GORILLA - Pentagon

Die for you

Tinham passado menos de 2 dias desde que Lee Minhyee viu o rosto de um dos Gorillas pela primeira vez, e aquele garoto gigantesco de cabelos longos continuava assombrando todos os seus momentos desde então. Ela mal conseguia acreditar que agora conhecia o rosto do alquimista de fogo e em como ele parecia jovem. O tremor que essas memórias causavam só a deixaram mais paranoica sobre a história, focando cada segundo que tinha em encontrar rastros, provas, qualquer coisa que respondesse às inúmeras perguntas que estavam devorando a sua sanidade a cada minuto que passava.
O que é que fosse que acontecia dentro daqueles prédios, precisava ser parado e ela a cada pesquisa, ligações telefônicas, ligações de pontos, trocas de mensagens se sentia mais sozinha nisso. Foi aconselhada tantas vezes que mal pôde contar, a parar de procurar, aconselhada a parar de fazer tanto barulho com aquela investigação e foi assim que parou de ligar e trocar mensagens. Entendeu rapidamente que o mais alto escalão estava envolvido nisso. A politicagem estava do lado daquele cubinho azul rodopiando acima daqueles prédios. Tudo o que a Cube faz é perigosamente confidencial e não era uma zé ninguém como ela, de um distrito marginalizado que poderia fazer alguma coisa.

Ou talvez fosse. No final do primeiro dia, em um dos fóruns anônimos que ela já estava mais que acostumada a passar dias vendo teorias da conspiração absurdas, uma mensagem chegou, com um único arquivo anexado.

Esqueça a polícia, esqueça a CIA, esqueça os políticos ou qualquer um dos seus amiguinhos.

Está cavando sua própria cova a cada palavra direcionada a eles.

Aqueles que lutam para quebrar as correntes de uma nação, devem estar prontos para lidar com os que se enfurecerão por preferirem que todos permaneçam cegos

Ou até mesmo... serem cegos, presos a suas correntes de ilusão.

A luz abençoe nossa trajetória.

''O que é isso?'' Ela pensou. Mito da caverna? Agora adolescentes fãs de filosofia seriam a nova pista dela? Minhyee sentia que teria que enlouquecer para conseguir resolver esse caso.

Mas para surpresa da nossa detetive, as coisas que encontrara nos arquivos faziam mais sentido do que deveriam com os dados que ela conseguia alcançar por fora, com as coisas que ela sabia, com aquela teia de acontecimentos sem sentido!
Como dito, não existia nem os resquícios do que acontecia dentro da CUBE, mas o que se passa fora está guardado em algum lugar.
E pelo o que os arquivos gritavam quase como anúncios irritantes é que não existia nenhum registro de crianças desaparecidas que se liguem a CUBE, além de 2 casos isolados de filhos de funcionários. Os pais dessas crianças também desapareceram por um enorme período de tempo, mas foram encontrados, aparentemente todos tinham esquecido suas próprias vidas e foram condenados pelo desaparecimento de seus filhos. Em todos seus anos de reclusão nenhuma dessas memórias jamais voltaram à tona.

Boatos estranhos de que uma dessas crianças de uma hora para outra passou a viver sua vida com os olhos vendados antes de desaparecer, os vizinhos estranhamente pararam de falar sobre o assunto pouco após o desaparecimento. Todos os nomes, sejam de pessoas ou lugares estavam censurados, mas haviam imagens anexadas ao arquivo, jornais e prints de rede sociais aparentemente dos pais, com avisos de que já tinham sido apagadas. Nessas Minhyee pôde ver os rostos das crianças, mas mal fazia diferença pois não a lembravam ninguém! Nem mesmo seus pais. Porém pôde anotar que uma das famílias era chinesa e as duas crianças eram garotos.

E ela passou a madrugada toda movida a café, trabalhando sem parar, ajeitando as provas, anotando novas, ainda insistindo sobre as crianças! Elas precisavam ter saído de algum lugar.
Não houve aparições de pessoas sobrenaturais nenhuma vez na história antes de 2006, tudo o que encontrava nos fóruns eram coisas sem pé nem cabeça e o arquivo enviado por seu aliado supostamente adolescente e anônimo enfatizava esse fator.