra...

— Me proteger. – o interrompo novamente. – Eu sei. Mas você precisa entender que eu já sei me defender sozinha e já sou grandinha o suficiente pra lidar com garotos como o Gilinsky.

— Faça o que você quiser. – responde simplesmente.

Nossa conversa acabou quando ouvimos a voz escandalosa de Urrea, que falava algo com uma animação que dava para se ver a quilômetros de distância, parecendo uma criança após ganhar um unicórnio de pelúcia numa barraca de jogos. No momento em que nossos olhares se cruzaram, pude ver um sorriso provocativo surgir em seus lábios avermelhados fazendo com que eu me preparasse mentalmente para o que estaria por vir.

Tudo que sai da boca desse garoto não presta. Simples assim.

— Léxi. – diz enrolando a língua e arqueio as sobrancelhas. – Fazendo sucesso com os velhos tarados da racha, huh? Bem o tipo de homem que você gosta.

— Você é tão engraçado, Noah. – sorrio falso. – Uma pena ter conseguido se safar daquela curva, seria incrível te ver de gesso e ter que inventar uma desculpa esfarrapada pra tia Wendy.

— Uma pena? – agora era a vez dele de arquear sua sobrancelha. – Você parecia bem preocupada quando gritou "puta merda, Noah!" – afinou a voz de um modo grotesco ao me imitar. – Então é assim que seria ver você gemendo meu nome...

— Noah. – Sina tenta alertar o seu melhor amigo mas esquece que esse idiota não sabe nem o que significa a palavra limites.

— Melhor ficar na imaginação mesmo porque se depender de mim, só na próxima vida. – retruco e as meninas seguram o riso.

— Como se eu quise...

— Aléxia May. – ouço meu nome ser chamado por uma voz um tanto conhecida, interrompendo Urrea que agora possuía seu maxilar rígido.

— Nathan Maloley. – respondo com um pequeno sorriso.

O garoto repleto de tatuagem, com um cigarro entre os dentes e barba rala sorri de lado ao ver que o humor dos meninos havia mudado completamente.

— Então vocês voltaram mesmo, huh? – Lamar diz cruzando os braços.

— É o que parece. – diz Nate agora acendendo o cigarro.

Com o canto do olho pude ver as bochechas de Heyoon corarem num tom rosado, me fazendo balançar a cabeça negativamente com um sorriso de lado. Então já sei o seu podre, Heyoon.

— Enfim, já vou indo. – Maloley me abraça de lado me dando um beijo na cabeça. – Nos vemos por aí, Yoon.

O garoto se afasta de nós e o acompanho com o olhar vendo que ele já havia se juntado com os outros três. Ok, isso vai ser bem pior do que eu esperava.

— Que porra é essa, Heyoon?! – Josh quase grita e a sul-coreana estremece.

— Você não vai deixar ele te tratar com essa intimidade, né? – Kyrstian arqueou as sobrancelhas.

Reviro os olhos irritada. Por que homens têm que ser tão irritante? Agarro o pulso da garota que nem teve oportunidade de falar algo, já cansada desse assunto.

— Nos vemos na festa, bocós. – digo deixando todos eles irritados e indo em direção à saída do galpão.

— Sinto que essa festa vai ter muitos problemas. – Hina murmura.

— Então significa que ela vai ser boa. – Sabina sorri maldosamente a arqueio as sobrancelhas pra ela, que se irrita em seguida. – Cállate!

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omaha squad na midia

acharam que eu esqueci de voces? rsrs
e vamos de festinha rapaziada!
nao esqueçam de votar bebes amo vcs

xoxo, lily