Capítulo 2 - Professor Mário

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Era setembro de 2002. Jovens se amontoavam em um barzinho em frente a faculdade de Pernambuco. Em plena sexta-feira, comemorações de todos os tipos eram celebradas, seja porque o final de semana havia chegado, ou porque alguns alunos tiveram notas boas em alguma apresentação de trabalho ou em uma prova. No meio dos alunos estava Mário sorrindo, se divertindo, junto com seus amigos. Seus olhos rondava por todas as partes daquele bar, o clima de azaração era pesado e ele procurava alguém para sair da solidão assim como outros jovens solteiro daquele bar. Foi quando seus olhos avistaram uma garota, a garota mais bonita segundo ele. Ela estava com algumas amigas, tinha acabado de chegar no bar.

-Quem é ela? -Ele perguntou para um de seus amigos.

-Eu não sei, mas as outras estudam biologia aí na UPE. -Respondeu um de seus amigos.

Mário continuou olhando para ela. A princípio não teve coragem para ir até ela. Ele não era tão bonito, ele não estava bem-vestido, totalmente ao contrário dela que esbanjava beleza para todos os lados e estava muito bem-vestida, aparentando era rica.

-Vai lá falar com ela e pára de ficar babando. -Falou um de seus amigos para ele.

-Eu não tô babando. -Respondeu Mário tomando um gole de cerveja ainda gelada.

-Tá sim, seu mole. -Respondeu outro de seus amigos rindo.

Logo os amigos de Mário começaram a pegar no pé dele fazendo com que o mesmo fosse forçado a ir falar com a garota que lhe encantava. Ele levantou-se, tomou um gole de cerveja, esperou um pouco, tomou mais outro e se dirigiu meio que nervoso para a mesa em que a garota estava. Ao se aproximar da mesa todas as meninas o olharam com algum tipo de expectativa, ele, um pouco atrapalhado, falou:

-Me desculpe interromper a conversa de vocês, mas eu quero perguntar para você se não quer dançar comigo? -Ele a encarou.

Algumas meninas começaram a rir, outra ficou o olhando com cara de desprezo, mas a garota mais bonita aos seus olhos não sabia o que responder.

-Ah, vai lá dançar com ele. -Falou uma das meninas.

-Só uma dança, uma dancinha. -Insistiu Mário fazendo algumas rirem.

-Own, que fofo. -Disse outra menina.

A garota mais bonita aceitou dançar com ele. A alegria de Mário foi demonstrada pelo enorme sorriso em seu rosto após ela se levantar e segurar a mão dele, que estava estendida para ela, o seguindo pelo bar até chegar na pequena pista de dança. Ao som de uma das músicas da Banda Saia Rodada que saia das caixas de som do bar, eles começaram a dançar.

-Então, qual é o seu nome? -Ele perguntou.

-Eu me chamo Suely e você? -Disse ela se divertindo.

-Eu me chamo Mário. Prazer.

-Prazer. -Ela sorriu de forma tímida.

Agora a garota tinha nome, mas isso apenas não importava, ele queria saber muito mais dela enquanto a música não acabava, pois aquele momento poderia ser o último em que estivesse junto dela.

-Você não estuda na UPE né?! -Ele perguntou.

-Não, eu estudo na AESGA. Minhas amigas são quem estuda na aí.

-Legal. Qual a faculdade que você está cursando lá?

-Direito.

-Hum, futura advogada.

-E você?

-Eu estudo letras.

-Futuro professor de português.

Anjo FalsoOnde histórias criam vida. Descubra agora