Velhos amigos

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Peniel estava sentado em frente a mesa de Lee despreocupadamente, com as costas deitadas na cadeira e os braços cruzados, entediado a um nível sobre-humano. Lee apareceu por trás das suas costas o tirando o boné o qual deixou em cima da mesa e se sentou no seu lugar impacientemente.

— Agora terei que lidar com interferências suas também? O BTOB? A cube está mesmo dando prioridade a esse caso, você não acha?

— Oh, what's up? Você acha mesmo que queríamos estar aqui? Mas esses moleques estão dando mesmo problemas, não estão?

— Já não colocaram as garotas do CLC no meu pé?

Peniel deu de ombros com um sorriso de quem pouco se importa, deu um riso debochado e olhou para as mãos da detetive o que fez seu sorriso crescer.

— Ainda anda com isso?

Lee cobriu discretamente a aliança em sua mão com a outra sem tirar os olhos do homem.

— Não viemos aqui falar da minha vida pessoal, Shin. - Ela ignorou o cinismo de Peniel e continuou. - Como você já deve saber é da minha alçada a investigação que relaciona sua empresa com esses infelizes acontecimentos.

— É? Sabia não doido. Achei que cê tinha me chamado aqui pra tomar um café. Que decepção... Ah, tá bem óbvio qual é a sua, sabe? Mas você não pode culpar uma empresa INTEIRA pelo erro de apenas um de seus agentes.

Lee estava visualmente perdendo a paciência e tentando ignorar as tentativas do homem de mudar o assunto.

— Se sua empresa continua mandando reforços sobre o assunto é impossível ignorar, e vocês continuam se negando a responder às minhas perguntas. Por isso estou pedindo que colabore com isso passivamente pra podermos evitar uma... ''ação mais publica''.

— Como sempre as ameaças... - Agora Peniel olhava para as próprias unhas. - Sei lá, porque alguma coisa me diz que eu não sou obrigado a te responder nada?

Lee suspirou e massageou a têmpora e pensou em algo, se levantou e saiu da mesa às pressas.

— Você vai pegar um café?

Ela o ignorou e se enfiou por outras salas. Peniel deu de ombros e colocou os pés sobre a mesa dela, percebeu um quadro virado de costas para si e o virou para poder ver a fotografia. O senhor e a senhora Lee, os olhos dele rodaram pela mesa e percebeu pela visão periférica a detetive Lee voltar a passos compridos e violentos.

— Fiquei sabendo que ele não gostava que você fumasse.

A reação de Lee foi abrir a gaveta, empurrar o cinzeiro pra dentro dela - fazendo uma pequena nuvem acidentada subir - e a fechar e logo dispôr o gorila de brinquedo das cenas de crime em cima da mesa, com uma violência que a fez chacoalhar. Peniel levantou o olhar pro que foi deixado, passou longos 3 segundos com os olhos nele e logo puxou sua atenção para detetive.

— Cute.

Ela colocou um cubo azul junto dessa vez e Peniel deu uma risada.

— Vocês que estão fazendo isso daí?

— Eles.

— Extraordinário!

— Não é? Logo o logo da sua empresa.

Peniel continuava a sorrir olhando Lee e tirou os pés da mesa para examinar melhor o cubo claramente feito a mão.

— Olhe só detetive! O gorilazinho parece ter sido feito pra caixinha. - Ele colocou a pelúcia lá dentro que ficou claramente apertada mas pelo menos fechou.

GORILLA - PentagonOnde histórias criam vida. Descubra agora