Meu Indomável Devasso

Capítulo 19

Entro em casa batendo a porta com força. Quem esse idiota pensa que é para sair me agarrando desta maneira? Jogo as bolsas com força em cima deu uma poltrona, então pego uma garrafa de água no frigobar e bebo cheia de vontade. Minha boca está ressecada e meu corpo está pegando fogo.

Estou numa luta comigo mesmo, não quero me deixar ser seduzida por esse devasso inconsequente, porém meu corpo pensa diferente e basta ele está por perto para que todo o meu ser se incendeie. Logo se vê o porquê das mulheres não resistirem a ele. O homem beija como se fosse dizimar toda sua alma, ele exala uma sensualidade que nos deixa totalmente sem saída. Por sorte fui salva pelo toque do telefone ou não sei onde isso iria parar.

Sigo para meu quarto e ouço meu celular tocar novamente e vou atendê-lo, vejo o nome de Eric no visor. Ao menos uma distração antes de sair.

— Olá meu querido! Está vivo?

Ele ri alto, sua risada é contagiante.

— Vivíssimo, meu docinho! E com muitas saudades — responde com riso na voz.

— Também sinto sua falta e das meninas — revelo e me jogo na cama.

— Está bem adaptada com a vida no campo? E me conta sobre os boys magias — pede soltando um suspiro.

Esse meu amigo não tem jeito.

— Respondendo a sua pergunta: sim estou muito bem adaptada. Quanto aos boys não estou aqui para isso — retruco e logo a imagem de Felipe vem a minha cabeça.

— Como sempre você é uma estraga prazeres — reclama —, não acredito que não tenha dado essa periquita para um desses homens do Sul, eu não perderia meu tempo, já teria liberado tudo.

— Eric, você precisa de tratamento — aviso com uma risada. Ainda estou para conhecer alguém tão sem vergonha.

— Não meu docinho, quem precisa de tratamento é você, onde já se viu na sua idade ser tão sem interesse em sexo. Se não a conhecesse bem diria que é lésbica.

— Para de falar besteiras Eric, eu não sou sem interesse, apenas sou seletiva.

— Olha você está ficando para trás, até Gabriela já se deu bem com aquele grego gostoso, só em pensar nele me arrepio "todinha"! — completa com seu modo afetado de falar.

— Ainda não vi o namorado de Gabriela. Ele é tão bonitão quanto o marido da Vicky? — pergunto curiosa.

— Você está brincando? Querida aquelas duas tiraram a sorte grande no quesito homem gostoso, fico só imaginando se você vai aparecer com um tão gostoso assim. Porque a Karen a qualquer momento vai nos surpreender com o Lucas, o bofe é gato e uma delícia — revela eufórico, e ao citar o nome de Lucas levanto e sento-me na cama.

— Você conheceu o Lucas da Karen? Como foi isso?

— Menina nem te conto, o Lucas da Karen vem a ser dono da boate em que trabalho, acredita? — segreda todo faceiro. — Detalhe: ele descobriu sobre a Karen e está louco querendo vê-la, e Karen fugindo. Estou adorando essa coisa de romance mal resolvido — confessa e solta uma risada.

— Esse mundo é realmente muito pequeno — comento pensativa.

— Se é... mas quero saber o seguinte: o irmão tesudo do Alano não te interessa? Afinal ele não é só bonitão, é tão rústico e tem jeito de uma pegada... Aí, melhor parar de pensar, estou ficando molhada.

Lá vem ele me lembrar do pervertido e do que senti na pele com seu toque persuasivo e tão estimulante. Meu coração chega parar em meu peito quando lembro do que ele vem fazendo com meu corpo e minha cabeça. Eu não quero me envolver de forma alguma com Felipe. Ele é um mulherengo nato, acostumado a conquistar e ter muitas mulheres aos seus pés. Tenho certeza absoluta que se me deixar levar por esse desejo, posso vir a sofrer as consequências. Não quero ser mais uma em sua longa lista. Não quero correr o risco de sofrer.