NEEDED YOU ✧ spencer reid.

━━━ eleven.

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David Schistad está nervoso. Pela primeira vez em sua vida, teme que tenha tomado à decisão errada quando deixou Lexi se aproximar de Aleksandra, sabendo os riscos que ambas correriam. Ele deveria ter sido mais esperto, droga, ele é mais inteligente do que isso. Deveria ter investigado mais sobre o passado de Lexie ao invés de julgar a mulher apenas por seu belíssimo currículo em psicologia. Mas, por outro lado, Aleksandra estava se mostrando disposta à várias coisas desde que começou a trabalhar com a equipe de análise comportamental e principalmente depois que conheceu o grandioso Spencer Reid.

Ah sim, David pesquisou tudo sobre a vida do pobre garoto. Desde seu nascimento até os momentos mais sórdidos de sua vida. David o conhecia melhor do que ele mesmo. E sabia muito bem que Spencer é o prato predileto para pessoas como Sebastian Cardin. Seria questão de segundos para Sebastian decorar e acabar com qualquer resquício de Spencer nessa Terra. Ninguém se lembraria do pequeno gênio do FBI, nem mesmo aqueles que o amam. Ele usaria das armas mais baixas, acabaria com o psicológico de Spencer primeiro, o deixando à beira de um ataque psicotico, e só então partiria para o físico. E então, seria o fim.

É assim que Sebastian age, ou pelo menos é assim que o homem conquistou sua fama em seus anos de ouro. Diferente de Aleksandra, Sebastian não fez sua reputação com casos resolvidos e crimes solucionados com precisão. O homem – que na época era apenas um garoto – conseguiu a façanha de amedontrar até mesmo o pior psicopata do mundo, e desde então, ninguém nunca ousou entrar em seu caminho. Ele se tornou uma espécie de rei, intocável, insuperável. Como ele fez isso, David não saberia responder, e para falar a verdade nem deseja ter esse conhecimento em sua mente.

Mas Sebastian se apaixonou por Aleksandra no mesmo segundo em que à viu. Não um amor saudável, era uma coisa doentia. Ele sentiu o gosto do poder pela primeira vez quando Aleksandra usou seus "poderes" para influenciar todos ao seu redor para que os dois pudessem fugir juntos. David não sabia ao certo o que a garota havia visto em Sebastian, talvez Aleksandra tenha visto o potencial mortal do garoto antes de todo mundo. Seja o que for, eles se tornaram um casal rapidamente. Se casaram e todas essas merdas. Schistad poderia jurar que Aleksandra aceitaria formar uma família com Sebastian e viver uma vida tranquila se esse fosse seu desejo.

Ambos estavam entregues um para o outro. E foi bem aí que a coisa começou a ficar perigosa. Cardin não queria uma vida sossegada. Ele queria dar o mundo para Aleksandra. Sentiu o gosto do poder e queria desfrutar cada vez mais. Por um tempo ele conseguiu. David não sabia como, mas Sebastian foi a primeira pessoa à conseguir influenciar Aleksandra à fazer alguma coisa contra sua vontade. E a realização foi o roubo perfeito do quadro favorito da menina. O que gerou um grande caos quando a peça foi encontrada em Londres.

Mas o que mais assustou David não foi a forma como sua irmã de dezoito anos conseguiu roubar um museu com segurança rígida sem deixar uma única pista para a polícia. O que lhe assustou foi ver a expressão de submissão nos olhos da garota quando ela voltou para os Estados Unidos, implorando para que David a prendesse em sua prisão ou simplesmente à matasse. Ela estava nas mãos de Sebastian, completamente entregue. Capaz de fazer qualquer coisa por ele. E é óbvio que Aleksandra odiava esse sentimento mais do que qualquer outro, afinal, ela gostava de estar no controle mais do que qualquer outra pessoa.

E quando David percebeu que Aleksandra estava correndo um grande risco ao ficar exposta a Sebastian e seu controle sobre ela, ele não pensou duas vezes antes de prendê-la como lhe foi pedido. Os primeiros meses foram turbulentos, Aleksandra estava vivendo em um dilema entre querer ficar presa e voltar para a sua liberdade. Ela causou brigas dentro da prisão, incentivou ódio entre os detentos e quase fez um guarda ser morto. E quando questionada, ela apenas deu de ombros como se não fosse nada de mais.