Anjo Falso

Capítulo 5 - Cátia

Cátia era uma exuberante socialite famosa tanto na cidade de Garanhuns em todo estado de Pernambuco. Ela era responsável por organizar grandes festas para as pessoas da classe alta. Geralmente essas festas envolvia arrecadação de verba para instituições de caridade. Além disso, ela tinha um clube que continha as mulheres ricas da cidade, era colunista de dois jornais sobre lifestyle, e tinha uma equipe de jornalistas que cobria seus eventos para serem estampados nas páginas sociais das revistas e jornais do estado.

Cátia se sentia realizada, estava em uma ótima idade, tinha um bom casamento e filhos amáveis. Por ela ser considerada a principal socialite do estado, tinha poder sobre outras mulheres, e poderia acabar com a carreira de qualquer uma que ousasse entrar em conflito consigo, o que ela raramente fazia, pois nenhum resolvia encará-la.

Ela não considerava seu casamento perfeito desde o dia que descobriu a traição do marido. Depois da descoberta da traição ela até mandava detetives particulares vigiá-lo, mas ultimamente ela o libertou deixando seus passos livres.

Embora não parecesse, a rotina de Cátia sempre era cheia, e, como organizadora de festas, ela chegava a trabalhar por meses em apenas uma festa.

Seu cabelo loiro opaco com um excelente corte de cabelo, suas unhas muito bem-feitas, a maquiagem impecável e as melhores roupas dava exclusividade a Cátia em qualquer lugar que a mesma chegasse. Sua educação e estilo vinha de berço. Sua mãe sempre a educou para saber se comportar e se vestir bem nas diversas situações. O pai de Cátia era um grande médico famoso da região, então sempre teve tudo o que queria. Estudou nos melhores colégio da cidade e casou-se com Raul alguns anos depois, sendo apresentados pelas famílias, o que hoje ela fala para si mesma que foi um casamento arranjado. Posteriormente fez uma faculdade, isso quando seus filhos já eram adolescentes. Por meio da vida social, estabeleceu seu nome, sua empresa, e agora, no auge dos seus 52 anos, era respeitada por todas as outras mulheres da alta sociedade.

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Foi o caso da tradicional festa junina que todos os anos ela organizava.

Como estavam em meados de junho, o clima junino reinando entre as pessoas, entre as ruas, e lojas da cidade. Chegou a tradicional Festa Junina Classe A.

Cátia, junta de sua equipe, organizaram por meses cada detalhe daquela festa. Cada pessoa da equipe era responsável por uma área, como por exemplo, a área da comida, a área da música, a área da decoração, a área do marketing, entre outras áreas. Cátia apenas vistoriava e dava o veredicto para as ideias que lhe eram apresentadas. As coisas tinham que ser de acordo com o que ela imaginou, planejou. Nada poderia sair errado.

O dia da Festa Junina Classe A chegou.

Era um sábado, 19:00hrs. As primeiras pessoas começaram a chegar. Não tinha diferença de idade, jovens a idosos, todos eram bem-vindos, menos crianças. Ricos vestidos típicos matutos com camisas xadrez, calças jeans e alguns usando chapéu de palha para se divertir a noite toda. Todas as entradas eram por meio de um ingresso comprado com antecedência.

Elaine sempre acompanhou essa festa por meio das redes sociais e sites especializados e sempre teve a vontade de participar, mas não tinha como e nem com quem. Dessa vez ela tinha Daniel e falou para ele que gostaria de participar daquela festa. Como Daniel fazia tudo por sua amada, então ele fez a honra de comprar os ingressos e levá-la a tal festa.

Para aquele evento, a bela loira de olhos verdes se produziu toda. Fez em seu cabelo o famoso penteado "Maria Chiquinha" deixando uma franja acompanhado de uma maquiagem leve com pintinhas nas bochechas. A calça Jeans já tinha, comprando apenas uma bota em uma loja de calçados e uma camisa xadrez em um brechó indicado por Sarah. Elaine estava bastante bonita, exuberante, para sua primeira festa na alta sociedade da cidade.