NEEDED YOU ✧ spencer reid.

━━ CHAPTER TWO'

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SPENCER REID.
POINT OF VIEW.

Quatro casos diferentes.

O primeiro, Joseph Blythe, 25 anos, atacou cinco mulheres no intervalo curto de quatro semanas. Suas digitais estavam na arma do crime; havia gravações de uma mercearia local onde ele organizava os sequestros. O segundo, Caitlyn Bowers, 38 anos. Assassinou e esquartejou sete homens que escaparam livros de acusações de estupro. Confessou os crimes após decidir que sua jornada havia chegado ao fim. O terceiro, Jack Lewis, 48 anos. Matou sua família e a de outros dois vizinhos de seu condomínio. Foi encontrado em uma das cenas do crime em cima de uma das jovens do último casal. E por último, Chosen Matthews, 18 anos. Acusado de assassinar três jovens em sua faculdade em menos de dois dias. Confessou o crime quando foi capturado.

Existia algo que unia todos estes casos. Uma coisa tão importante, que foi difícil de ignorar desde o início. Todos os criminosos listados, saíram impunes dos tribunais. Declarados inocentes, mesmo com todas as evidências que tinham contra si, incluindo as confissões dentro das delegacias. O que já era um ultraje por si só, ganhou proporções ainda mais gigantescas quando outro fator os uniu. Algo que não poderia ser tratado como coincidência. Pois, todos os agentes responsáveis pelas prisões de cada um dos acusados, sofreram as consequências após o decreto final do juiz.

Jennifer Jareau viu o marido ser baleado, em um tiro que poderia ter sido descrito como cirúrgico. Um pouquinho mais para cima, ele estaria morto, um pouco mais para baixo estaria paralisado. O ponto foi exato para não lhe causar dano algum. Joseph Blythe havia sido o  responsável. Derek Morgan viu a melhor amiga ser atropelada na saída do trabalho, no que também aparentou servir apenas de um susto, visto que a mulher mal pareceu se machucar realmente. Desta vez, Jack Lewis estava no volante. David Rossi viu a filha ser sequestrada em plena a luz do dia, em sua própria residência, apenas para recebê-la de volta, três horas mais tarde, sem nenhum arranhão ou descuidado. Um trabalho perfeito feito por Chosen Matthews.

Não foi difícil ligar os pontos.

— A intenção, claramente, não era de ferir nenhum de vocês, não é? — Aleksandra comentou desinteressada, folheando outra vez o último arquivo que o doutor lhe fornecera. —— Hmmm, não. Acredito que tenha sido apenas para assustar.

—— Isso é uma hipótese ou uma certeza? — o homem questionou.

Spencer estava de costas para Aleksandra, escorado no vidro que os separava. Havia se passado mais de quinze minutos desde que convencera Jennifer a lhes deixarem sozinhos. E desde então, Aleksandra tem feito tudo silenciosamente, quase como se não se importasse com a sua presença ali.

—— Eu não trabalho com hipóteses. Se quer isso, vá direto até o FBI. Mas acho que você já deve estar acostumado com isso, Spencer. — ela soltou um longo suspiro e em seguida um barulho alto das pastas caindo no chão assustou o garoto que pulou para longe da parede. —— Não, não. Uma vez é azar. Duas é coincidência, mas quatro? Ah, isso é a porra de um padrão, doutor.

Ele observou Aleksandra caminhar de volta até sua cama e deitar-se confortavelmente no local. A mulher ajeitou o travesseiro em sua cabeça e fechou os olhos. Por um momento doloroso, Spencer achou que a entrevista tinha chegado ao seu trágico final, onde ele sairia ainda mais frustrado e sem resposta ou pista alguma sobre como todos aqueles crimes estavam acontecendo. Mas então, como se pudesse ouvir seus pensamentos, Aleksandra voltou a falar.