Capítulo 19 - Traída

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-Como estão indo as negociações? -Elaine perguntou ao Lucas pelo telefone.

-Eu consegui fechar a venda das empresas. Mas tudo será finalizado para daqui a um mês.

-Espero que dê tudo certo.

-Vai dar certo sim. Aliás, já está dando tudo certo. Estou tentando vender as residências agora, que é a casa lá da capital e esse AP que vocês moram atualmente.

-Você acha que consegue vender essas coisas em até trinta dias? -Ela perguntou preocupada.

-Sim, nem que abaixamos o preço, afinal, com a venda das empresas, já temos dinheiro suficiente para sobreviver no luxo.

Desde o momento em que Elaine entregou os papéis para Lucas, eles tinham parado de se encontrar. Geralmente eles só se comunicavam por meio de mensagens e telefonemas e aproveitavam para sonharem com o possível futuro.

Lucas tentava vender todos os empreendimentos, as escuras, empreendimentos esses que antes era de Raul e que agora pertenciam a Elaine, já que estava em nome dela. Como Lucas tinha vários tipos de contatos, ele conseguiu vender as empresas sem essa história chegar aos ouvidos de Raul. Porém, as residências estavam demorando um pouco, mas ele batalhava silenciosamente tendo sempre o auxílio de Elaine caso ele precisasse confirmar qualquer coisa.

Tudo isso não demorou muito. Na verdade, com um mês depois que Raul assinou os papéis, Lucas conseguiu vender todas as empresas por um preço muito inferior para uma companhia de Portugal que começaria a empreender aqui no Brasil. Ele deu um bom dinheiro a um conhecido que havia intermediado tudo, e Elaine foi com ele para o Recife para poder assinar os papéis, mostrando que ela era a dona.

Nesse período, enquanto os novos donos não tomavam de conta das ex-empresas de Raul, eles procuravam concluir as vendas dos imóveis às pressas.

Com vinte dias depois, Lucas conseguiu vender a casa no Recife. Mas o apartamento em Garanhuns estava sendo complicado, até porque as pessoas que se interessavam queria visitar, olhar, o mesmo, mas Lucas sempre criava uma desculpa de que não podia por enquanto. Mas ele sabia que não podia levar ninguém até lá.

-Eu acho difícil conseguirmos vender esse apartamento. -Elaine desabafou na terceira semana daquele mês.

-Eu estou fazendo o meu máximo, desculpa.

-Não, você não tem que pedir desculpas, você não tem culpa de nada. Só devemos ser realistas, as pessoas não comprarão algo, sem vir olhar.

-Mas vamos continuar tentando. Pode ser que talvez consigamos alguém, ainda estamos no prazo, embora só falte uma semana.

-Falando em prazo, você já comprou as passagens? -Ela perguntou preocupada.

-Claro, já tá tudo certo. Primeiro iremos para Salvador e depois partiremos para o Sul, Gramado talvez.

-Será ótimo. Meu coração está acelerado, eu estou tensa e nem sei direto me comportar quando estou ao lado do Raul. Eu só espero que possamos fugir rápido para poder voltar a respirar mais aliviada.

-Vai dar tudo certo. Eu também estou muito nervoso. Já estou me desfazendo de algumas coisas lá em Recife...

-Você já deu um chute na bunda daquela coisinha que você trouxe aqui em casa né? -Ela perguntou se referindo a Joyce

-Claro. Nunca gostei dela, você sabe, ela só servia para disfarce, se é que me entende.

-Claro que entendo.

-Ótimo, porque não vejo a hora de poder te abraçar, tirar a sua roupa, e transar contigo, sem me esconder de ninguém, sem nenhuma preocupação com horários.

Anjo FalsoOnde histórias criam vida. Descubra agora